PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
FMI continua optimista quanto à recuperação da economia moçambicana
Maputo, Moçambique (PANA) – O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que a economia moçambicana está a registar um importante crescimento, embora incipiente, prevendo-se que, até ao final do presente ano, possa superar as projeções anteriores.
Estimativas recentes do FMI apontam para um crescimento na ordem dos 4,5 porcento, no presente ano, previsão que pode variar em função das medidas que forem sendo tomadas nos próximos meses.
O crescimento que se regista atualmente, segundo o representante do FMI em Moçambique, Arsi Aisen, resulta de medidas macroeconómicas que o país foi tomando, principalmente desde o segundo semestre de 2016 nas vertentes financeira, cambial e fiscal.
Neste contexto, apontou, por exemplo, o aperto das políticas fiscais, sobretudo no segundo semestre de 2016, o acompanhamento da evolução das taxas de juro e implementação da política restritiva monetária pelo Banco Central.
“Há sinais de recuperação: o mercado cambial reequilibrou, o Metical, a moeda nacional, apreciou-se e o Banco Central está acumulando reservas”, afirmou Aisen, na presentação, em Maputo, do Relatório sobre as Perspetivas Económicas da África Subsariana e de Moçambique, em particular.
Considerou, contudo, que o crescimento que se regista continua ainda incipiente. “A inflação deverá baixar consideravelmente em 2017, mas, ainda permanece elevada”.
Para que o cenário promissor possa concretizar-se, o FMI deixou algumas recomendações, sublinhando ser necessário continuar com a série de medidas visando conter os factores de risco.
“A política fiscal precisa de ser consolidada, a dívida pública permanece em níveis insustentáveis e a sua reestruturação é necessária em tempo razoável”, disse Aisen, para quem existem outros riscos como de âmbito político, no contexto eleitoral, bem como externos que o país tem de estar sempre atento.
“Persistem também riscos importantes”, anotou o representante do FMI, dando exemplo que o Estado ainda mantém subsídios a alguns sectores, incluindo a eletricidade.
Disse haver, igualmente, riscos políticos num contexto eleitoral. Moçambique vai realizar, em 2018, eleições autárquicas, e, em 2019, as gerais.
A situação económica de Moçambique foi sendo marcada, desde 2016, por um período de instabilidade, devido a um conjunto de fatores como a crise da dívida, a desvalorização cambial, a subida da inflação e a queda do preço das matérias-primas.
As calamidades naturais que prejudicaram a produção agrícola figuram igualmente entre os fatores de instabilidade.
-0- PANA AIM/IZ 02junho2017
Estimativas recentes do FMI apontam para um crescimento na ordem dos 4,5 porcento, no presente ano, previsão que pode variar em função das medidas que forem sendo tomadas nos próximos meses.
O crescimento que se regista atualmente, segundo o representante do FMI em Moçambique, Arsi Aisen, resulta de medidas macroeconómicas que o país foi tomando, principalmente desde o segundo semestre de 2016 nas vertentes financeira, cambial e fiscal.
Neste contexto, apontou, por exemplo, o aperto das políticas fiscais, sobretudo no segundo semestre de 2016, o acompanhamento da evolução das taxas de juro e implementação da política restritiva monetária pelo Banco Central.
“Há sinais de recuperação: o mercado cambial reequilibrou, o Metical, a moeda nacional, apreciou-se e o Banco Central está acumulando reservas”, afirmou Aisen, na presentação, em Maputo, do Relatório sobre as Perspetivas Económicas da África Subsariana e de Moçambique, em particular.
Considerou, contudo, que o crescimento que se regista continua ainda incipiente. “A inflação deverá baixar consideravelmente em 2017, mas, ainda permanece elevada”.
Para que o cenário promissor possa concretizar-se, o FMI deixou algumas recomendações, sublinhando ser necessário continuar com a série de medidas visando conter os factores de risco.
“A política fiscal precisa de ser consolidada, a dívida pública permanece em níveis insustentáveis e a sua reestruturação é necessária em tempo razoável”, disse Aisen, para quem existem outros riscos como de âmbito político, no contexto eleitoral, bem como externos que o país tem de estar sempre atento.
“Persistem também riscos importantes”, anotou o representante do FMI, dando exemplo que o Estado ainda mantém subsídios a alguns sectores, incluindo a eletricidade.
Disse haver, igualmente, riscos políticos num contexto eleitoral. Moçambique vai realizar, em 2018, eleições autárquicas, e, em 2019, as gerais.
A situação económica de Moçambique foi sendo marcada, desde 2016, por um período de instabilidade, devido a um conjunto de fatores como a crise da dívida, a desvalorização cambial, a subida da inflação e a queda do preço das matérias-primas.
As calamidades naturais que prejudicaram a produção agrícola figuram igualmente entre os fatores de instabilidade.
-0- PANA AIM/IZ 02junho2017