Agência Panafricana de Notícias

Forças Armadas cabo-verdianas preocupadas com ameaças terroristas na África Ocidental

Praia, Cabo Verde (PANA) - O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Cabo Verde, major-general Alberto Barbosa Fernandes, manifestou, segunda-feira, a preocupação da sua instituição face a ameaças de grupos terroristas na sub-região oeste-africana em que está inserido o país, apurou a PANA, de fonte segura.

Alberto Barbosa Fernandes, que falava numa cerimónia de apresentação de cumprimentos de Ano Novo ao Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, referia-se aos atos terroristas perpetrados nos últimos tempos por extremistas dos movimentos Boko Haram da Nigéria e Al-Qaeda em países da África Ocidental, como a Nigéria, o Burkina Faso e o Mali.

O chefe de Estado-Maior das Forças Armadas Cabo-verdianas manifestou-se preocupado, particularmente, com a segurança das ilhas turísticas do Sal e da Boa Vista, devido aos alertas para ameaças de ataques a unidades hoteleiras nos países vizinhos, com o Senegal e a Côte d’Ivoire.

Sublinhou que “nenhum país está a salvo do terrorismo” e que Cabo Verde não foge à regra e que, como pequeno Estado arquipelágico, com fronteiras permissivas e país de desenvolvimento turístico, as suas Forças Armadas vêm acompanhando, de perto, e de modo muito atento, as ameaças dirigidas aos países vizinhos.

Neste contexto, Alberto Barbosa Fernandes considera que a cooperação com países amigos tem um papel fundamental.

"Temos contado com países amigos, nomeadamente Portugal, a Espanha, a França, o Brasil e os Estados Unidos, e penso que cada cidadão cabo-verdiano tem que estar muito atento", alertou.

Por seu lado, o Presidente cabo-verdiano destacou a "importância sem precedentes" das Forças Armadas "nos tempos atuais".

"Num tempo em que as ameaças ao Estado de direito democrático podem advir de fenómenos, como diferentes tráficos e o terrorismo que operam à escala mundial e com incidência importante na nossa sub-região, impõem-se um redobrado esforço de análise, um estudo e uma preparação, bem como o enraizamento e a prática dos valores democráticos e republicanos no seio das Forças de Defesa e Segurança, nomeadamente nas Forças Armadas", concluiu Jorge Calos Fonseca.

-0- PANA CS/DD 02fev2016