PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
FIJ condena boicote contra imprensa somalí
Nairobi- Quénia (PANA) -- A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) reprovou os apelos do enviado especial das Nações Unidas à Somália, Ahmed Oul Abdallah, para boicotar as informações relatadas pelos orgãos de imprensa somalis, declarando que esta medida seria contraproducente.
"Estamos opostos a esta medida pois poderá tornar a situação mais difícil para os jornalistas", declarou sexta-feira Aidan White, secretário-geral da FIJ.
Ele disse ter conhecimento de que Ahmed Abdallah "está consciente" das pressões e ameaças contra os jornalistas somalis, mas que tentar diminuir o fluxo de informações provenientes deste país da África Oriental "só poderá reforçar o poder dos inimigos da liberdade de imprensa e não aliviará o sofrimento dos nossos colegas".
O representante onusino, Ahmed Ould Abdallah, teria sugerido uma trégua de um mês nas informações relatadas pela imprensa local "para que as redes de imprensa estrangeira possam controlar a veracidade das informações provenientes da Somália".
Abdallah exprimiu igualmente o receio de que, face à presença de jornalistas estrangeiros no país, os principais orgãos de imprensa poderiam ser alvos de uma manipulação pelas forças políticas nacionais "de tal amplitude que se pode comparar aos acontecimentos trágicos do genocídio de 1994 no Ruanda".
Abdallah admitiu, entretanto, que "é verdade que os criminosos somalis visam o rapto dos jornalistas estrangeiros e terrorizam os da imprensa local".
A FIJ declarou, numa nota, que um eventual boicote contra a imprensa "será uma cobertura perfeita para os criminosos e encerrará a janela aberta ao mundo pelos que buscam soluções à crise somalí".
A associação convidou, quinta-feira última, o novo Governo da Somália a impedir que os bandos criminosos terrorizassem a imprensa na sequência do assassinato de Said Tahliil Ahmed, segundo jornalista abatido na Somália desde o início do ano em curso.
A 1 de Janeiro passado, Hassan Mayou Hassan, da Rádio Shabelle em Afgooye, no sudoeste de Mogadíscio, foi morto por uma milícia pro- governamental.
"Estamos opostos a esta medida pois poderá tornar a situação mais difícil para os jornalistas", declarou sexta-feira Aidan White, secretário-geral da FIJ.
Ele disse ter conhecimento de que Ahmed Abdallah "está consciente" das pressões e ameaças contra os jornalistas somalis, mas que tentar diminuir o fluxo de informações provenientes deste país da África Oriental "só poderá reforçar o poder dos inimigos da liberdade de imprensa e não aliviará o sofrimento dos nossos colegas".
O representante onusino, Ahmed Ould Abdallah, teria sugerido uma trégua de um mês nas informações relatadas pela imprensa local "para que as redes de imprensa estrangeira possam controlar a veracidade das informações provenientes da Somália".
Abdallah exprimiu igualmente o receio de que, face à presença de jornalistas estrangeiros no país, os principais orgãos de imprensa poderiam ser alvos de uma manipulação pelas forças políticas nacionais "de tal amplitude que se pode comparar aos acontecimentos trágicos do genocídio de 1994 no Ruanda".
Abdallah admitiu, entretanto, que "é verdade que os criminosos somalis visam o rapto dos jornalistas estrangeiros e terrorizam os da imprensa local".
A FIJ declarou, numa nota, que um eventual boicote contra a imprensa "será uma cobertura perfeita para os criminosos e encerrará a janela aberta ao mundo pelos que buscam soluções à crise somalí".
A associação convidou, quinta-feira última, o novo Governo da Somália a impedir que os bandos criminosos terrorizassem a imprensa na sequência do assassinato de Said Tahliil Ahmed, segundo jornalista abatido na Somália desde o início do ano em curso.
A 1 de Janeiro passado, Hassan Mayou Hassan, da Rádio Shabelle em Afgooye, no sudoeste de Mogadíscio, foi morto por uma milícia pro- governamental.