Falência de Thomas Cook causa 70 milhões de euros de perdas a hotéis tunisinos
Túnis, Tunísia (PANA) – Quase 40 hotéis na Tunísia, ligados ao grupo Thomas Cook (operadora de turismo britânico) sofreram perdas na ordem dos 70 milhões de euros, anunciou a encarregada de Comunicação da Federação Tunisina dos Hotéis, Mouna Ben Halima.
O grupo turístico britânico, Thomas Cook, anunciou, segunda-feira, a sua falência e a sua consequente cessação de pagamentos a favor dos hotéis, precisou segunda-feira última Ben Halima.
"Estas perdas representam entre 65 e 70 por cento do volume de negócios dos hotéis tunisinos afetados, na medida em que as faturas por cobrar dizem respeito à alta temporada do turismo (julho, agosto e setembro)”, advertiu a responsável tunisina , precisando que as despesas de estada dos turistas britânicos foram pagos às operadoras turísticas, 90 dias após a operação.
Os profissionais mais afetados por este caso estão nas zonas turísticas de Hammamet e de Djerba, dos quais 10 trabalham só com o grupo Thomas Cook, lamentou Ben Halima.
Afirmou que alguns destes hotéis estarão confrontados com enormes dificuldades para continuar as suas atividades, nomeadamente se se tiver em conta a crise que afetou o setor turístico após os ataques terroristas de 2015, na Tunísia.
Frisou que várias reservas foram anuladas, numa altura em que turistas transportados pela Thomas Cook e presentes atualmente na Tunísia, deviam deixar o país a partir da segunda-feira última)para regressarem aos seus respetivos países de voos fretados pelo Governo britânico a fim de assegurar o regresso destes últimos.
A Tunísia recebe anualmente, em média, 150 mil turistas graças à empresa Thomas Cook, provenientes de 10 países, dos quais a Grã-Bretanha, a França, a Alemanha e a Itália.
O grupo Thomas Cook, criado em 1808, possui quase duas mil agências de viagens, 33 operadoras turísticas e 89 aviões, estando presente em 16 países.
-0- PANA YY/IN/IS/SOC/FK/DD 24set2019