PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
FMI convida Camarões a reforçar controlo de suas instituições financeiras
Yaoundé, Camarões (PANA) – Camarões devem preservar a sua estabilidade financeira através de um controlo reforçado das instituições financeiras e de um acompanhamento sério da conformidade das normas de prudência, considera uma missão do Fundo Monétario Internacional (FMI) após uma visita de trabalho a Yaoundé na quinta-feira última.
Dirigida por Mauro Macagni, a missão esteve em Yaoundé de 16 a 31 de março para consultas referentes ao ano 2011 no âmbito do o artigo IV com vários membros do Governo camaronês e da Comissão dos Assuntos Económicas da Assembléia Nacional.
A comissão também avistou-se igualmente com diretor nacional do Banco dos Estados da África Central (BEAC), com o setor privado, com a comunidade diplimática, com representantes dos sindicados e de organizações da sociedade civil e com parceiros no desenvolvimento.
As discussões incidiram sobre o desenvolvimento económico e financeiro recentes, o orçamento para 2011 e o seu financiamento, bem como sobre perspetivas económicas para 2011 e a médio prazo.
«A recuperação económica cameronesa está a consolidar-se numa base alargada para a maioria dos setores económicos após o impato da crise financeira mundial de 2008-2009», declarou Mecagni.
Este indicou que a taxa de crescimeto económico se estima em 3,2 por cento em 2010 contra 2 porcento em 2009, graças ao rápido apoio das autoridades aos setores ameaçados e a uma procura externa dos produtos de exportação dos Camarões.
«A inflação continou sob controlo à razão da abundância da colheita nacional, da redução das taxas de importação de vários géneros alimentícios e da política de subvenção dos preços dos produtos petrolíferos», acrescentou.
Segundo ele, em 2010, as autoridades fizeram grandes esforços para vencer os constrangimentos resultantes das deficiências na gestão das finanças públicas dos anos anteriores.
«No entanto, a mobilização das receitas não petrolíferas ficaram aquém da meta, a execução do orçamento de investimento público continou fraca, e novos défices registados nos compromissos do Governo", lamentou.
De acordo com a missão do FMI, o financiamento do orçamento de Estado dependerá também do sucesso do segundo empréstimo obrigacionista do Estado.
Esta missão recomenda a incorporação destes riscos num quadro orçamental revisado tendo em conta a necessidade de uma execução prudente do programa das despesas e do plano do tesouro, o nível de financiamento realista que possa ser mobilizada e a necessidade de elaborar e aplicar um plano de controlo caso os financiamentos esperados não se concretizem.
A missão sublinha a necessidade de preservar a estabilidade financeira do país com a vigilância reforçada das instituições finaceiras e o rigor no cumprimento das normas de prudência.
Para tal. o FMI encorajou as autoridades camaronesas a trabalharem em estreita colaboração com a agência de supervisão regional para a ajudar a reforçar capacidades e a desenvolver uma estratégia coordenada para lutar contra quaisquer vulnerabilidades potenciais com vista a minimizar os custos das finanças públicas.
A missão reiterou às autoridades cameronesas que o principal desafio a médio prazo é atingir um nível de crescimento económico rápido e mais inclusivo, a fim de reduzir o desemprego e a pobreza.
Ele encoraja as autoridades a intensificar a implementação da sua estratégia de crescimento e emprego, acelerando os programas de investimento público para resolver o problema dos défice de infraestruturas nos setores da energia, do abastecimento de água e do transporte que ainda são obstáculos à realização da potencialidade de desenvolvimento económico e à redução da pobreza.
A missão exortou o Governo dos Camarões a continuar a melhorar a governação, o clima de negócios e a proteção dos direitos dos credores, garantindo assim a contribuição para aprofundar o papel do setor financeiro.
Ela ressaltou a importância de continuar a procurar os recursos necessários para financiar projetos de investimento público, a fim de preservar a sustentabilidade orçamental e da dívida e manter a estabilidade macroeconómica.
