PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
FAO atribui a Cabo Verde $ 391 mil para utilização segura de águas residuais
Praia, Cabo Verde (PANA) – A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) atribuiu terça-feira a Cabo Verde cerca de 391 mil dólares para financiar a implementação de um projeto visando a utilização segura de águas residuais na agricultura e silvicultura, apurou a PANA de fonte segura na cidade da Praia.
Trata-se de um projeto que visa aumentar a disponibilidade e qualidade de água para a agricultura e a consequente melhoria das condições de vida da população dos concelhos contemplados.
Este projeto piloto vai ser implementado no município de Tarrafal de Santiago e na Ribeira de Vinha nos arredores da cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente, duas áreas de um hectare cada (equivalente a um campo de futebol).
Nesses locais, será produzida “água de alta qualidade e livre de contaminação bacteriana”, mediante a técnica de fertilização desenvolvida e implementada no âmbito deste projeto.
A iniciativa insere-se no quadro do Programa de Cooperação Técnica da FAO em Cabo Verde e dá resposta ao pedido de assistência feito pelo Governo no sentido de se implementar um projeto destinado a garantir o uso seguro de águas residuais nestes dois setores, através de métodos inovadores e adaptados às necessidades e condições do país.
Na sequência do ato de assinatura do protocolo de cooperação com o representante da FAO em Cabo Verde, Remi Noro, o ministro cabo-verdiano da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, destacou a importância deste empreendimento num país de escassez hídrica, obrigado a adotar boas políticas de gestão da água.
Neste sentido, sublinhou que, dentro do contexto africano, Cabo Verde tem de se posicionar como “um dos países que melhor sabe gerir a água”, pelo que, segundo Gilberto Silva, “as políticas inerentes à gestão do líquido preciso no país têm de incluir necessariamente a reutilização das águas tratadas”.
O Governante apontou como exemplo o caso de Israel que, enquanto país marcado pela escassez de água, utiliza 86 porcento das águas residuais tratadas na sua agricultura.
Por seu turno, o representante da FAO considera que, pela sua caraterística, marcada pelo clima tropical seco e por uma baixa precipitação média anual que não ultrapassa os 250 mililitros anuais e com limitações em termos de água doce, Cabo Verde deve recorrer ao uso de recursos hídricos não convencionais para o desenvolvimento da agricultura.
Rémi Noro assegura que as águas residuais, quando bem tratadas, constituem um “recurso valioso e inexplorado” que pode ajudar o país no desenvolvimento da agricultura, da agro-florestação e das florestas para alcançar a segurança alimentar e nutricional, bem como na luta contra a desertificação.
-0- PANA CS/DD 28junho2017
Trata-se de um projeto que visa aumentar a disponibilidade e qualidade de água para a agricultura e a consequente melhoria das condições de vida da população dos concelhos contemplados.
Este projeto piloto vai ser implementado no município de Tarrafal de Santiago e na Ribeira de Vinha nos arredores da cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente, duas áreas de um hectare cada (equivalente a um campo de futebol).
Nesses locais, será produzida “água de alta qualidade e livre de contaminação bacteriana”, mediante a técnica de fertilização desenvolvida e implementada no âmbito deste projeto.
A iniciativa insere-se no quadro do Programa de Cooperação Técnica da FAO em Cabo Verde e dá resposta ao pedido de assistência feito pelo Governo no sentido de se implementar um projeto destinado a garantir o uso seguro de águas residuais nestes dois setores, através de métodos inovadores e adaptados às necessidades e condições do país.
Na sequência do ato de assinatura do protocolo de cooperação com o representante da FAO em Cabo Verde, Remi Noro, o ministro cabo-verdiano da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, destacou a importância deste empreendimento num país de escassez hídrica, obrigado a adotar boas políticas de gestão da água.
Neste sentido, sublinhou que, dentro do contexto africano, Cabo Verde tem de se posicionar como “um dos países que melhor sabe gerir a água”, pelo que, segundo Gilberto Silva, “as políticas inerentes à gestão do líquido preciso no país têm de incluir necessariamente a reutilização das águas tratadas”.
O Governante apontou como exemplo o caso de Israel que, enquanto país marcado pela escassez de água, utiliza 86 porcento das águas residuais tratadas na sua agricultura.
Por seu turno, o representante da FAO considera que, pela sua caraterística, marcada pelo clima tropical seco e por uma baixa precipitação média anual que não ultrapassa os 250 mililitros anuais e com limitações em termos de água doce, Cabo Verde deve recorrer ao uso de recursos hídricos não convencionais para o desenvolvimento da agricultura.
Rémi Noro assegura que as águas residuais, quando bem tratadas, constituem um “recurso valioso e inexplorado” que pode ajudar o país no desenvolvimento da agricultura, da agro-florestação e das florestas para alcançar a segurança alimentar e nutricional, bem como na luta contra a desertificação.
-0- PANA CS/DD 28junho2017