Agência Panafricana de Notícias

FMI satisfeito com boa gestão de finanças públicas no Senegal

Dakar- Senegal (PANA) -- O representante-residente do Fundo Monetário Internacional (FMI) no Senegal, Alex Segura, congratulou-se segunda- feira em Dakar com o "regresso à ortodoxia" na gestão das finanças públicas do país, instando o Governo a perseverar nas reformas macroeconómicas para fazer face ao difícil ano de 2009.
"O FMI insta o Senegal a prosseguir as reformas para o saneamento (reforma) das finanças públicas", disse Segura numa conferência de imprensa, na presença do ministro senegalês da Economia e Finanças do Senegal, Abdoulaye Diop.
As declarações de Segura seguiram-se à aprovação, a 19 de Junho último, das conclusões da terceira revisão do programa económico e financeiro apoiado pelo Instrumento de Apoio à Política Económica (ISPE) e da primeira revisão da Facilidade de Protecção Contra os Choques Exógenos (FCE).
Segundo o representante residente do FMI, todos os critérios qualitativos do ISPE foram respeitados pelo Governo senegalês, citando a boa gestão das despesas públicas, a manutenção da estabilidade macroeconómica, os progressos registados no pagamento da dívida interna, o fim das despesas extraorçamentais, bem como os contratos por ajuste directo que representam doravante seis por cento dos contratos públicos.
O FMI concederá um apoio financeiro de cerca de 50 biliões de francos CFA (1 dólar americano = 471 francos CFA) durante o ano de 2009 ao Senegal e cuja metade será desembolsada nos próximos dias, ao passo que o resto será entregue em Novembro próximo, sublinhou.
"As reformas devem continuar pois o ano de 2009 será tão difícil como o anteior", estima o FMI que se baseia num crescimento de três por cento ao passo que as estimativas anteriores davam conta dum crescimento de 5,3 por cento.
Apesar desta situação, "o Senegal está a sair positivamente deste quadro", indicou Segura anunciando, por outro lado, uma diminuição de cerca de 20 por cento nas transferências de fundos dos migrantes senegaleses, ou seja cerca de 100 biliões de francos CFA (cerca de 200 milhões de dólares americanos) e um recuo das exportações estimado igualmente em 100 biliões de francos CFA.
Ele pediu ao Governo para prosseguir os esforços para o pagamento da dívida dos hospitais públicos.
O ministro da Economia e Finanças, Abdoulaye Diop defendeu por seu turno, que, apesar destas baixas significativas para a economia nacional, as receitas orçamentais do Estado diminuirão em apenas 30 biliões de francos CFA em relação às previsões.
Vários parceiros de desenvolvimento do país já anunciaram o seu apoio financeiro ao Governo, garantiu.