Túnis, Tunísia (PANA) - Várias famílias de migrantes tunisinos bloqueados no enclave espanhol de Melilla observaram sexta-feira marcharam diante da Embaixada da Espanha na Tunísia, a fim de chamarem a atenção das autoridades consulares e denunciar o mutismo do Governo tunisino sobre a situação deterioriada dos seus entes queridos, constatou a PANA no local.
Os participantes no movimento de protestos, apoiados pelo Fórum Tunisino dos Direitos Socioeconómicos, exprimiram a sua inquietação por verem seus filhos, presos num centro de detenção de migrantes em Mellilia, contrairem o novo coronavírus, muito espalhado entre migrantes.
Esta manifestação foi organizada para alertar para a situação sanitária precária, maus tratos e a discriminação racial de que são vítimas mais de mil e 500 migrantes, dos quais 800 Tunisinos, neste centro, explicou o Fórum.
O Fórum apelou às autoridades espanholas para tratarem com respeito os migrantes, em conformidade com as disposições das Convenções Internacionais.
Pediram-lhes igualmente para cessarem de discriminar os migrantes tunisinos, impedindo-os, contrariamente a outros de outras nacionalidades, de entrar no território espanhol.
Segundo a Organização Não Governamental (ONG), as autoridades espanholas, ao adotarem tal atitude, querem pressionar as autoridades tunisinas a fim de as levarem a assinarem um acordo similar ao protocolo rubricado com a Itália, que permite repatriar anualmente, à força, vários milhares de migrantes clandestinos.
-0- PANA YY/IN/JSG/FK/DD 5set2020