PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
FIFA tenciona reduzir mercado de transferências de inverno em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O presidente da FIFA, Gianni Infantino, manifestou, domingo, na cidade da Praia, a sua intenção de encurtar o mercado de transferências de inverno que, de acordo com muitos clubes, dura demasiado tempo, interferindo no planeamento da época das equipas, apurou a PANA de fonte segura.
Durante um encontro com dirigentes do futebol cabo-verdiano, Infantino defendeu também a introdução de regras para limitar o número de inscrições dos clubes no início da época, considerando mesmo que “a janela do mercado de transferências de verão deve ser também reduzida”, para que o campeonato se inicie com o plantel fechado.
Isto, segundo ele, para evitar que as grandes equipas tenham vantagens sobre as outras, de forma a introduzir mais equilíbrio nas provas internacionais.
No seu último dia da visita a Cabo Verde, o presidente da FIFA evocou também a possibilidade de os jogadores que tivessem atuado para uma determinada seleção pudessem optar por atuar para uma outra, caso o entendam.
A possibilidade de jogadores, com dupla nacionalidade ou com direito à dupla nacionalidade, virem a poder representar outra seleção foi uma proposta apresentada pelo antigo presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol, Victor Osório, num encontro da FIFA realizado em 2017 em Dubai.
No entanto, Gianni Infantino reconheceu que a proposta enfrenta “reações diversas das federações com diferentes entendimentos e interesses. Daí ser “muito complicado” neste momento conseguir essa alteração nas regras da FIFA que abre tal possibilidade, precisou.
O presidente da FIFA admite que a sua instituição terá de ter em conta, no futuro, aspetos como a globalização e a emigração que, como defendera na altura o Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), colocam as seleções dos países mais pobres em desvantagem perante as de países mais ricos, uma vez que, frisou, os melhores de países emissores de emigrantes, como Cabo Verde, terão quase sempre os seus melhores jogadores aliciados pelas federações mais ricas.
Outro tema de grande interesse para os clubes e escolas de iniciação ao futebol abordado durante o encontro tem a ver com a necessidade de se melhorar o sistema de transferências para que eles possam beneficiar das percentagens das vendas de jogadores, conforme regulamenta a FIFA.
No que tange a um melhor cumprimento das regras de transferência, Infantino avança a intenção da FIFA de regulamentação da profissão dos intermediários, leia-se agentes de jogadores, para maior credibilidade do sistema e, mais importante, para que os clubes e escolas formadoras de atletas possam ser recompensadas perante os mecanismos de solidariedade da FIFA que prevêm a transferência de 5% a 7% do total da venda de um jogador para o(s) clube(s) formadores e federações dos clubes e escolas de origem, para além de outros mecanismos previstos.
Conforme adiantou o próprio dirigente máximo da FIFA, outro aspeto importante a se ter em conta é a necessidade de limitação do número de jogadores inscritos pelos clubes, o que, mais uma vez, favorece os mais abastados em detrimento dos clubes mais pobres.
Infatino reconhece que há clubes que têm 50 ou mais jogadores inscritos, muitos dos quais não jogam mas preferem permanecer nesses clubes a ganhar mais do que jogar em clubes com menos expressão.
Depois de ter recebido Gianni Infantino, em audiência no Palácio da Presidência, o chefe de Estado cabo-verdiano considerou a vinda deste último ao arquipélago como um “acontecimento muito importante para o país” e “muito relevante para o futebol cabo-verdiano”.
Jorge Carlos Fonseca disse ter falado com o responsável máximo da FIFA das limitações do país, marcado por necessidade de mais infraestruturas, por se tratar de um país arquipelágico que requer a presença da seleção nacional noutras ilhas que não só a de Santiago.
Disse ter conversado com Gianni Infantino sobre a necessidade de Cabo Verde passar a contar com outros jogadores filhos de pais, cabo-verdianos ou de origem que joguem noutras seleções e que possam “grandemente aumentar a performance da equipa nacional”.
Jorge Carlos Fonseca divulgou que, nesta audiência, ficou a promessa da FIFA de apostar num forte investimento em Cabo Verde e que a mesma terá forte impacto na promoção do desporto e do futebol junto dos jovens, masculinos e femininos, e que corresponda ao programa eleitoral da FIFA.
