Fecho de fronteiras nigerianas diminui fluxo de armas, diz Presidente
Abuja, Nigéria (PANA) - O Presidente nigeriano, Muhammadou Buhari, declarou neste fim de semana que o fecho das fronteiras terrestres do país ajudou a reduzir o fluxo de armas e munições ilegais no território nacional.
Buhari fez estas observações durante uma audiência com o seu homólogo do Burkina Faso, Roch Marc Christian Kabore, no palácio presidencial, em Abuja.
Ele explicou que a decisão de tomar qualquer medida sobre o encerramento das fronteiras só pode ser determinada pela comissão tripartida Nigéria-Benin-Níger.
O chefe de Estado do Burkina Faso é o atual presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) encarregada de resolver a questão do encerramento das fronteiras entre a Nigéria e os seus vizinhos.
Buhari explicou ao líder burkinabe que a decisão da Nigéria de fechar parcialmente as fronteiras a mercadorias dos países vizinhos se justificava pelo simples facto de salvaguardar a segurança nacional.
"O nosso maior problema é a segurança - o fluxo de armas, munições e drogas. Constatamos uma diminuição do banditismo usando essas armas desde o fecho parcial da fronteira. Além disso, os nossos agricultores agora podem vender seu arroz desde que paramos o fluxo de arroz estrangeiro, geralmente despejado no país", disse.
O Presidente Buhari disse que a Nigéria está atenta às preocupações dos países vizinhos sobre esta questão e assegurou-lhes que o seu Governo encontrará uma solução rápida e duradoura.
"Vou trabalhar o mais rápido possível assim que receber o relatório", acrescentou o Presidente.
Kabore disse ter vindo ao país na sequência do mandato da CEDEAO para resolver os problemas que levaram ao encerramento parcial da fronteira, acrescentando que alguns dos desafios foram discutidos e acordados, exortando o líder nigeriano a reconsiderar a posição do país.
-0- PANA MON/RA/ASA/DIM/IZ 23fev2020