PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
FMI alerta Moçambique contra queda de preços de produtos primários
Maputo, Moçambique (AIM) – O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que o desempenho económico de Moçambique permanece robusto e com um crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) projetado em cerca de 7,5 porcento, mas alerta contra um eventual aumento de riscos que se colocam à perspetiva com o declínio do preço dos produtos primários nos mercados mundiais, soube-se de fonte segura.
O FMI refere-se ao risco particularmente nos preços do carvão e com a incerteza relativa aos grandes projetos de Gás Natural Liquefeito (GNL).
Esta robustez no desempenho económico, bem como o crescimento do PIB nacional, refletem uma forte atividade em todos os setores, particularmente nas indústrias extrativa, de construção, transporte e comunicações, comércio e serviços financeiros, afirmou quinta-feira a chefe de missão do FMI para Moçambique.
Doris Ross falava na capital moçambicana, Maputo, em conferência de imprensa para divulgar os resultados das discussões mantidas por uma equipa do FMI, que visitou o país entre finais de outubro e princípios de novembro em curso, ao abrigo da terceira avaliação do Programa de Apoio à Políticas (PSI, na sigla em inglês).
“Embora as receitas de vulto associadas aos recursos naturais se encontrem ainda entre seis e dez anos de distância, é necessário envidar esforços para implementar os dispositivos e capacidades institucionais adequadas para fazer face aos grandes e novos desafios associados a este setor e à promessa que este encerra para o país”, recomendou.
Relativamente à inflação, o FMI considera que ela permanece bem contida graças ao aumento da produção interna de alimentos e ao declínio dos preços das importações.
A inflação média situou-se em 1,4 porcento, em setembro deste ano, substancialmente abaixo do período homólogo de 2013, esperando-se que permaneça abaixo de três porcento durante o presente ano.
Entretanto, segundo Ross, o défice da balança de transações correntes é grande devido às importações para os grandes projetos de investimentos diretos externos. Mas, mesmo assim, a cobertura das reservas internacionais aparenta ser, em geral, adequada.
No que concerne às políticas económicas para o resto de 2014 e para 2015, o FMI e as autoridades moçambicanas acordaram a necessidade de manter os esforços de receita e abrandar o crescimento da despesa pública, incluindo a dos salários da função pública, bens e serviços e investimento.
Esta medida, segundo entende o FMI, irá melhorar, simultaneamente, a eficiência dos gastos, de modo a preservar a sustentabilidade de dívida a médio prazo.
Como resultado do encontro, as autoridades moçambicanas comprometeram-se a continuar com o fortalecimento da gestão dos recursos públicos.
Outro engajamento do Governo visa reforçar a transparência e a eficiência do investimento público e fortalecer a gestão das empresas públicas e publicar os relatórios anuais auditados das maiores, incluindo a Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM).
“À medida que os desafios económicos se tornam mais complexos, as autoridades devem continuar a reforçar os seus instrumentos para monitorar e orientar os desenvolvimentos macroeconómicos”, defendeu a responsável do FMI.
A equipa moçambicana que se reuniu com a delegação do FMI integrou o recém-eleito Presidente da República, Filipe Nyusi, o ministro das Finanças, Manuel Chang, o governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, entre outros altos quadros do Governo e do setor privado.
-0- AIM/PANA TON 06nov2014
O FMI refere-se ao risco particularmente nos preços do carvão e com a incerteza relativa aos grandes projetos de Gás Natural Liquefeito (GNL).
Esta robustez no desempenho económico, bem como o crescimento do PIB nacional, refletem uma forte atividade em todos os setores, particularmente nas indústrias extrativa, de construção, transporte e comunicações, comércio e serviços financeiros, afirmou quinta-feira a chefe de missão do FMI para Moçambique.
Doris Ross falava na capital moçambicana, Maputo, em conferência de imprensa para divulgar os resultados das discussões mantidas por uma equipa do FMI, que visitou o país entre finais de outubro e princípios de novembro em curso, ao abrigo da terceira avaliação do Programa de Apoio à Políticas (PSI, na sigla em inglês).
“Embora as receitas de vulto associadas aos recursos naturais se encontrem ainda entre seis e dez anos de distância, é necessário envidar esforços para implementar os dispositivos e capacidades institucionais adequadas para fazer face aos grandes e novos desafios associados a este setor e à promessa que este encerra para o país”, recomendou.
Relativamente à inflação, o FMI considera que ela permanece bem contida graças ao aumento da produção interna de alimentos e ao declínio dos preços das importações.
A inflação média situou-se em 1,4 porcento, em setembro deste ano, substancialmente abaixo do período homólogo de 2013, esperando-se que permaneça abaixo de três porcento durante o presente ano.
Entretanto, segundo Ross, o défice da balança de transações correntes é grande devido às importações para os grandes projetos de investimentos diretos externos. Mas, mesmo assim, a cobertura das reservas internacionais aparenta ser, em geral, adequada.
No que concerne às políticas económicas para o resto de 2014 e para 2015, o FMI e as autoridades moçambicanas acordaram a necessidade de manter os esforços de receita e abrandar o crescimento da despesa pública, incluindo a dos salários da função pública, bens e serviços e investimento.
Esta medida, segundo entende o FMI, irá melhorar, simultaneamente, a eficiência dos gastos, de modo a preservar a sustentabilidade de dívida a médio prazo.
Como resultado do encontro, as autoridades moçambicanas comprometeram-se a continuar com o fortalecimento da gestão dos recursos públicos.
Outro engajamento do Governo visa reforçar a transparência e a eficiência do investimento público e fortalecer a gestão das empresas públicas e publicar os relatórios anuais auditados das maiores, incluindo a Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM).
“À medida que os desafios económicos se tornam mais complexos, as autoridades devem continuar a reforçar os seus instrumentos para monitorar e orientar os desenvolvimentos macroeconómicos”, defendeu a responsável do FMI.
A equipa moçambicana que se reuniu com a delegação do FMI integrou o recém-eleito Presidente da República, Filipe Nyusi, o ministro das Finanças, Manuel Chang, o governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, entre outros altos quadros do Governo e do setor privado.
-0- AIM/PANA TON 06nov2014