O Presidente cabo-verdiano diz estar convicto de que Cabo Verde só terá uma grande seleção, dotada de grande competitividade, se se investir nas camadas jovens, com passagens nas escolas, com mais competitividades nos escalões de formação.
-0- PANA CS/DD 19fev2019
Durante um encontro com dirigentes do futebol cabo-verdiano, Infantino defendeu também a introdução de regras para limitar o número de inscrições dos clubes no início da época, considerando mesmo que “a janela do mercado de transferências de verão deve ser também reduzida”, para que o campeonato se inicie com o plantel fechado.
Isto, segundo ele, para evitar que as grandes equipas tenham vantagens sobre as outras, de forma a introduzir mais equilíbrio nas provas internacionais.
No seu último dia da visita a Cabo Verde, o presidente da FIFA evocou também a possibilidade de os jogadores que tivessem atuado para uma determinada seleção pudessem optar por atuar para uma outra, caso o entendam.
A possibilidade de jogadores, com dupla nacionalidade ou com direito à dupla nacionalidade, virem a poder representar outra seleção foi uma proposta apresentada pelo antigo presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol, Victor Osório, num encontro da FIFA realizado em 2017 em Dubai.
No entanto, Gianni Infantino reconheceu que a proposta enfrenta “reações diversas das federações com diferentes entendimentos e interesses. Daí ser “muito complicado” neste momento conseguir essa alteração nas regras da FIFA que abre tal possibilidade, precisou.
O presidente da FIFA admite que a sua instituição terá de ter em conta, no futuro, aspetos como a globalização e a emigração que, como defendera na altura o Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), colocam as seleções dos países mais pobres em desvantagem perante as de países mais ricos, uma vez que, frisou, os melhores de países emissores de emigrantes, como Cabo Verde, terão quase sempre os seus melhores jogadores aliciados pelas federações mais ricas.
Outro tema de grande interesse para os clubes e escolas de iniciação ao futebol abordado durante o encontro tem a ver com a necessidade de se melhorar o sistema de transferências para que eles possam beneficiar das percentagens das vendas de jogadores, conforme regulamenta a FIFA.
No que tange a um melhor cumprimento das regras de transferência, Infantino avança a intenção da FIFA de regulamentação da profissão dos intermediários, leia-se agentes de jogadores, para maior credibilidade do sistema e, mais importante, para que os clubes e escolas formadoras de atletas possam ser recompensadas perante os mecanismos de solidariedade da FIFA que prevêm a transferência de 5% a 7% do total da venda de um jogador para o(s) clube(s) formadores e federações dos clubes e escolas de origem, para além de outros mecanismos previstos.
Conforme adiantou o próprio dirigente máximo da FIFA, outro aspeto importante a se ter em conta é a necessidade de limitação do número de jogadores inscritos pelos clubes, o que, mais uma vez, favorece os mais abastados em detrimento dos clubes mais pobres.
Infatino reconhece que há clubes que têm 50 ou mais jogadores inscritos, muitos dos quais não jogam mas preferem permanecer nesses clubes a ganhar mais do que jogar em clubes com menos expressão.
Depois de ter recebido Gianni Infantino, em audiência no Palácio da Presidência, o chefe de Estado cabo-verdiano considerou a vinda deste último ao arquipélago como um “acontecimento muito importante para o país” e “muito relevante para o futebol cabo-verdiano”.
Jorge Carlos Fonseca disse ter falado com o responsável máximo da FIFA das limitações do país, marcado por necessidade de mais infraestruturas, por se tratar de um país arquipelágico que requer a presença da seleção nacional noutras ilhas que não só a de Santiago.
Disse ter conversado com Gianni Infantino sobre a necessidade de Cabo Verde passar a contar com outros jogadores filhos de pais, cabo-verdianos ou de origem que joguem noutras seleções e que possam “grandemente aumentar a performance da equipa nacional”.
Jorge Carlos Fonseca divulgou que, nesta audiência, ficou a promessa da FIFA de apostar num forte investimento em Cabo Verde e que a mesma terá forte impacto na promoção do desporto e do futebol junto dos jovens, masculinos e femininos, e que corresponda ao programa eleitoral da FIFA.
O Presidente cabo-verdiano diz estar convicto de que Cabo Verde só terá uma grande seleção, dotada de grande competitividade, se se investir nas camadas jovens, com passagens nas escolas, com mais competitividades nos escalões de formação.
-0- PANA CS/DD 19fev2019