PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Faleceu a pianista cabo-verdiana Tututa Évora
Praia, Cabo Verde (PANA) – A pianista cabo-verdiana Tututa Évora, tida como a maior intérprete de sempre deste instrumento musical no arquipélago, faleceu domingo na ilha do Sal aos 95 anos de idade, vítima de um enfarte do miocárdio, apurou a PANA de fonte familiar.
De seu nome de batismo Epifânia de Freitas Silva Ramos Évora, a artista era natural da cidade do Mindelo, ilha de São Vicente, onde nasceu a 6 de janeiro de 1919 e iniciou a sua longa carreira musical.
Durante as décadas de 30 e 40, Tututa Évora animou as então animadas noites da cidade do Mindelo que era muito frequentada por passageiros e tripulantes dos barcos que faziam escala pelo Porto Grande.
Para além de exímia intérprete do piano, Tutata Évora foi também uma renomada compositora de géneros musicais como a morna, sendo autora, nomeadamente, de temas como “Grito de dor”, “Sentimento”, “Mãe Tigre” ou “Vida Torturod”, interpretados por nomes sonantes como Cesária Evora, Bana e outros.
Mãe de 14 filhos, três dos quais nasceram de um parto trigémeo, a pianista conseguiu conciliar com muito esforço a sua carreira musical com a sua faceta de mãe dos muitos filhos, alguns dos quais, como as filhas Sônia e Magda, são hoje conhecidos intérpretes da musica cabo-verdiana.
Tuta Évora teve tempo ainda de viajar para levar a sua arte junto da diáspora cabo-verdiana em países como os Estados Unidos da América, Portugal, Espanha, Senegal e Guiné-Bissau.
O anunciou da morte da artista na ilha do Sal, onde vivia há largos anos, provocou de imediato reações de pesar e de reconhecimento, por parte de artistas e figuras públicas, do seu grande contributo para a musica do arquipélago.
Em mensagem de condolências à família, o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos de Almeida Fonseca, escreve que “Epifânia Évora, ou simplesmente “Dona Tututa”, “é um retrato singelo de uma vida longa e preciosa caldeada de melodias, de músicas, através das quais venceu preconceitos, superou barreiras edificadas pelos tempos”.
O chefe de Estado cabo-verdiano destaca ainda o “percurso singular de alguém que marcou a sua época, cuja vivência simboliza naturalmente a cabo-verdianidade”.
Para Jorge Carlos Fonseca, a pianista foi “uma personalidade de dimensão maior que se destacou no palco da vida contracenando com os melhores, entre os quais alguns dos mais proeminentes músicos/compositores cabo-verdianos de diferentes gerações (Beleza, Bana, Cesária Évora)”.
Também o primeiro-ministro cabo-verdiano endereçou uma nota de pesar em seu nome e em nome do Governo aos familiares da pianista Tututa Évora.
“O primeiro-ministro e o Governo, assim como todos aqueles familiarizados com a vida e obra de Dona Tututa, reconhecem a obra e o legado deixados por esta senhora, que acabara de completar 95 anos de idade a 6 de Janeiro último, e que é motivo de orgulho para todos nós”, diz uma nota oficial.
A nota salienta ainda que “a trajetória de Dona Tututa, uma exímia pianista, será para sempre uma inspiração para todos nós, sobretudo para as mulheres destas ilhas, trajetória essa escrita em notas maiores, servindo de legado e inspiração à causa da igualdade e equidade de género”.
A mensagem sublinha a propósito que “Dona Tututa foi uma mulher muito à frente do seu tempo conciliando a vida de esposa e mãe com a sua paixão pela música, e desafiou convenções sagrando-se como um dos nomes míticos das noites de serenata e tocatinas mindelenses, um mundo então reservado apenas aos homens”.
-0- PANA CS/IZ 27jan2014
De seu nome de batismo Epifânia de Freitas Silva Ramos Évora, a artista era natural da cidade do Mindelo, ilha de São Vicente, onde nasceu a 6 de janeiro de 1919 e iniciou a sua longa carreira musical.
Durante as décadas de 30 e 40, Tututa Évora animou as então animadas noites da cidade do Mindelo que era muito frequentada por passageiros e tripulantes dos barcos que faziam escala pelo Porto Grande.
Para além de exímia intérprete do piano, Tutata Évora foi também uma renomada compositora de géneros musicais como a morna, sendo autora, nomeadamente, de temas como “Grito de dor”, “Sentimento”, “Mãe Tigre” ou “Vida Torturod”, interpretados por nomes sonantes como Cesária Evora, Bana e outros.
Mãe de 14 filhos, três dos quais nasceram de um parto trigémeo, a pianista conseguiu conciliar com muito esforço a sua carreira musical com a sua faceta de mãe dos muitos filhos, alguns dos quais, como as filhas Sônia e Magda, são hoje conhecidos intérpretes da musica cabo-verdiana.
Tuta Évora teve tempo ainda de viajar para levar a sua arte junto da diáspora cabo-verdiana em países como os Estados Unidos da América, Portugal, Espanha, Senegal e Guiné-Bissau.
O anunciou da morte da artista na ilha do Sal, onde vivia há largos anos, provocou de imediato reações de pesar e de reconhecimento, por parte de artistas e figuras públicas, do seu grande contributo para a musica do arquipélago.
Em mensagem de condolências à família, o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos de Almeida Fonseca, escreve que “Epifânia Évora, ou simplesmente “Dona Tututa”, “é um retrato singelo de uma vida longa e preciosa caldeada de melodias, de músicas, através das quais venceu preconceitos, superou barreiras edificadas pelos tempos”.
O chefe de Estado cabo-verdiano destaca ainda o “percurso singular de alguém que marcou a sua época, cuja vivência simboliza naturalmente a cabo-verdianidade”.
Para Jorge Carlos Fonseca, a pianista foi “uma personalidade de dimensão maior que se destacou no palco da vida contracenando com os melhores, entre os quais alguns dos mais proeminentes músicos/compositores cabo-verdianos de diferentes gerações (Beleza, Bana, Cesária Évora)”.
Também o primeiro-ministro cabo-verdiano endereçou uma nota de pesar em seu nome e em nome do Governo aos familiares da pianista Tututa Évora.
“O primeiro-ministro e o Governo, assim como todos aqueles familiarizados com a vida e obra de Dona Tututa, reconhecem a obra e o legado deixados por esta senhora, que acabara de completar 95 anos de idade a 6 de Janeiro último, e que é motivo de orgulho para todos nós”, diz uma nota oficial.
A nota salienta ainda que “a trajetória de Dona Tututa, uma exímia pianista, será para sempre uma inspiração para todos nós, sobretudo para as mulheres destas ilhas, trajetória essa escrita em notas maiores, servindo de legado e inspiração à causa da igualdade e equidade de género”.
A mensagem sublinha a propósito que “Dona Tututa foi uma mulher muito à frente do seu tempo conciliando a vida de esposa e mãe com a sua paixão pela música, e desafiou convenções sagrando-se como um dos nomes míticos das noites de serenata e tocatinas mindelenses, um mundo então reservado apenas aos homens”.
-0- PANA CS/IZ 27jan2014