PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Filho de Kadafi e seu ex-colaborador confessam seus graves crimes na Líbia
Tripoli, Líbia (PANA) – A maioria dos 37 dignitários do deposto regime de Muamar Kadafi, incluindo o seu filho Seif Al-Islam e o seu ex-chefe de Segurança, Abdallah Al-Senoussi, confessaram segunda-feira em Tripoli os crimes de genocídio coletivo e crimes contra a humanidade de que são acusados.
Esta informação foi prestada durante uma conferência de imprensa, segunda-feira em Tripoli, pelo porta-voz do procurador-geral da República, Seddick Al-Sour.
Na ocasião, Al-Sour indicou que a próxima audiência do julgamento dos antigos colaboradores de Muamar Kadafi, iniciado a 24 de março de 2014, será marcada pela aplicação das emendas ao Código Penal adotado domingo último pelo Congresso Geral Nacional (CGN, Parlamento) a fim de acelerar o julgamento dos acusados.
O (CGN) adotou terça-feira, por proposta do procurador-geral, emendas ao Código Penal que permitem julgar um recluso enquanto se encontra numa outra zona por vídeoconferência ou ouvir da mesma maneira testemunhas, afirmou.
Seddick Al-Sour precisou, a este propósito, que as razões do adiamento do julgamento dos apoiantes de Kadafi se explicam pelas disposições do antigo Código Penal que exigia a presença do acusado, contrariamente às novas emendas que permitem julgar por videoconferência o acusado principal do caso 630 que implica 37 dignitários do antigo regime, Seif Kadafi, a partir da sua cela em Zenten, no sul do país.
Seif Al-Islam Kadafi, detido em novembro de 2011 no sul do país por uma brigada de Zenten, receia pela sua segurança se se deslocar a Tripoli, indicou Seddik Al-Sour.
A maior parte destes dignitários do antigo regime foram capturados em 2011 após a destituição, em agosto do mesmo ano, do regime de Muamar Kadafi.
Após 42 anos de poder sem partilha, Kadafi foi morto a 20 de outubro do mesmo ano, no termo dum conflito armado de mais de oito meses.
O ex-líder líbio e o seu regime são acusados de muitos factos, nomeadamente assassinatos, incitação ao crime e violações sexuais coletivas, formação de grupos armados para provocar distúrbios, instrumentalização da imigração para pressionar países europeus e contratação de mercenários, entre outras.
Em setembro de 2013, estes acusados refutaram categoricamente as acusações proferidas contra eles durante a repressão da revolução de 17 de fevereiro de 2011.
Além disto, suspeitos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) de crimes contra a humanidade, Seif Al-Islam Kadafi e Abdallah Al-Senoussi são objeto de mandados de captura internacionais.
Determinado a julgar o filho do ex-ditador líbio, o TPI decidiu, a 11 de outubro de 2013, autorizar a Líbia a julgar Abdallah Al-Senoussi.
Por outro lado, o porta-voz do procurador-geral assinalou que os interrogatórios continuam com a tripulação do navio petroleiro Morning Glory, de bandeira norte-coreana, e três Líbios que se encontravam a bordo.
Al-Sour acrescentou que o Tribunal obteve importantes informações durante interrogatórios da tripulação do petroleiro norte-coreano que se encontra, desde domingo, na base marítima de Tripoli depois de entregue, sábado último, nas águas internacionais, pela Marinha norte-americana à Marinha líbia.
O Morning Glory foi intercetado para verificação, terça-feira última, ao largo da ilha de Chipre, pela Marinha norte-americana, depois de escapar da Líbia com um carregamento ilegal do crude obtido no porto líbio de Al-Sidera (leste) controlado por milícias armadas e autonomistas.
O porta-voz do procurador indicou que as investigações revelaram que diversas personalidades estão implicadas neste caso de venda ilegal do crude líbio, algumas das quais estão na Líbia e outras no estrangeiro sujeitas a mandado de captura a serem emitidos por intermédio da Interpol (Polícia Internacional) com vista ao seu repatriamento.
