PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Forças Armadas Angolanas chamadas a liderar moralização da sociedade
Luanda, Angola (PANA) - O Presidente João Lourenço de Angola convidou, esta segunda-feira, as Forças Armadas Angolanas (FAA) a liderar o processo de "resgate de valores" para a moralização da sociedade angolana.
João Lourenço, que é também comandante-em-chefe das FAA, discursava na cerimónia de posse e promoção ao grau de general do Exército do novo chefe do Estado-Maior-General (EMG) da FAA, António Egídio de Sousa Santos "Disciplina", nomeado no mesmo dia.
“Estamos empenhados numa luta para o resgate dos valores, com destaque para a moralização da nossa sociedade e gostaríamos que, também nesta nova conjuntura, as Forças Armadas ocupassem a primeira trincheira neste combate pela moralização da nossa sociedade”, disse.
Ele lembrou que, ao longo dos anos, as Forças Armadas "conseguiram granjear o respeito e o carinho de todos Angolanos (...) por terem conseguido garantir a independência nacional, a soberania e a integridade do território”.
Por isso, incumbiu à chefia das FAA a missão de mobilizar os demais efetivos para garantir a moralização social e o cumprimento do papel reservado às Forças Armadas Angolanas.
Para o Presidente Lourenço, algumas ameaças já pertencem ao passado e, hoje, as Forças Armadas atuam “numa conjuntura bem diferente”
Por isso, incumbiu à chefia das FAA a missão de mobilizar os demais efetivos para garantir a moralização social e o cumprimento do papel reservado às Forças Armadas Angolanas.
O general António Egídio de Sousa Santos foi nomeado pelo Presidente João Lourenço, segunda-feira, para substituir o general Geraldo Sachipengo Nunda, exonerado também no mesmo dia da chefia das FAA, funções que ele exercia desde outubro de 2010.
Até à sua nomeação, o general Disciplina desempenhava as funções de chefe do EMG adjunto das FAA para a Área de Educação Patriótica.
A exoneração do seu antecessor ocorre numa altura em que o seu nome vem sendo citado num escândalo financeiro internacional que envolve um grupo de empresários tailandeses que tentaram alegadamente defraudar o Estado angolano por via da negociação de um crédito fictício de 50 biliões de dólares americanos "para financiar projetos" no país.
A Procuradoria Geral da República (PGR) anunciou recentemente estar em curso uma investigação criminal contra altas patentes das FAA, incluindo o general Nunda, por suspeita de envolvimento na “tentativa de fraude financeira internacional” liderada por um suposto empresário tailandês identificado como Raveeroj Rithchoteanan.
De acordo com a PGR, trata-se de uma rede de indivíduos que, sob a cobertura da empresa Centennial Energy Thailand, de Raveeroj Rithchoteanan, “tentaram de forma fraudulenta negociar uma operação de financiamento internacional (fictícia) de 50 biliões de dólares americanos”.
A operação que serviria supostamente para financiar alguns projetos em Angola foi abortada pela Polícia angolana após denúncia de um dos bancos envolvidos na negociação.
Estão igualmente sob investigação no mesmo processo os antigos responsáveis da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), Norberto Garcia, e da Agência para a Promoção do Investimento e Exportações de Angola (APIEX), Belarmino Van-Dúnem, entre outros.
A UITP de Norberto Garcia é apontada como o órgão oficial do Estado angolano que teria dado cobertura e legitimidade ao esquema, quando o seu diretor anunciou publicamente o fundo em causa como estando disponível para os investidores angolanos e estrangeiros.
Na altura, Garcia descreveu a Centennial Energy Thailand como “um grupo internacional de investimento e desenvolvimento de projetos comerciais e humanitários”, e foi assinado, em Luanda, um memorando entre esta e a UTIP, então organismo de apoio ao Presidente da República na preparação, condução e negociação de projetos de investimento privado.
Em declarações à imprensa, Norberto Garcia disse que o fundo estava à disposição dos investidores nacionais e externos, e que iria permitir concretizar os projetos em Angola, essencialmente nos setores produtivos, nomeadamente agroindústria, turismo, hotelaria, pescas e energia.
“A existência desse fundo vai trazer dinheiro para o mercado, vai financiar o mercado, que vai poder autodesenvolver-se. Este fundo faz todo o sentido, porque o parceiro quer é uma parceria, uma ‘joint-venture’, por esta via.
“Não estamos a falar de taxas de juros, de retornos de forma alguma complicados, com o processo de gestão do investidor, porque é em função dos rendimentos que a parceria vai proporcionar, que o retorno será feito”, disse Norberto Garcia, a 30 de novembro de 2017.
