PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
FMI vislumbra recuperação da economia em Cabo Verde
Praia- Cabo Verde (PANA) -- O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que a economia cabo-verdiana "demonstra claros sinais de recuperação após a crise global e revela-se bem posicionada para um forte crescimento a médio prazo", soube a PANA segunda-feira na Praia de fonte da instituição financeira.
Segundo Valerie Cerra, que chefiou uma delegação do FMI em missão de duas semanas de avaliação da macroeconomia de Cabo Verde no quadro do Instrumento de Apoio a Políticas Públicas (PSI), a "ampla variedade de indicadores" permitem esta conclusão.
Falando durante uma conferência de imprensa, segunda-feira, a chefe da delegação do FMI disse que os índices de confiança empresarial, as receitas fiscais e os dados da importação indicam "uma retoma abrangente da atividade económica" em Cabo Verde, a qual "está a ganhar força à medida que o ano vai decorrendo".
Valerie Cerra realça o fato de o sector turístico ter estabilizado no primeiro semestre deste ano, estando em "sólido crescimento" no segundo semestre, enquanto a inflação permanece "em níveis baixos" e as reservas em moeda estrangeira continuem a crescer.
"Este desempenho económico favorável deve-se, em grande parte, a uma administração macroeconómica prudente, incluindo as políticas públicas contracíclicas robustas", sublinhou.
Garantiu que, perante os resultados positivos obtidos até agora, o FMI vai continuar a apoiar a estratégia de Cabo Verde para "acelerar temporariamente" os investimentos públicos, avaliados em 31 mil milhões de escudos (cerca de 281,1 milhões de euros), bem como as suas políticas de proteção social.
A chefe da missão do FMI considera que as autoridades do arquipélago "estão a utilizar sabiamente a janela de oportunidade que se oferece para a obtenção de créditos externos em condições altamente favoráveis, aumentando os investimentos para aliviar as restrições relativas à geração de electricidade e ao abastecimento de água e outras infraestruturas".
Apesar de reconhecer que o stock da dívida de Cabo Verde aumentou nos últimos dois anos, Valerie Cerra desdramatizou este fato, uma vez que, recordou, "os empréstimos são a título de concessão, o que permite carências e vencimentos de mais longo prazo".
"O que significa que os rácios da dívida deverão permanecer baixos", reiterou, referindo que o principal desafio de Cabo Verde residirá na execução "eficiente" dos investimentos públicos e na preservação da sustentabilidade da dívida pública.
Neste sentido, Valerie Cerra opinou que para o próximo PSI, uma vez que o primeiro termina este ano (2007/2010), Cabo Verde deverá enfatizar reformas para o fortalecimento da gestão da dívida pública, aumentando a transparência e o tratamento equitativo na área fiscal, com maior ênfase no desenvolvimento dos mercados financeiros e na salvaguarda do sistema financeiro.
O Instrumento de Apoio Político (Policy Support Instrument - PSI) é um programa designado pelo FMI para países de baixo rendimento e países insulares que podem não necessitar ou querer ajuda financeira mas continuam a procurar "conselho, monitorização e apoio" dessa instituição financeira internacional às suas políticas.
Segundo Valerie Cerra, que chefiou uma delegação do FMI em missão de duas semanas de avaliação da macroeconomia de Cabo Verde no quadro do Instrumento de Apoio a Políticas Públicas (PSI), a "ampla variedade de indicadores" permitem esta conclusão.
Falando durante uma conferência de imprensa, segunda-feira, a chefe da delegação do FMI disse que os índices de confiança empresarial, as receitas fiscais e os dados da importação indicam "uma retoma abrangente da atividade económica" em Cabo Verde, a qual "está a ganhar força à medida que o ano vai decorrendo".
Valerie Cerra realça o fato de o sector turístico ter estabilizado no primeiro semestre deste ano, estando em "sólido crescimento" no segundo semestre, enquanto a inflação permanece "em níveis baixos" e as reservas em moeda estrangeira continuem a crescer.
"Este desempenho económico favorável deve-se, em grande parte, a uma administração macroeconómica prudente, incluindo as políticas públicas contracíclicas robustas", sublinhou.
Garantiu que, perante os resultados positivos obtidos até agora, o FMI vai continuar a apoiar a estratégia de Cabo Verde para "acelerar temporariamente" os investimentos públicos, avaliados em 31 mil milhões de escudos (cerca de 281,1 milhões de euros), bem como as suas políticas de proteção social.
A chefe da missão do FMI considera que as autoridades do arquipélago "estão a utilizar sabiamente a janela de oportunidade que se oferece para a obtenção de créditos externos em condições altamente favoráveis, aumentando os investimentos para aliviar as restrições relativas à geração de electricidade e ao abastecimento de água e outras infraestruturas".
Apesar de reconhecer que o stock da dívida de Cabo Verde aumentou nos últimos dois anos, Valerie Cerra desdramatizou este fato, uma vez que, recordou, "os empréstimos são a título de concessão, o que permite carências e vencimentos de mais longo prazo".
"O que significa que os rácios da dívida deverão permanecer baixos", reiterou, referindo que o principal desafio de Cabo Verde residirá na execução "eficiente" dos investimentos públicos e na preservação da sustentabilidade da dívida pública.
Neste sentido, Valerie Cerra opinou que para o próximo PSI, uma vez que o primeiro termina este ano (2007/2010), Cabo Verde deverá enfatizar reformas para o fortalecimento da gestão da dívida pública, aumentando a transparência e o tratamento equitativo na área fiscal, com maior ênfase no desenvolvimento dos mercados financeiros e na salvaguarda do sistema financeiro.
O Instrumento de Apoio Político (Policy Support Instrument - PSI) é um programa designado pelo FMI para países de baixo rendimento e países insulares que podem não necessitar ou querer ajuda financeira mas continuam a procurar "conselho, monitorização e apoio" dessa instituição financeira internacional às suas políticas.