FMI apela a autoridades tunisinas para congelem massa salarial
Túnis, Tunísia (PANA) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) apelou à Tunísia para congelar a massa salarial e o subsídio concedido ao setor energético, soube a PANA de fonte oficial.
O FMI advertiu que o défice orçamental poderá aumentar para mais de nove por cento do Produto Interno Bruto (PIB) se medidas recomendadas não forem implementadas.
O apelo do FMI para uma redução do défice financeiro, feito numa data não especificada, surge numa altura em que o país enfrenta violentos protestos sociais, cujos autores exigem a criação de empregos e o desenvolvimento económico do país.
As finanças públicas da Tunísia enfrentam uma crise muito aguda com uma taxa de défice financeiro de 11,5 por cento do PIB, registado em 2020, ou seja, a mais elevada em quatro décadas.
O orçamento do país, para 2021, visa reduzir o défice financeiro para 6,6 por cento, mas o FMI disse, num comunicado, após uma visita numa data não especificada à Tunísia, que o país necessita de medidas específicas para alcançar este objetivo.
A massa salarial do setor público duplicou-se na Tunísia, atingindo 20 biliões de dinares, ou seja, sete mil milhões e 45 milhões de dólares americanos, segundo previsões para 2021, contra sete mil milhões e 600 milhões de dinares em 2010.
O Banco Central tunisino tinha aceitado a compra de títulos de tesouro, no valor de dois mil milhões e 800 milhões de dólares, para colmatar o défice financeiro recorde em 2020, algumas semanas após um desacordo com o Governo, lembra-se.
-0- PANA YY/IN/JSG/DIM/DD 23janeiro2021