PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
FMI insta Moçambique a manter dinâmica de crescimento
Dar es Salaam, Tanzânia (PANA) – Moçambique deve enfrentar o desafio a curto prazo de manter a sua dinâmica de crescimento, preservando a sua viabilidade orçamental e a sua dívida, indica o Fundo Monetário Internacional (FMI) num comunicado, depois de passar em revista esta semana os desempenhos económicos deste país da África Austral.
Embora os desempenhos macroeconómicos do país continuem sólidos, o Conselho de Administração do FMI sugera a necessidade de medidas de saneamento orçamental em 2015 para restabelecer uma gestão financeira prudente.
Embora a baixa dos preços de importação tenham diminuído a inflação, o Banco de Moçambique deve ficar vigilante e manter os seus objetivos de redução da inflação a médio prazo », declarou o Conselho.
Segundo o FMI, as principais prioridades da reforma estrutural em Moçambique são a melhoria do IVA e de toda a administração fiscal, a continuação das reformas da gestão das finanças públicas, o reforço das capacidades institucionais para garantir uma gestão transparente do investimento público e do empréstimo e o reforço do ambiente dos negócios e do desenvolvimento do setor financeiro.
"O fim das negociações do contrato para a produção de Gás Natural Liquefeito (GNL) é uma etapa essencial para o lançamento deste projeto, um dos maiores da África Subsariana", sublinha o Fundo.
Os desempenhos económicos de Moçambique apoiados pelo instrumento de apoio político do Fundo (ISP) foram variáveis, no sentido de que se todos os critérios de avaliação quantitativos exceto um foram atingidos em finais de junho de 2014, houve derrapagens durante o segundo semestre do ano e atrasos na aplicação das reformas estruturais.
O ISP é um instrumento do FMI concebido para os países que não necessitaram dum apoio financeiro na sua balança de pagamentos.
Apesar dos riscos acrescidos apresentados por perspetivas mundiais incertas, segundo as previsões do FMI, o crescimento deverá ficar forte e alargar-se a médio prazo, reforçado pelo boom dos recursos naturais e o investimento nas infraestruturas.
« Um ajuste fiscal a médio prazo será essencial para preservar a viabilidade da dívida e a estabildiade marcoeconómica, o que necessita de medidas para conter as pressões atuais em matéria de despesa levando o investimento a um nível mais suportável », recomendou o Fundo.
No entender do Fundo, com a ajuda externa que vai realmente baixar a médio prazo, Moçambique vai dever contrair empréstimos para obter recursos suplementares com vista a atingir as melhorias previstas no quadro do desenvolvimento das infraestruturas e dos recursos humanos.
« Para garantir a eficácia do investimento e do empréstimo, é essencial reforçar a planificação e a execução dos investimentos, bem como a gestão da dívida. Reformas estruturais baseadas na gestão das finanças públicas, os instrumentos de política monetária, a supervisão bancária e a facilitação dos negócios devem ser aplicadas rigorosamente para apoiar o crescimento e torná-lo mais inclusiva.
O crescimento de Moçambique está previsto para 7,5 porcento em 2015 com uma baixa da inflação (a média de Maputo em 12 meses até novembro foi 2,4 porcento) apesar duma posição fiscal expansionista e mais elevada que prevista e reservas monetárias ligeiramente mais elevadas que previstas.
-0- PANA AR/SEG/FJG/IS/IBA/MAR/IZ 07jan2015
Embora os desempenhos macroeconómicos do país continuem sólidos, o Conselho de Administração do FMI sugera a necessidade de medidas de saneamento orçamental em 2015 para restabelecer uma gestão financeira prudente.
Embora a baixa dos preços de importação tenham diminuído a inflação, o Banco de Moçambique deve ficar vigilante e manter os seus objetivos de redução da inflação a médio prazo », declarou o Conselho.
Segundo o FMI, as principais prioridades da reforma estrutural em Moçambique são a melhoria do IVA e de toda a administração fiscal, a continuação das reformas da gestão das finanças públicas, o reforço das capacidades institucionais para garantir uma gestão transparente do investimento público e do empréstimo e o reforço do ambiente dos negócios e do desenvolvimento do setor financeiro.
"O fim das negociações do contrato para a produção de Gás Natural Liquefeito (GNL) é uma etapa essencial para o lançamento deste projeto, um dos maiores da África Subsariana", sublinha o Fundo.
Os desempenhos económicos de Moçambique apoiados pelo instrumento de apoio político do Fundo (ISP) foram variáveis, no sentido de que se todos os critérios de avaliação quantitativos exceto um foram atingidos em finais de junho de 2014, houve derrapagens durante o segundo semestre do ano e atrasos na aplicação das reformas estruturais.
O ISP é um instrumento do FMI concebido para os países que não necessitaram dum apoio financeiro na sua balança de pagamentos.
Apesar dos riscos acrescidos apresentados por perspetivas mundiais incertas, segundo as previsões do FMI, o crescimento deverá ficar forte e alargar-se a médio prazo, reforçado pelo boom dos recursos naturais e o investimento nas infraestruturas.
« Um ajuste fiscal a médio prazo será essencial para preservar a viabilidade da dívida e a estabildiade marcoeconómica, o que necessita de medidas para conter as pressões atuais em matéria de despesa levando o investimento a um nível mais suportável », recomendou o Fundo.
No entender do Fundo, com a ajuda externa que vai realmente baixar a médio prazo, Moçambique vai dever contrair empréstimos para obter recursos suplementares com vista a atingir as melhorias previstas no quadro do desenvolvimento das infraestruturas e dos recursos humanos.
« Para garantir a eficácia do investimento e do empréstimo, é essencial reforçar a planificação e a execução dos investimentos, bem como a gestão da dívida. Reformas estruturais baseadas na gestão das finanças públicas, os instrumentos de política monetária, a supervisão bancária e a facilitação dos negócios devem ser aplicadas rigorosamente para apoiar o crescimento e torná-lo mais inclusiva.
O crescimento de Moçambique está previsto para 7,5 porcento em 2015 com uma baixa da inflação (a média de Maputo em 12 meses até novembro foi 2,4 porcento) apesar duma posição fiscal expansionista e mais elevada que prevista e reservas monetárias ligeiramente mais elevadas que previstas.
-0- PANA AR/SEG/FJG/IS/IBA/MAR/IZ 07jan2015