PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Filho de ex-Presidente senegalês condenado a 6 anos de prisão
Dakar, Senegal (PANA) - O Tribunal de Repressão do Enriquecimento Ilícito (CREI) do Senegal condenou segunda-feira em Dakar Karim Wade, filho do ex-Presidente Abdoulaye Wade e antigo ministro da Cooperação Internacional, Transportes e Infraestruturas, a seis anos de prisão e ao pagamento duma multa de 138 biliões de francos CFA (cerca de 229 milhões e 713 mil dólares americanos) por enriquecimento ilícito.
O seu principal coacusado, Bibo Bourgi, foi condenado a cinco anos de prisão e uma multa de 130 biliões de francos CFA (cerca de 216 milhões e 396 mil dólares americanos).
Adiado a 19 de fevereiro último após audição dos réus e das testemunhas, e argumentos dos advogados da acusação (Estado do Senegal) e da defesa, o veredito foi divulgado na ausência de Karim Wade mas na presença do seu pai, o antigo Presidente Abdoulaye Wade (2000-2012), e de vários responsáveis do Partido Democrático Senegalês (PDS), ex-partido no poder.
No seu requisitório, o procurador requereu sete anos de prisão contra Karim Wade, o confisco de todos os seus bens e a perda dos seus direitos cívicos, enquanto os advogados do Estado do Senegal reclamavam por 250 biliões de francos CFA (cerca de 416 milhões e 147 mil dólares americanos) de indemnizações pelos prejuízos causados ao seu cliente.
Em detenção provisória desde 18 de abril de 2012, Karim Wade devia justificar a origem da sua fortuna estimada em 117 biliões de francos CFA (cerca de 194 milhões e 757 mil dólares americanos), oito viaturas de luxo, duas casas adquiridas enquanto era ministro, de 2009 a 2012, várias empresas, bem como contas bancárias em paraísos fiscais.
O julgamento, que arrancou a 31 de julho último, foi manchado por vários incidentes e batalhas de procedimentos que levaram o antigo ministro a observar uma greve de fome e uma parte dos seus advogados a boicotar o fim do julgamento.
A tensão subiu há vários dias no seio do PDS e dos seus aliados que se mobilizaram para a libertação de Karim Wade.
A 13 de fevereiro, a coordenadora do movimento "Karim Horizon 2017", Aminata Nguirane, e um célebre lutador, Bathie Seras, foram detidos por tentativa de distúrbio da ordem pública e planificação de atos de vandalismo em perspetiva duma condenação de Karim Wade.
Um dos advogados de Karim Wade e responsável do PDS, Amadou Sall, foi detido terça-feira passada por incitação à violência e ofensa ao chefe de Estado, Macky Sall.
Para prevenir manifestações dos apoiantes de Karim Wade, o Ministério do Interior desdobrou forças da ordem em várias artérias e locais sensíveis de Dakar, a capital senegalesa.
O veredito ocorre dois dias depois do congresso do PDS que designou sábado, em Dakar, Karim Wade como candidato do partido da oposição às eleições presidenciais de fevereiro de 2017.
-0- PANA AAS/MAR/TON 23março2015
O seu principal coacusado, Bibo Bourgi, foi condenado a cinco anos de prisão e uma multa de 130 biliões de francos CFA (cerca de 216 milhões e 396 mil dólares americanos).
Adiado a 19 de fevereiro último após audição dos réus e das testemunhas, e argumentos dos advogados da acusação (Estado do Senegal) e da defesa, o veredito foi divulgado na ausência de Karim Wade mas na presença do seu pai, o antigo Presidente Abdoulaye Wade (2000-2012), e de vários responsáveis do Partido Democrático Senegalês (PDS), ex-partido no poder.
No seu requisitório, o procurador requereu sete anos de prisão contra Karim Wade, o confisco de todos os seus bens e a perda dos seus direitos cívicos, enquanto os advogados do Estado do Senegal reclamavam por 250 biliões de francos CFA (cerca de 416 milhões e 147 mil dólares americanos) de indemnizações pelos prejuízos causados ao seu cliente.
Em detenção provisória desde 18 de abril de 2012, Karim Wade devia justificar a origem da sua fortuna estimada em 117 biliões de francos CFA (cerca de 194 milhões e 757 mil dólares americanos), oito viaturas de luxo, duas casas adquiridas enquanto era ministro, de 2009 a 2012, várias empresas, bem como contas bancárias em paraísos fiscais.
O julgamento, que arrancou a 31 de julho último, foi manchado por vários incidentes e batalhas de procedimentos que levaram o antigo ministro a observar uma greve de fome e uma parte dos seus advogados a boicotar o fim do julgamento.
A tensão subiu há vários dias no seio do PDS e dos seus aliados que se mobilizaram para a libertação de Karim Wade.
A 13 de fevereiro, a coordenadora do movimento "Karim Horizon 2017", Aminata Nguirane, e um célebre lutador, Bathie Seras, foram detidos por tentativa de distúrbio da ordem pública e planificação de atos de vandalismo em perspetiva duma condenação de Karim Wade.
Um dos advogados de Karim Wade e responsável do PDS, Amadou Sall, foi detido terça-feira passada por incitação à violência e ofensa ao chefe de Estado, Macky Sall.
Para prevenir manifestações dos apoiantes de Karim Wade, o Ministério do Interior desdobrou forças da ordem em várias artérias e locais sensíveis de Dakar, a capital senegalesa.
O veredito ocorre dois dias depois do congresso do PDS que designou sábado, em Dakar, Karim Wade como candidato do partido da oposição às eleições presidenciais de fevereiro de 2017.
-0- PANA AAS/MAR/TON 23março2015