PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
FMI prevê redução de crescimento económico de Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa a previsão de crescimento económico de Cabo Verde para 2013, estimando um abrandamento de 4,3 para 4,1 porcento, soube PANA, quarta-feira, de fonte da instituição financeira.
Na análise regular do FMI à economia cabo-verdiana, feita a todos os países ao abrigo do artigo IV, a instituição aponta a crise na Europa e o aumento da concorrência no turismo como fatores que irão influenciar negativamente o crescimento do PIB este ano em Cabo Verde.
O FMI recorda que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano registou um abrandamento em 2011 e 2012 (para 5,0 e 4,3 porcento, respetivamente) devido a um ambiente externo difícil e à quebra da procura interna, embora o turismo tenha estado “resiliente” e as remessas se “mantiveram elevadas”.
Para 2013, o FMI estima que Cabo Verde deve enfrentar um ambiente externo mais difícil, "especialmente com previsões de crescimento próximas de zero na Zona Euro".
A instituição financeira prevê ainda que a concorrência no turismo se intensifique, com a recuperação dos mercados do norte de África, e alerta que o crescimento das remessas privadas está a abrandar devido à estagnação económica nos países da Zona Euro.
Os diretores executivos do FMI aplaudem as autoridades cabo-verdianas pela sua "gestão macroeconómica prudente, que aumentou a resistência do país a choques, suportou crescimento económico e acelerou os progressos no sentido dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM)".
Todavia, eles alertam que o ambiente externo difícil e as vulnerabilidades fiscais e externas recomendam "um esforço continuado no reforço das almofadas macroeconómicas e na aposta num crescimento inclusivo, preservando a sustentabilidade externa".
Eles notam ainda que o aumento da dívida pública pode pôr em risco a sustentabilidade da dívida, pelo que aplaudem a intenção do Governo de iniciar este ano uma consolidação orçamental de médio prazo, mas alertam que esta deve ser implementada por forma a favorecer o crescimento.
Perante um crescimento do crédito malparado, eles encorajam as autoridades a reforçar a capacidade de supervisão e a acelerar a implementação das recomendações do Programa de Avaliação do Setor Financeiro (FSAP).
Esta nova previsão acontece poucos dias depois de o FMI ter corrigido o stock da dívida de Cabo Verde em relação ao PIB de 2012 de 97% para 83%.
O aumento da dívida pública, aliada ao facto de o crescimento do PIB ser "significativamente mais fraco" do que as previsões, levaram a agência de notação financeira Fitch Rating a baixar, este mês, a classificação de Cabo Verde de “estável” para “negativo”, ou seja de BB- para B .
A estimativa corrigida da Fitch para o crescimento médio do PIB real de 2012 passou a ser de 2.6%, em vez do valor anterior de 5.1%.
-0- PANA CS/TON 24abril2013
Na análise regular do FMI à economia cabo-verdiana, feita a todos os países ao abrigo do artigo IV, a instituição aponta a crise na Europa e o aumento da concorrência no turismo como fatores que irão influenciar negativamente o crescimento do PIB este ano em Cabo Verde.
O FMI recorda que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano registou um abrandamento em 2011 e 2012 (para 5,0 e 4,3 porcento, respetivamente) devido a um ambiente externo difícil e à quebra da procura interna, embora o turismo tenha estado “resiliente” e as remessas se “mantiveram elevadas”.
Para 2013, o FMI estima que Cabo Verde deve enfrentar um ambiente externo mais difícil, "especialmente com previsões de crescimento próximas de zero na Zona Euro".
A instituição financeira prevê ainda que a concorrência no turismo se intensifique, com a recuperação dos mercados do norte de África, e alerta que o crescimento das remessas privadas está a abrandar devido à estagnação económica nos países da Zona Euro.
Os diretores executivos do FMI aplaudem as autoridades cabo-verdianas pela sua "gestão macroeconómica prudente, que aumentou a resistência do país a choques, suportou crescimento económico e acelerou os progressos no sentido dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM)".
Todavia, eles alertam que o ambiente externo difícil e as vulnerabilidades fiscais e externas recomendam "um esforço continuado no reforço das almofadas macroeconómicas e na aposta num crescimento inclusivo, preservando a sustentabilidade externa".
Eles notam ainda que o aumento da dívida pública pode pôr em risco a sustentabilidade da dívida, pelo que aplaudem a intenção do Governo de iniciar este ano uma consolidação orçamental de médio prazo, mas alertam que esta deve ser implementada por forma a favorecer o crescimento.
Perante um crescimento do crédito malparado, eles encorajam as autoridades a reforçar a capacidade de supervisão e a acelerar a implementação das recomendações do Programa de Avaliação do Setor Financeiro (FSAP).
Esta nova previsão acontece poucos dias depois de o FMI ter corrigido o stock da dívida de Cabo Verde em relação ao PIB de 2012 de 97% para 83%.
O aumento da dívida pública, aliada ao facto de o crescimento do PIB ser "significativamente mais fraco" do que as previsões, levaram a agência de notação financeira Fitch Rating a baixar, este mês, a classificação de Cabo Verde de “estável” para “negativo”, ou seja de BB- para B .
A estimativa corrigida da Fitch para o crescimento médio do PIB real de 2012 passou a ser de 2.6%, em vez do valor anterior de 5.1%.
-0- PANA CS/TON 24abril2013
