PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Forças Armadas de Cabo Verde celebram 50 anos da sua criação
Praia, Cabo Verde (PANA) - As Forças Armadas de Cabo Verde celebram este domingo 50 anos da sua fundação desde que, a15 de janeiro de 1967, em Cuba, os elementos do seu núcleo fundador prestaram juramento perante o líder histórico da luta pela Independência, Amílcar Cabral.
Este grupo inicial de 31 combatentes, recrutados pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), estava a ser prepardo para desembarcar nas ilhas cabo-verdianas e estender a luta armada para a libertação do arquipélago do jogo colonial português.
Na impossibilidade de desembarcarem em Cabo Verde devido à falta de condições das ilhas em albergar uma luta de guerrilhas, os combatentes cabo-verdianos acabaram por ser enviados para a Guiné-Bissau, onde viriam a dar o seu contributo na luta armada pela independência desse país.
Com o golpe de Estado que, a 25 de abril de 1974, derrubou a ditadura em Portugal, acelerando a descolonização, a maior parte dos combatentes regressou a Cabo Verde, onde constituíram o primeiro núcleo de oficiais das Forças Armadas cabo-verdianas constituídas formalmente após a independência de Cabo Verde, a 05 de julho de 1975.
Em 1988, o Governo do país fixou o 15 de janeiro como Dia das Forças Armadas de Cabo Verde.
A programação dos 50 anos das Forças Armadas contempla um ciclo de conferências sobre temas atuais e que se relacionam com a reforma e papel que cabe à instituição militar em Cabo Verde.
Este tema ganhou particullar atualidade e pertinência depois da morte, em abril, de oito militares e três civis, em Monte Tchota, interior da ilha de Santiago, às mãos de um soldado do mesmo destacamento.
Este trágico acontecimento pôs a descoberto as fragilidades das Forças Armadas cabo-verdianas, nomeadamente ao nível das comunicações, dos critérios de recrutamento e das condições nos quartéis.
O crime, que, segundo ficou provado em tribunal teve motivações pessoais, fez cair todas as chefias das Forças Armadas e deu maior visibilidade à necessidade de reformas e reforço da instituição.
Em declarações recentes aos jornalistas, o ministro da Defesa, Luís Filipe Tavares, assegurou que o processo de modernização das Forças Armadas está já em curso e que 2017 será um ano decisivo na instituição.
Segundo ele, as mudanças passam nomeadamente pelo reforço das capacidades da Guarda Costeira, pela intervenção ao nível do funcionamento da instituição e por ações que permitam um melhor enquadramento dos fuzileiros navais.
Para o efeito, o Governo espera contar com o apoio da cooperação militar de países como Portugal, Espanha, França, Estados Unidos e Brasil.
Também o chefe de Estado Maior das Forças Armadas (CEMFA), general Anildo Morais, que assumiu o comando da instituição após os acontecimentos de Monte Tchota, assegura que estão a ser lançadas “as bases das linhas mestras daquilo que serão as Forças Armadas do futuro".
"De acordo com as ameaças que pairam sobre Cabo Verde, entendemos que deve ser dada uma importância maior à Guarda Costeira, tendo em conta a nossa posição geostratégica e também a grande extensão da nossa zona económica exclusiva.
"Qualquer tipo de ameaça certamente virá do mar e temos que dar maior pujança à Guarda Costeira para que possa cumprir cabalmente a sua missão", precisou.
Em cima da mesa está também a possibilidade de alargamento do atual quadro de mil e 500 efetivos, ainda que neste campo o Governo cabo-verdiano ressalve a necessidade de ter em conta "as possibilidades do país".
-0- PANA CS/IZ 15jan2017
Este grupo inicial de 31 combatentes, recrutados pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), estava a ser prepardo para desembarcar nas ilhas cabo-verdianas e estender a luta armada para a libertação do arquipélago do jogo colonial português.
Na impossibilidade de desembarcarem em Cabo Verde devido à falta de condições das ilhas em albergar uma luta de guerrilhas, os combatentes cabo-verdianos acabaram por ser enviados para a Guiné-Bissau, onde viriam a dar o seu contributo na luta armada pela independência desse país.
Com o golpe de Estado que, a 25 de abril de 1974, derrubou a ditadura em Portugal, acelerando a descolonização, a maior parte dos combatentes regressou a Cabo Verde, onde constituíram o primeiro núcleo de oficiais das Forças Armadas cabo-verdianas constituídas formalmente após a independência de Cabo Verde, a 05 de julho de 1975.
Em 1988, o Governo do país fixou o 15 de janeiro como Dia das Forças Armadas de Cabo Verde.
A programação dos 50 anos das Forças Armadas contempla um ciclo de conferências sobre temas atuais e que se relacionam com a reforma e papel que cabe à instituição militar em Cabo Verde.
Este tema ganhou particullar atualidade e pertinência depois da morte, em abril, de oito militares e três civis, em Monte Tchota, interior da ilha de Santiago, às mãos de um soldado do mesmo destacamento.
Este trágico acontecimento pôs a descoberto as fragilidades das Forças Armadas cabo-verdianas, nomeadamente ao nível das comunicações, dos critérios de recrutamento e das condições nos quartéis.
O crime, que, segundo ficou provado em tribunal teve motivações pessoais, fez cair todas as chefias das Forças Armadas e deu maior visibilidade à necessidade de reformas e reforço da instituição.
Em declarações recentes aos jornalistas, o ministro da Defesa, Luís Filipe Tavares, assegurou que o processo de modernização das Forças Armadas está já em curso e que 2017 será um ano decisivo na instituição.
Segundo ele, as mudanças passam nomeadamente pelo reforço das capacidades da Guarda Costeira, pela intervenção ao nível do funcionamento da instituição e por ações que permitam um melhor enquadramento dos fuzileiros navais.
Para o efeito, o Governo espera contar com o apoio da cooperação militar de países como Portugal, Espanha, França, Estados Unidos e Brasil.
Também o chefe de Estado Maior das Forças Armadas (CEMFA), general Anildo Morais, que assumiu o comando da instituição após os acontecimentos de Monte Tchota, assegura que estão a ser lançadas “as bases das linhas mestras daquilo que serão as Forças Armadas do futuro".
"De acordo com as ameaças que pairam sobre Cabo Verde, entendemos que deve ser dada uma importância maior à Guarda Costeira, tendo em conta a nossa posição geostratégica e também a grande extensão da nossa zona económica exclusiva.
"Qualquer tipo de ameaça certamente virá do mar e temos que dar maior pujança à Guarda Costeira para que possa cumprir cabalmente a sua missão", precisou.
Em cima da mesa está também a possibilidade de alargamento do atual quadro de mil e 500 efetivos, ainda que neste campo o Governo cabo-verdiano ressalve a necessidade de ter em conta "as possibilidades do país".
-0- PANA CS/IZ 15jan2017