PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
FMI vaticina crescimento robusto da economia moçambicana
Londres, Reindo Unido (PANA) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a taxa média de crescimento económico anual de Moçambique poderá atingir a cifra impressionante de 24 porcento durante a primeira metade da próxima década.
Este optimismo tem como base o pressuposto de que as instalações de processamento de gás natural na Bacia do Rovuma, no extremo norte do país, irão começar a produzir em 2021.
Num relatório divulgado esta semana, os autores estimam que, no meio da próxima década, cerca de metade da produção do país será resultante da exploração do gás natural.
Na Bacia do Rovuma, ao largo da costa norte da província de Cabo Delgado, foram descobertas enormes reservas de gás natural na Área 1 e na adjacente Área 4, perfazendo cerca de 180 triliões de pés cúbicos de gás.
Os dois operadores, nomeadamente a companhia norte-americana Anadarko (Área 1) e a italiana ENI (Área 4), estão atualmente a desenvolver planos para a construção de unidades para a produção de Gás Natural Liquefeito (GNL).
O relatório prevê que o investimento total nestas duas áreas poderá ultrapassar uma centena de biliões de dólares. Quando a produção atingir o seu pico, Moçambique poderá tornar-se no terceiro maior exportador de GNL do mundo a seguir ao Qatar e à Austrália.
Estas previsões são baseadas na expetativa de que os dois operadores deverão tomar a sua Decisão Final de Investimento até meados do corrente ano.
No entanto, o FMI reconhece que os preços da gasolina caíram substancialmente e que a contínua queda de preços poderá ameaçar a viabilidade da construção das unidades para a produção de GNL projetadas para aquela região.
Apesar disso, o relatório assume que a produção de GNL terá início em 2021, com a Área 1 e Área 4 produzindo cerca de 5,5 milhões e três milhões de toneladas por ano, respetivamente.
Espera-se que os fundos para a produção inicial sirvam para financiar a construção de unidades adicionais para a produção de GNL, elevando para 13 unidades “onshore” (em terra) e quatro offshore (flutuantes).
A produção anual poderá atingir 89 milhões de toneladas de GNL até 2028.
Isto teria enormes implicações para o país devido ao seu potencial de gerar emprego, bem como recursos financeiros para o Estado.
O relatório utiliza o próprio modelo do FMI para a Análise Fiscal das Indústrias de Recursos para estimar que a taxa média de crescimento real do PIB no período 2021 e 2025 poderá chegar a 24 por cento.
Os autores do relatório estimam que logo que a produção de GNL atingir o seu pico, no ano de 2028, seguir-se-á uma fase de crescimento moderado do PIB real para situar-se entre três e quatro porcento, com a taxa de crescimento não-GNL girando em torno de seis porcento.
Para o Estado, o total das receitas fiscais dos projetos de GNL poderão atingir a cifra de 500 biliões de dólares no ano de 2045.
Contudo, os analistas advertem sobre a importância de as autoridades moçambicanas estarem cientes do intervalo de tempo entre o início da produção de gás e o fluxo das receitas fiscais.
Concluindo, o relatório adverte que 'embora o potencial económico emergente dos projetos seja enorme, as implicações macroeconómicas e fiscais são muito sensíveis à evolução dos preços de matérias-primas no mercado internacional e outros fatores de risco, destacando que seria sensato a adoção de uma abordagem muito prudente”.
O impacto de gás natural na economia poderá superar as previsões do FMI porque poderão ser descobertas novas fontes de petróleo e gás natural.
Em outubro 2015, o Governo moçambicano atribuiu licenças de prospeção a cinco consórcios, incluindo a ENI Mozambico, liderada pela italiana ENI, para a região de Angoche, Área 5, e o consórcio ExxonMobil E&P Mozambique Offshore Ltd, da norte-americana ExxonMobil, para a área A5-B, também em Angoche, e para a região do Zambeze, nas áreas A5-C e A5-D.
Ao consórcio Sasol Petroleum Mozambique Exploration, liderado pela sul-africana Sasol, foi concessionada a área PT5-C, na zona de Pande-Temane, e ao consórcio liderado pela Delonex a área P5-A, na região de Palmeira.
O quinto concurso de hidrocarbonetos, lançado em outubro do ano passado, adjudicou às companhias selecionadas um total de 74.259 quilómetros quadrados de pesquisa de hidrocarbonetos, prevendo-se que venham a investir cerca de 700 milhões de dólares americanos nos próximos anos.
