PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Forças de segurança sudanesas atacam campo de deslocados em Darfur
Cartum, Sudão (PANA) – Forças de segurança sudanesas assaltaram domingo um campo de deslocados internos (IDP) na província de Darfur (oeste do Sudão), detendo dezenas de pessoas e confiscando enormes quantidades de droga, munições e combustíveis, revela o Centro da Imprensa Sudanesa que cita responsáveis de segurança.
Confirmando esta intervenção num comunicado, a Missão das Nações Unidas e União Africana em Darfur (MINUAD) indicou que as autoridades sudanesas detiveram 37 pessoas num campo de IDP perto de Al Fashir, a capital de Darfur-Norte, confiscaram 10 veículos todo terreno, três carregadores de fuzil de assalto, quantidades não especificadas de munições, objetos aparentemente roubados e substâncias ilegais.
De acordo com o texto, os órgãos de segurança do Governo realizaram uma vasta operação de revista no campo de IDP de Zumzum, situado no subúrbio de Al Fashir.
A MINUAD deplorou ter sido informada pelas autoridades sudanesas apenas mais de três horas após o início desta operação.
O Centro da Imprensa Sudanesa citou, por outro lado, fontes de segurança como tendo declarado que, entre as pessoas detidas, figuravam "elementos filiados nos movimentos rebeldes" de Darfur.
A fonte sublinha igualmente que importantes quantidades de substâncias sedativas foram confiscadas e que, devido à ausência duma presença governamental no campo, o local era utilizado por elementos rebeldes para recrutar e mobilizar substâncias, das quais combustíveis, transportadas para zonas rebeldes.
"Visto que esta intervenção desrespeitou o acordo entre a MINUAD e o Governo, que exige uma notificação e consultas antes de qualquer ação relativa aos campos de IDP, os respresentantes onusinos e africanos contactaram com urgência responsáveis de segurança governamental e o governador de Darfur-Norte ", indica o comunicado da Missão Conjunta.
Ele indica que o representante especial conjunto da ONU e União Africana (UA), Ibrahim Gambari, pediu às autoridades sudanesas para agirem com a maior moderação, particularmente no que diz respeito ao uso da força , e velar para que ninguém esteja ferido.
A intervenção acontece numa altura em que o Governo se declarou preocupado com a aplicação duma estratégia que deverá restabelecer a paz no interior, e que a sua estratégia inclusiva envolve igualmente o dever do Governo de proteger os civis e impedir os rebeldes de manipular as IDP.
Dois ou três dias antes, o Exército afirmava que elementos rebeldes tinham atacado um pequeno cortejo militar, matando pelo menos oito soldados.
Existem atualmente dois movimentos rebeldes dominantes em Darfur, o Movimento para a Justiça e Igualdade (JEM), liderado por Khalid Ibrahim, um ex-ministro local, e o Exérxito de Libertação do Sudão (SLA) de Mohamed Nur, um antigo advogado que se quer notabilizar na imprensa.
As negociações de paz, no Tchad, na Nigéria, na Líbia e no Qatar não conseguiram até agora restabelecer uma paz duradoura nesta localidade, em parte devido à fragmentação dos movimentos rebeldes.
Atualmente, dezenas de pequenos movimentos rebeldes estão presentes no terreno. A rebelião, que se iniciou em 2003, intensificou-se pouco depois de o Governo Central em Cartum concluir em 2005 um acordo de paz com rebeldes do Sudão-Sul em Naivasha, no Quénia.
O conflito provocou a deslocação de centenas de milhares de civis refugiados nos campos IDP em busca de proteção e duma melhor assistência humanitária.
-0- PANA MO/SEG/NFB/AAS/FK/DD 24jan2011
Confirmando esta intervenção num comunicado, a Missão das Nações Unidas e União Africana em Darfur (MINUAD) indicou que as autoridades sudanesas detiveram 37 pessoas num campo de IDP perto de Al Fashir, a capital de Darfur-Norte, confiscaram 10 veículos todo terreno, três carregadores de fuzil de assalto, quantidades não especificadas de munições, objetos aparentemente roubados e substâncias ilegais.
De acordo com o texto, os órgãos de segurança do Governo realizaram uma vasta operação de revista no campo de IDP de Zumzum, situado no subúrbio de Al Fashir.
A MINUAD deplorou ter sido informada pelas autoridades sudanesas apenas mais de três horas após o início desta operação.
O Centro da Imprensa Sudanesa citou, por outro lado, fontes de segurança como tendo declarado que, entre as pessoas detidas, figuravam "elementos filiados nos movimentos rebeldes" de Darfur.
A fonte sublinha igualmente que importantes quantidades de substâncias sedativas foram confiscadas e que, devido à ausência duma presença governamental no campo, o local era utilizado por elementos rebeldes para recrutar e mobilizar substâncias, das quais combustíveis, transportadas para zonas rebeldes.
"Visto que esta intervenção desrespeitou o acordo entre a MINUAD e o Governo, que exige uma notificação e consultas antes de qualquer ação relativa aos campos de IDP, os respresentantes onusinos e africanos contactaram com urgência responsáveis de segurança governamental e o governador de Darfur-Norte ", indica o comunicado da Missão Conjunta.
Ele indica que o representante especial conjunto da ONU e União Africana (UA), Ibrahim Gambari, pediu às autoridades sudanesas para agirem com a maior moderação, particularmente no que diz respeito ao uso da força , e velar para que ninguém esteja ferido.
A intervenção acontece numa altura em que o Governo se declarou preocupado com a aplicação duma estratégia que deverá restabelecer a paz no interior, e que a sua estratégia inclusiva envolve igualmente o dever do Governo de proteger os civis e impedir os rebeldes de manipular as IDP.
Dois ou três dias antes, o Exército afirmava que elementos rebeldes tinham atacado um pequeno cortejo militar, matando pelo menos oito soldados.
Existem atualmente dois movimentos rebeldes dominantes em Darfur, o Movimento para a Justiça e Igualdade (JEM), liderado por Khalid Ibrahim, um ex-ministro local, e o Exérxito de Libertação do Sudão (SLA) de Mohamed Nur, um antigo advogado que se quer notabilizar na imprensa.
As negociações de paz, no Tchad, na Nigéria, na Líbia e no Qatar não conseguiram até agora restabelecer uma paz duradoura nesta localidade, em parte devido à fragmentação dos movimentos rebeldes.
Atualmente, dezenas de pequenos movimentos rebeldes estão presentes no terreno. A rebelião, que se iniciou em 2003, intensificou-se pouco depois de o Governo Central em Cartum concluir em 2005 um acordo de paz com rebeldes do Sudão-Sul em Naivasha, no Quénia.
O conflito provocou a deslocação de centenas de milhares de civis refugiados nos campos IDP em busca de proteção e duma melhor assistência humanitária.
-0- PANA MO/SEG/NFB/AAS/FK/DD 24jan2011