A próxima missão do FMI ao título do artigo IV para o ano 2011 aos Camarões está prevista para junho próximo.
-0- PANA EB/AAS/CCF/DD 01abril2011
Dirigida por Mauro Macagni, a missão esteve em Yaoundé de 16 a 31 de março para consultas referentes ao ano 2011 no âmbito do o artigo IV com vários membros do Governo camaronês e da Comissão dos Assuntos Económicas da Assembléia Nacional.
A comissão também avistou-se igualmente com diretor nacional do Banco dos Estados da África Central (BEAC), com o setor privado, com a comunidade diplimática, com representantes dos sindicados e de organizações da sociedade civil e com parceiros no desenvolvimento.
As discussões incidiram sobre o desenvolvimento económico e financeiro recentes, o orçamento para 2011 e o seu financiamento, bem como sobre perspetivas económicas para 2011 e a médio prazo.
«A recuperação económica cameronesa está a consolidar-se numa base alargada para a maioria dos setores económicos após o impato da crise financeira mundial de 2008-2009», declarou Mecagni.
Este indicou que a taxa de crescimeto económico se estima em 3,2 por cento em 2010 contra 2 porcento em 2009, graças ao rápido apoio das autoridades aos setores ameaçados e a uma procura externa dos produtos de exportação dos Camarões.
«A inflação continou sob controlo à razão da abundância da colheita nacional, da redução das taxas de importação de vários géneros alimentícios e da política de subvenção dos preços dos produtos petrolíferos», acrescentou.
Segundo ele, em 2010, as autoridades fizeram grandes esforços para vencer os constrangimentos resultantes das deficiências na gestão das finanças públicas dos anos anteriores.
«No entanto, a mobilização das receitas não petrolíferas ficaram aquém da meta, a execução do orçamento de investimento público continou fraca, e novos défices registados nos compromissos do Governo", lamentou.
De acordo com a missão do FMI, o financiamento do orçamento de Estado dependerá também do sucesso do segundo empréstimo obrigacionista do Estado.
Esta missão recomenda a incorporação destes riscos num quadro orçamental revisado tendo em conta a necessidade de uma execução prudente do programa das despesas e do plano do tesouro, o nível de financiamento realista que possa ser mobilizada e a necessidade de elaborar e aplicar um plano de controlo caso os financiamentos esperados não se concretizem.
A missão sublinha a necessidade de preservar a estabilidade financeira do país com a vigilância reforçada das instituições finaceiras e o rigor no cumprimento das normas de prudência.
Para tal. o FMI encorajou as autoridades camaronesas a trabalharem em estreita colaboração com a agência de supervisão regional para a ajudar a reforçar capacidades e a desenvolver uma estratégia coordenada para lutar contra quaisquer vulnerabilidades potenciais com vista a minimizar os custos das finanças públicas.
A missão reiterou às autoridades cameronesas que o principal desafio a médio prazo é atingir um nível de crescimento económico rápido e mais inclusivo, a fim de reduzir o desemprego e a pobreza.
Ele encoraja as autoridades a intensificar a implementação da sua estratégia de crescimento e emprego, acelerando os programas de investimento público para resolver o problema dos défice de infraestruturas nos setores da energia, do abastecimento de água e do transporte que ainda são obstáculos à realização da potencialidade de desenvolvimento económico e à redução da pobreza.
A missão exortou o Governo dos Camarões a continuar a melhorar a governação, o clima de negócios e a proteção dos direitos dos credores, garantindo assim a contribuição para aprofundar o papel do setor financeiro.
Ela ressaltou a importância de continuar a procurar os recursos necessários para financiar projetos de investimento público, a fim de preservar a sustentabilidade orçamental e da dívida e manter a estabilidade macroeconómica.
A próxima missão do FMI ao título do artigo IV para o ano 2011 aos Camarões está prevista para junho próximo.
-0- PANA EB/AAS/CCF/DD 01abril2011
