Agência Panafricana de Notícias

Família de suposto terrorista nigeriano viaja para Estados Unidos

Lagos- Nigéria (PANA) -- A família do jovem nigeriano suspeito de tentar fazer explodir um avião americano em Detroit no dia de Natal vai deslocar-se aos Estados Unidos para assistir à leitura da sua acta de acusação sexta-fera, noticiou o jornal privado "NEXT" esta segunda-feira.
O jornal, que cita uma fonte familiar não precisada, adianta que a família de Umar Farouk Abdulmutallab poderá deslocar-se a qualquer momento esta semana a Detroit, no Michigan, onde o jovem de 23 anos de idade deve ser formalmente acusado por tentar fazer explodir um voo da Northwest Airlines, proveniente de Amsterdão para os Estados Unidos, com explosivos.
"A família de Mutallab finalizou as suas formalidades para se deslocar a Detroit no julgamento de Umar Farouk que começa a 8 de Janeiro segundo as informações de que dispomos", declarou um membro da família.
Segundo a fonte, o pai, um rico banqueiro, a mãe de Umar Abdulmutallab, Aisha, e outros membros da família partirão para os Estados Unidos.
A imprensa local informou segunda-feira que o pai do suspeito não assinalou o desaparecimento do seu filho, nem os seus supostos laços terroristas às agências de segurança nigerianas como disse antes.
Ela cita fontes da Presidência, segundo as quais não havia nenhuma prova da declaração do pai sobre uma informação formal às agências de segurança, incluindo o Serviço de Segurança do Estado (SSS), a Agência Nacional de Informações (NIA) e a Polícia, dos suspostos laços terroristas do seu filho.
A única prova conhecida, segundo a imprensa, é que Mutallab contactou a Embaixada americana como o afirmaram e reconheceram os Americanos, com pormenores que indicam que o seu filho desapareceu sem informações precisas sobre as suas afiliações ou o seu extremismo religioso.
Contudo, o pai do jovem nigeriano teria discutido o caso de maneira informal com um ex-conselheiro da agência de segurança nacional, a NSA.
Os Nigerianos estão preocupados com esta reacção brutal ao saber que o país foi acrescentado à lista das nações cujos cidadãos devem ser submetidos a controlos mais rígidos nos aeroportos americanos.
Mas, o antigo Presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo, afirmou que os Nigerianos não deviam ser considerados como criminosos ao basear-se na acção do suspeito.
"O caso do jovem não deve ser utilizado como modelo para julgar os Nigerianos ou criminalizar todos os Nigerianos.
O facto de o jovem ter cometido um delito grave enquanto Nigeriano não quer dizer que todos os Nigerianos sejam terroristas ou criminosos", declarou Obasanjo domingo.