PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Federação Cabo-verdiana de Futebol investigada por suspeita de corrupção
Praia, Cabo Verde (PANA) – A Polícia Judiciária (PJ) cabo-verdiana está a investigar suspeitas de corrupção na Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), apurou a PANA na capital cabo-verdiana, Praia.
Segundo o presidente da comissão de gestão da FCF, Mário Avelino “Donnay”, a Federação está a ser investigada sobre o alegado desaparecimento de 700 pares de equipamentos oficiais, fornecidos pela empresa que veste a seleção nacional de futebol de Cabo Verde.
Falando em conferência de imprensa, terça-feira, ele precisou que a PJ “exige com a maior brevidade possível” o relatório de atividades de 2015 e a relação de equipamentos oferecidos pela empresa Lacatoni à FCF.
A PJ exige ainda o contrato de arrendamento ou de concessão do espaço comercial celebrado entre a FCF e o gerente/representante da Loja Azul, entre outros esclarecimentos, disse.
Trata-se de um relatório do primeiro ano de mandato de Vítor Osório na FCF, onde consta o desaparecimento de 700 pares de equipamentos no período de gestão de Mário Semedo.
O atual gestor da FCF revelou também que a PJ solicitou ainda documentos relativos a um contrato de arrendamento entre Mário Semedo, a empresa Locatoni e três outras partes, bem como documentos sobre a relação de importação feita em nome da FCF por uma loja de venda de equipamentos na cidade da Praia.
Este caso de desaparecimento de equipamentos veio à tona quando, em agosto último, logo após ser destituído do cargo, Vítor Osório, denunciou a existência de uma “máfia” na FCF que seria responsável pelo sumiço desses equipamentos, que, segundo ele, nunca chegaram ao destino e não se conseguiu encontrar o seu rasto.
Na sequência dessas acusações, o seu antecessor na FCF, Mário Semedo, que esteve à frente da FCF por mais de uma década, desmentiu o ocorrido, referindo que foi uma novidade também para ele, já que ao longo do seus mandatos nunca teve essa informação.
Donnay acusa igualmente as direções anteriores da FCF, presididas por Mário Semedo e Vítor Osório, de adulterarem os dados dos jogadores de forma a permitir reduzir a idade dos atletas cabo-verdianos.
Ele trouxe novamente à tona o caso que remonta a 2013 da utilização irregular do jogador Fernando Varela, que esteve na base da desqualificação dos “Tubarões Azuis” para o “play off” do Mundial de 2014, depois de adquirir este direito por vencer em campo a Tunísia por 2-0.
Conforme faz saber o gestor da FCF, a PJ deve investigar também o caso “Tunísia”, que, na altura, deu muito que falar mas que não chegou de ser totalmente esclarecido.
Há fortes indícios de haver ilícitos neste ato em que “a opinião pública não foi esclarecida até hoje”, disse Donnay.
Ele revelou também que já pediu uma auditoria interna por parte do Ministério da Finanças “para apuramento de toda a verdade relacionada com a gestão danosa da FCF”.
Entretanto, explicou que a FIFA (Federação Internacional de Futebol) bloqueou a atribuição de qualquer verba à FCF por falta de prestação de contas durante a presidência de Víctor Osório.
Asseverou que a gestão federativa tem sido marcada por “esbanjamento” nos últimos mandatos e que, após a entrada em funções do último presidente, a 11 de abril de 2015, "esbanjou-se entre 50/70 milhões de escudos", dinheiro que, alegadamente, foi deixado pelo seu antecessor Mário Semedo.
Esta investigação da PJ acontece nas vésperas da eleição do novo presidente do organismo, por uma assembleia geral extraordinária, marcada para 28 deste mês e em que Donnay se apresenta como candidato à presidência do organismo máximo do futebol cabo-verdiano.
-0- PANA CS/IZ 11out2017
Segundo o presidente da comissão de gestão da FCF, Mário Avelino “Donnay”, a Federação está a ser investigada sobre o alegado desaparecimento de 700 pares de equipamentos oficiais, fornecidos pela empresa que veste a seleção nacional de futebol de Cabo Verde.
Falando em conferência de imprensa, terça-feira, ele precisou que a PJ “exige com a maior brevidade possível” o relatório de atividades de 2015 e a relação de equipamentos oferecidos pela empresa Lacatoni à FCF.
A PJ exige ainda o contrato de arrendamento ou de concessão do espaço comercial celebrado entre a FCF e o gerente/representante da Loja Azul, entre outros esclarecimentos, disse.
Trata-se de um relatório do primeiro ano de mandato de Vítor Osório na FCF, onde consta o desaparecimento de 700 pares de equipamentos no período de gestão de Mário Semedo.
O atual gestor da FCF revelou também que a PJ solicitou ainda documentos relativos a um contrato de arrendamento entre Mário Semedo, a empresa Locatoni e três outras partes, bem como documentos sobre a relação de importação feita em nome da FCF por uma loja de venda de equipamentos na cidade da Praia.
Este caso de desaparecimento de equipamentos veio à tona quando, em agosto último, logo após ser destituído do cargo, Vítor Osório, denunciou a existência de uma “máfia” na FCF que seria responsável pelo sumiço desses equipamentos, que, segundo ele, nunca chegaram ao destino e não se conseguiu encontrar o seu rasto.
Na sequência dessas acusações, o seu antecessor na FCF, Mário Semedo, que esteve à frente da FCF por mais de uma década, desmentiu o ocorrido, referindo que foi uma novidade também para ele, já que ao longo do seus mandatos nunca teve essa informação.
Donnay acusa igualmente as direções anteriores da FCF, presididas por Mário Semedo e Vítor Osório, de adulterarem os dados dos jogadores de forma a permitir reduzir a idade dos atletas cabo-verdianos.
Ele trouxe novamente à tona o caso que remonta a 2013 da utilização irregular do jogador Fernando Varela, que esteve na base da desqualificação dos “Tubarões Azuis” para o “play off” do Mundial de 2014, depois de adquirir este direito por vencer em campo a Tunísia por 2-0.
Conforme faz saber o gestor da FCF, a PJ deve investigar também o caso “Tunísia”, que, na altura, deu muito que falar mas que não chegou de ser totalmente esclarecido.
Há fortes indícios de haver ilícitos neste ato em que “a opinião pública não foi esclarecida até hoje”, disse Donnay.
Ele revelou também que já pediu uma auditoria interna por parte do Ministério da Finanças “para apuramento de toda a verdade relacionada com a gestão danosa da FCF”.
Entretanto, explicou que a FIFA (Federação Internacional de Futebol) bloqueou a atribuição de qualquer verba à FCF por falta de prestação de contas durante a presidência de Víctor Osório.
Asseverou que a gestão federativa tem sido marcada por “esbanjamento” nos últimos mandatos e que, após a entrada em funções do último presidente, a 11 de abril de 2015, "esbanjou-se entre 50/70 milhões de escudos", dinheiro que, alegadamente, foi deixado pelo seu antecessor Mário Semedo.
Esta investigação da PJ acontece nas vésperas da eleição do novo presidente do organismo, por uma assembleia geral extraordinária, marcada para 28 deste mês e em que Donnay se apresenta como candidato à presidência do organismo máximo do futebol cabo-verdiano.
-0- PANA CS/IZ 11out2017