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FMI aprova financiamentos para Lesoto

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou esta semana o desembolso imediato de cinco milhões 680 mil de Direitos de Saque Especiais (DSE)(oito milhões 700 mil dólares americanos) para o Lesoto, a fim de permitir ao Governo deste país fazer face aos seus problemas socioeconómicos.

O FMI declarou, num comunicado, que esta decisão eleva o total dos desembolsos no quadro deste programa para uma soma equivalente a 39 milhões 245 mil de DSE (60 milhões 200 mil dólares americanos).

Este desembolso segue-se à conclusão da quarta revisão dos desempenhos económicos do Lesoto no quadro de um programa apoiado pela Facilidade Alargada de Crédito (FAC).

"Ao concluir esta revisão, o FMI aprovou igualmente a supressão do critério de desempenho qualitativo sobre as nas novas dívidas externas sem condições de favor contraídas ou garantidas pelo setor público", indicou.

O acordo para um período de três anos de uma FAC para o Reino do Lesoto para 41 milhões 900 mil DSE (120 porcento de quota) foi aprovado pelo Conselho de Administração do FMI a 2 de junho de 2010.

A 9 de abril de 2012, o Conselho aprovou um aumento do acesso igual a 25 porcento da quota, que permitiu um acesso total a 50 milhões 605 mil DSE (145 porcento de quota) a fim de atenuar o impacto dos danos causados pelas inundações entre 2010 e 2011 e do aumento dos preços das matérias-primas nos mercados mundiais.

Citado pelo comunicado, o diretor-geral adjunto do FMI, Min Zhu, declarou que o Lesoto manteve um crescimento robusto apesar dos choques meteorológicos e duma inflação moderada, refletindo em parte uma diminuição dos preços das matérias-primas.

O FMI aprovou igualmente o desembolso de 16 milhões 900 mil dólares americanos para a Mauritânia no quadro da Facilidade Alargada de Crédito.

A decisão do Conselho permitirá a concessão imediata de 11 milhões quarenta mil DSE (16 milhões 900 mil dólares americanos), o que eleva os desembolsos financeiros no quadro deste acordo para 66 milhões 240 mil DSE (101 milhões 600 mil dólares), indica o comunicado.

Sublinha que o Conselho de Administração aprovou ainda um acordo de três anos a favor da Mauritânia, em março de 2010, para 77,28 DSE ou 120 porcento da quota do país no FMI.

"A atividade económica na Mauritânia foi resiliente, apesar de uma seca grave e vários choques externos. A inflação foi contida e os tampões fiscais e externos atingiram níveis sem precedentes.

"Porém, os progressos registados na redução da pobreza e do desemprego são irregulares e a economia continua muito dependente das indústrias extrativas", acrescentou.

A FAC do FMI substituiu a Facilidade para o Crescimento e Redução da Pobreza (PRGF) enquanto principal instrumento do Fundo para o Apoio Financeiro a médio prazo aos países de fraco rendimento, permitindo um nível de acesso mais elevado aos financiamentos, aos empréstimos de condições preferenciais e uma maior flexibilidade na conceção dos programas.

-0- PANA AA/SEG/FJG/AAS/IBA/FK/IZ 28nov2012