Confissões durante o interrogatório de Saadi Kadafi revelaram que apoiantes do antigo regime residentes no estrangeiro estão implicados na última tentativa de venda de crude, relativamente ao navio Norning Glory, com vista a adquirirem armas.
-0- PANA BY/IS/FK/DD 25março2014
Esta informação foi prestada durante uma conferência de imprensa, segunda-feira em Tripoli, pelo porta-voz do procurador-geral da República, Seddick Al-Sour.
Na ocasião, Al-Sour indicou que a próxima audiência do julgamento dos antigos colaboradores de Muamar Kadafi, iniciado a 24 de março de 2014, será marcada pela aplicação das emendas ao Código Penal adotado domingo último pelo Congresso Geral Nacional (CGN, Parlamento) a fim de acelerar o julgamento dos acusados.
O (CGN) adotou terça-feira, por proposta do procurador-geral, emendas ao Código Penal que permitem julgar um recluso enquanto se encontra numa outra zona por vídeoconferência ou ouvir da mesma maneira testemunhas, afirmou.
Seddick Al-Sour precisou, a este propósito, que as razões do adiamento do julgamento dos apoiantes de Kadafi se explicam pelas disposições do antigo Código Penal que exigia a presença do acusado, contrariamente às novas emendas que permitem julgar por videoconferência o acusado principal do caso 630 que implica 37 dignitários do antigo regime, Seif Kadafi, a partir da sua cela em Zenten, no sul do país.
Seif Al-Islam Kadafi, detido em novembro de 2011 no sul do país por uma brigada de Zenten, receia pela sua segurança se se deslocar a Tripoli, indicou Seddik Al-Sour.
A maior parte destes dignitários do antigo regime foram capturados em 2011 após a destituição, em agosto do mesmo ano, do regime de Muamar Kadafi.
Após 42 anos de poder sem partilha, Kadafi foi morto a 20 de outubro do mesmo ano, no termo dum conflito armado de mais de oito meses.
O ex-líder líbio e o seu regime são acusados de muitos factos, nomeadamente assassinatos, incitação ao crime e violações sexuais coletivas, formação de grupos armados para provocar distúrbios, instrumentalização da imigração para pressionar países europeus e contratação de mercenários, entre outras.
Em setembro de 2013, estes acusados refutaram categoricamente as acusações proferidas contra eles durante a repressão da revolução de 17 de fevereiro de 2011.
Além disto, suspeitos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) de crimes contra a humanidade, Seif Al-Islam Kadafi e Abdallah Al-Senoussi são objeto de mandados de captura internacionais.
Determinado a julgar o filho do ex-ditador líbio, o TPI decidiu, a 11 de outubro de 2013, autorizar a Líbia a julgar Abdallah Al-Senoussi.
Por outro lado, o porta-voz do procurador-geral assinalou que os interrogatórios continuam com a tripulação do navio petroleiro Morning Glory, de bandeira norte-coreana, e três Líbios que se encontravam a bordo.
Al-Sour acrescentou que o Tribunal obteve importantes informações durante interrogatórios da tripulação do petroleiro norte-coreano que se encontra, desde domingo, na base marítima de Tripoli depois de entregue, sábado último, nas águas internacionais, pela Marinha norte-americana à Marinha líbia.
O Morning Glory foi intercetado para verificação, terça-feira última, ao largo da ilha de Chipre, pela Marinha norte-americana, depois de escapar da Líbia com um carregamento ilegal do crude obtido no porto líbio de Al-Sidera (leste) controlado por milícias armadas e autonomistas.
O porta-voz do procurador indicou que as investigações revelaram que diversas personalidades estão implicadas neste caso de venda ilegal do crude líbio, algumas das quais estão na Líbia e outras no estrangeiro sujeitas a mandado de captura a serem emitidos por intermédio da Interpol (Polícia Internacional) com vista ao seu repatriamento.
Confissões durante o interrogatório de Saadi Kadafi revelaram que apoiantes do antigo regime residentes no estrangeiro estão implicados na última tentativa de venda de crude, relativamente ao navio Norning Glory, com vista a adquirirem armas.
-0- PANA BY/IS/FK/DD 25março2014