-0- PANA AIM/IZ 15jan2016
Este optimismo tem como base o pressuposto de que as instalações de processamento de gás natural na Bacia do Rovuma, no extremo norte do país, irão começar a produzir em 2021.
Num relatório divulgado esta semana, os autores estimam que, no meio da próxima década, cerca de metade da produção do país será resultante da exploração do gás natural.
Na Bacia do Rovuma, ao largo da costa norte da província de Cabo Delgado, foram descobertas enormes reservas de gás natural na Área 1 e na adjacente Área 4, perfazendo cerca de 180 triliões de pés cúbicos de gás.
Os dois operadores, nomeadamente a companhia norte-americana Anadarko (Área 1) e a italiana ENI (Área 4), estão atualmente a desenvolver planos para a construção de unidades para a produção de Gás Natural Liquefeito (GNL).
O relatório prevê que o investimento total nestas duas áreas poderá ultrapassar uma centena de biliões de dólares. Quando a produção atingir o seu pico, Moçambique poderá tornar-se no terceiro maior exportador de GNL do mundo a seguir ao Qatar e à Austrália.
Estas previsões são baseadas na expetativa de que os dois operadores deverão tomar a sua Decisão Final de Investimento até meados do corrente ano.
No entanto, o FMI reconhece que os preços da gasolina caíram substancialmente e que a contínua queda de preços poderá ameaçar a viabilidade da construção das unidades para a produção de GNL projetadas para aquela região.
Apesar disso, o relatório assume que a produção de GNL terá início em 2021, com a Área 1 e Área 4 produzindo cerca de 5,5 milhões e três milhões de toneladas por ano, respetivamente.
Espera-se que os fundos para a produção inicial sirvam para financiar a construção de unidades adicionais para a produção de GNL, elevando para 13 unidades “onshore” (em terra) e quatro offshore (flutuantes).
A produção anual poderá atingir 89 milhões de toneladas de GNL até 2028.
Isto teria enormes implicações para o país devido ao seu potencial de gerar emprego, bem como recursos financeiros para o Estado.
O relatório utiliza o próprio modelo do FMI para a Análise Fiscal das Indústrias de Recursos para estimar que a taxa média de crescimento real do PIB no período 2021 e 2025 poderá chegar a 24 por cento.
Os autores do relatório estimam que logo que a produção de GNL atingir o seu pico, no ano de 2028, seguir-se-á uma fase de crescimento moderado do PIB real para situar-se entre três e quatro porcento, com a taxa de crescimento não-GNL girando em torno de seis porcento.
Para o Estado, o total das receitas fiscais dos projetos de GNL poderão atingir a cifra de 500 biliões de dólares no ano de 2045.
Contudo, os analistas advertem sobre a importância de as autoridades moçambicanas estarem cientes do intervalo de tempo entre o início da produção de gás e o fluxo das receitas fiscais.
Concluindo, o relatório adverte que 'embora o potencial económico emergente dos projetos seja enorme, as implicações macroeconómicas e fiscais são muito sensíveis à evolução dos preços de matérias-primas no mercado internacional e outros fatores de risco, destacando que seria sensato a adoção de uma abordagem muito prudente”.
O impacto de gás natural na economia poderá superar as previsões do FMI porque poderão ser descobertas novas fontes de petróleo e gás natural.
Em outubro 2015, o Governo moçambicano atribuiu licenças de prospeção a cinco consórcios, incluindo a ENI Mozambico, liderada pela italiana ENI, para a região de Angoche, Área 5, e o consórcio ExxonMobil E&P Mozambique Offshore Ltd, da norte-americana ExxonMobil, para a área A5-B, também em Angoche, e para a região do Zambeze, nas áreas A5-C e A5-D.
Ao consórcio Sasol Petroleum Mozambique Exploration, liderado pela sul-africana Sasol, foi concessionada a área PT5-C, na zona de Pande-Temane, e ao consórcio liderado pela Delonex a área P5-A, na região de Palmeira.
O quinto concurso de hidrocarbonetos, lançado em outubro do ano passado, adjudicou às companhias selecionadas um total de 74.259 quilómetros quadrados de pesquisa de hidrocarbonetos, prevendo-se que venham a investir cerca de 700 milhões de dólares americanos nos próximos anos.
-0- PANA AIM/IZ 15jan2016