Agência Panafricana de Notícias

FMI insta Senegal a reformar sector energético

Dakar- Senegal (PANA) -- O chefe da missão África Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Norbert Funke, convidou quinta-feira as autoridades senegalesas a instaurar uma vasta reforma do sector energético.
Funke falava na capital senegalesa, Dakar, numa conferência de imprensa consagrada às conclusões duma recente missão do FMI no Senegal.
Esta missão decorreu nos termos do Artigo IV 2010 do FMI e para a quinta revisão do programa assistido pelo instrumento de apoio à política económica, e a terceira revisão do acordo sobre a facilidade de protecção contra os choques exógenos.
Norbert Funke disse-se preocupado pela lentidão dos progresos registados nas reformas que, segundo ele, poderão limitar a carga orçamental "significativa" e os riscos económicos e financeiros ligados a este sector.
Ele indicou que estas reformas devem fazer-se em estreita colaboração com os parceiros de desenvolvimento e servirão para remediar aos factores de estrangulamento a nível dos abastecimentos energéticos, para aumentar a eficácia operacional da Empresa Nacional de Electricidade (SENELEC) e fazer com que as tarifas correspondam ao verdadeiro custo de produção da electricidade, protegendo ao mesmo tempo as camadas mais vulneráveis.
Contudo, ele sublinhou os progressos satisfatórios feitos nas reformas estruturais com os compromissos assumidos pelo Estado de pagar a dívida das agências e instituições públicas e apurar as despesas extraorçamentais.
"A economia senegalesa deverá preparar uma reforma progressiva depois de dois anos de cresicmento mais lento que antes, com uma taxa de crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto), que deverá passar de dois porcento em 2008 e 2009 para mais de 3,5 porcento em 2010", sublinhou o chefe de missão do FMI.
Depois de ter saudado a satisfação pelo Governo da maioria dos critérios de avaliação quantitativos, bem como do relativo às instâncias de pagamento que limita os atrasos de pagamento do Estado e os principais marcos estruturais, ele deplorou o facto de que o défice orçamental global foi mais elevado que o previsto no programa em 2009, atingindo cinco porcento do PIB.