Segundo a PGR, se as suspeitas iniciais forem confirmadas, as pessoas implicadas neste escândalo deverão responder em juízo por "tentativa de burla por defraudação" ao Estado angolano.
-0- PANA IZ 24abril2018
João Lourenço, que é também comandante-em-chefe das FAA, discursava na cerimónia de posse e promoção ao grau de general do Exército do novo chefe do Estado-Maior-General (EMG) da FAA, António Egídio de Sousa Santos "Disciplina", nomeado no mesmo dia.
“Estamos empenhados numa luta para o resgate dos valores, com destaque para a moralização da nossa sociedade e gostaríamos que, também nesta nova conjuntura, as Forças Armadas ocupassem a primeira trincheira neste combate pela moralização da nossa sociedade”, disse.
Ele lembrou que, ao longo dos anos, as Forças Armadas "conseguiram granjear o respeito e o carinho de todos Angolanos (...) por terem conseguido garantir a independência nacional, a soberania e a integridade do território”.
Por isso, incumbiu à chefia das FAA a missão de mobilizar os demais efetivos para garantir a moralização social e o cumprimento do papel reservado às Forças Armadas Angolanas.
Para o Presidente Lourenço, algumas ameaças já pertencem ao passado e, hoje, as Forças Armadas atuam “numa conjuntura bem diferente”
Por isso, incumbiu à chefia das FAA a missão de mobilizar os demais efetivos para garantir a moralização social e o cumprimento do papel reservado às Forças Armadas Angolanas.
O general António Egídio de Sousa Santos foi nomeado pelo Presidente João Lourenço, segunda-feira, para substituir o general Geraldo Sachipengo Nunda, exonerado também no mesmo dia da chefia das FAA, funções que ele exercia desde outubro de 2010.
Até à sua nomeação, o general Disciplina desempenhava as funções de chefe do EMG adjunto das FAA para a Área de Educação Patriótica.
A exoneração do seu antecessor ocorre numa altura em que o seu nome vem sendo citado num escândalo financeiro internacional que envolve um grupo de empresários tailandeses que tentaram alegadamente defraudar o Estado angolano por via da negociação de um crédito fictício de 50 biliões de dólares americanos "para financiar projetos" no país.
A Procuradoria Geral da República (PGR) anunciou recentemente estar em curso uma investigação criminal contra altas patentes das FAA, incluindo o general Nunda, por suspeita de envolvimento na “tentativa de fraude financeira internacional” liderada por um suposto empresário tailandês identificado como Raveeroj Rithchoteanan.
De acordo com a PGR, trata-se de uma rede de indivíduos que, sob a cobertura da empresa Centennial Energy Thailand, de Raveeroj Rithchoteanan, “tentaram de forma fraudulenta negociar uma operação de financiamento internacional (fictícia) de 50 biliões de dólares americanos”.
A operação que serviria supostamente para financiar alguns projetos em Angola foi abortada pela Polícia angolana após denúncia de um dos bancos envolvidos na negociação.
Estão igualmente sob investigação no mesmo processo os antigos responsáveis da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), Norberto Garcia, e da Agência para a Promoção do Investimento e Exportações de Angola (APIEX), Belarmino Van-Dúnem, entre outros.
A UITP de Norberto Garcia é apontada como o órgão oficial do Estado angolano que teria dado cobertura e legitimidade ao esquema, quando o seu diretor anunciou publicamente o fundo em causa como estando disponível para os investidores angolanos e estrangeiros.
Na altura, Garcia descreveu a Centennial Energy Thailand como “um grupo internacional de investimento e desenvolvimento de projetos comerciais e humanitários”, e foi assinado, em Luanda, um memorando entre esta e a UTIP, então organismo de apoio ao Presidente da República na preparação, condução e negociação de projetos de investimento privado.
Em declarações à imprensa, Norberto Garcia disse que o fundo estava à disposição dos investidores nacionais e externos, e que iria permitir concretizar os projetos em Angola, essencialmente nos setores produtivos, nomeadamente agroindústria, turismo, hotelaria, pescas e energia.
“A existência desse fundo vai trazer dinheiro para o mercado, vai financiar o mercado, que vai poder autodesenvolver-se. Este fundo faz todo o sentido, porque o parceiro quer é uma parceria, uma ‘joint-venture’, por esta via.
“Não estamos a falar de taxas de juros, de retornos de forma alguma complicados, com o processo de gestão do investidor, porque é em função dos rendimentos que a parceria vai proporcionar, que o retorno será feito”, disse Norberto Garcia, a 30 de novembro de 2017.
Segundo a PGR, se as suspeitas iniciais forem confirmadas, as pessoas implicadas neste escândalo deverão responder em juízo por "tentativa de burla por defraudação" ao Estado angolano.
-0- PANA IZ 24abril2018