PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
FMI recupera confiança de consumidores e investidores em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê recuperar a confiança dos consumidores e dos investidores ainda durante o ano de 2014, apurou a PANA, quinta-feira, de fonte segura na cidade da Praia.
Também se prevê, para este ano, um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano de três porcento, depois de ter crescido apenas 0,5 porcento em 2013, de acordo com a fonte.
Esses dados constam do último relatório do Conselho Executivo do FMI, após a ronda de consultas ao arquipélago cabo-verdiano, em maio último.
O crescimento da economia cabo-verdiana tinha diminuído quatro porcento em 2011 para 1,2 porcento, em 2012, tendo sido ainda mais "moderado" no passado, descendo em meio porcento.
O FMI alerta, entretanto, que a economia cabo-verdiana continua a ser afetada pela "recessão prolongada" nos principais parceiros europeus e pela fraca procura doméstica.
No entanto, a instituição financeira diz ter constatado, no plano interno, que os consumidores e investidores estão a começar a recuperar a confiança, graças a uma "política monetária mais adaptável".
A inflação deverá aumentar este ano, permanecendo, porém, abaixo de três porcento, enquanto o défice da conta corrente deve aumentar em 2014 com a procura por importações e é provável que se mantenha elevado por mais alguns anos, à medida que o programa de investimento público vai sendo gradualmente eliminado".
O FMI diz ainda ter constatado que, na vertente externa, o défice da conta corrente diminuiu "drasticamente", contribuindo assim para um saldo positivo de pagamentos e permitindo o aumento das reservas para cerca de quatro meses de importações.
A nível orçamental, o FMI verificou que o défice caiu para sete porcento do PIB em 2013, cerca de dois pontos percentuais a menos do que no ano anterior.
"No entanto, as necessidades de financiamento totais mantiveram-se muito elevadas, em 13 porcento do PIB, fazendo a dívida pública chegar aos 98 porcento do PIB em dezembro de 2013", reforçou o FMI, entendendo que o desequilíbrio do orçamento é fruto da fraca capacidade de arrecadação de receitas e das elevadas despesas.
Para a instituição financeira, os principais riscos a curto prazo para a economia cabo-verdiana são o atraso na recuperação europeia e questões de natureza fiscal.
Sublinhou que esses riscos podem ser mitigados pela alta concessionalidade a longo prazo da dívida pública do país.
"A longo prazo, o principal risco é a capacidade de Cabo Verde para implementar as reformas estruturais necessárias a fim de aumentar a competitividade, o potencial de crescimento e criar empregos", precisa o FMI.
Elogiou o progresso económico e social do arquipélago cabo-verdiano na última década, bem como a gestão macroeconómica num ambiente externo difícil.
O FMI saudou igualmente a consolidação orçamental conseguida em 2013 e os planos das autoridades cabo-verdianas para conterem os gastos em 2014 e nos próximos anos, dando também nota positiva à rapidez na redução do défice, equilibrando a necessidade de proteger o crescimento para ajudar a diminuir a dívida pública.
Contudo, a instituição financeira recomendou ao Governo cabo-verdiano para diminuir os gastos sociais, dizendo que a prioridade são os projetos estratégicos de investimento público.
Também entende que o Governo cabo-verdiano deve "reforçar a sua capacidade de gestão de liquidez, melhorar a eficiência do mercado interbancário e continuar a desenvolver o mercado de títulos".
A melhoria do ambiente de negócios e o aumento da eficiência do mercado de trabalho são, para o FMI, os principais desafios de Cabo Verde.
Sublinhou que a redução das disparidades neste domínio será "particularmente importante".
-0- PANA CS/DD 04jul2014
Também se prevê, para este ano, um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano de três porcento, depois de ter crescido apenas 0,5 porcento em 2013, de acordo com a fonte.
Esses dados constam do último relatório do Conselho Executivo do FMI, após a ronda de consultas ao arquipélago cabo-verdiano, em maio último.
O crescimento da economia cabo-verdiana tinha diminuído quatro porcento em 2011 para 1,2 porcento, em 2012, tendo sido ainda mais "moderado" no passado, descendo em meio porcento.
O FMI alerta, entretanto, que a economia cabo-verdiana continua a ser afetada pela "recessão prolongada" nos principais parceiros europeus e pela fraca procura doméstica.
No entanto, a instituição financeira diz ter constatado, no plano interno, que os consumidores e investidores estão a começar a recuperar a confiança, graças a uma "política monetária mais adaptável".
A inflação deverá aumentar este ano, permanecendo, porém, abaixo de três porcento, enquanto o défice da conta corrente deve aumentar em 2014 com a procura por importações e é provável que se mantenha elevado por mais alguns anos, à medida que o programa de investimento público vai sendo gradualmente eliminado".
O FMI diz ainda ter constatado que, na vertente externa, o défice da conta corrente diminuiu "drasticamente", contribuindo assim para um saldo positivo de pagamentos e permitindo o aumento das reservas para cerca de quatro meses de importações.
A nível orçamental, o FMI verificou que o défice caiu para sete porcento do PIB em 2013, cerca de dois pontos percentuais a menos do que no ano anterior.
"No entanto, as necessidades de financiamento totais mantiveram-se muito elevadas, em 13 porcento do PIB, fazendo a dívida pública chegar aos 98 porcento do PIB em dezembro de 2013", reforçou o FMI, entendendo que o desequilíbrio do orçamento é fruto da fraca capacidade de arrecadação de receitas e das elevadas despesas.
Para a instituição financeira, os principais riscos a curto prazo para a economia cabo-verdiana são o atraso na recuperação europeia e questões de natureza fiscal.
Sublinhou que esses riscos podem ser mitigados pela alta concessionalidade a longo prazo da dívida pública do país.
"A longo prazo, o principal risco é a capacidade de Cabo Verde para implementar as reformas estruturais necessárias a fim de aumentar a competitividade, o potencial de crescimento e criar empregos", precisa o FMI.
Elogiou o progresso económico e social do arquipélago cabo-verdiano na última década, bem como a gestão macroeconómica num ambiente externo difícil.
O FMI saudou igualmente a consolidação orçamental conseguida em 2013 e os planos das autoridades cabo-verdianas para conterem os gastos em 2014 e nos próximos anos, dando também nota positiva à rapidez na redução do défice, equilibrando a necessidade de proteger o crescimento para ajudar a diminuir a dívida pública.
Contudo, a instituição financeira recomendou ao Governo cabo-verdiano para diminuir os gastos sociais, dizendo que a prioridade são os projetos estratégicos de investimento público.
Também entende que o Governo cabo-verdiano deve "reforçar a sua capacidade de gestão de liquidez, melhorar a eficiência do mercado interbancário e continuar a desenvolver o mercado de títulos".
A melhoria do ambiente de negócios e o aumento da eficiência do mercado de trabalho são, para o FMI, os principais desafios de Cabo Verde.
Sublinhou que a redução das disparidades neste domínio será "particularmente importante".
-0- PANA CS/DD 04jul2014