PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Exumados restos mortais de Thomas Sankara no Burkina Faso
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - A exumação dos restos mortais do antigo Presidente burkinabe, Thomas Sankara, e dos seus 12 outros companheiros mortos num golpe de Estado em 1987 que levou Blaise Compaoré ao poder iniciou-se segunda-feira de manhã no cemitério de Dagnoen, no leste da cidade, sob alta tensão, constatou no local a PANA.
As várias centenas de jovens que acorreram ao local para assistir ao ato de exumação bem como jornalistas foram mantidos longe do portão principal do cemitério cercado pelas forças da ordem.
Só os parentes diretos das vítimas foram autorizados a entrar no interior do cemitério onde foram colocados diante dos 12 supostos túmulos.
Esta exumação liderada por três médicos, um Francês e dois Burkinabes, tem por objetivo verificar se se trata realmente dos corpos do capitão Thomas Sankara e dos seus companheiros.
Thomas Sankara foi enterrado discretamente, a 15 de outubro de 1987, depois do seu assassinato no golpe de Estado que conduziu ao poder Blaise Compaoré, que governou o país durante 27 anos.
Descartados do local, os centenas de Burkinabes que desejavam testemunhar os factos envolveram-se, desde as primeiras, num braço de ferro com as forças da ordem que tentavam fazê-los voltar à procedência.
"Vim acompanhar esta operação porque lutamos há anos para que se clarifique a morte de Sankara e dos seus irmãos. Mesmo se for preciso passar o dia aqui estou pronto", confiou Aly Compaoré, estudante em Medicina. Segundo ele, "nada demonstra que se trata dos corpos das vítimas que repousam neste cemitério, nomeadamente o de Thomas Sankara.
"Eles impedem-nos de nos aproximarmos. Não é normal. Não temos confiança neles que estão a fazer o trabalho", disse um outro manifestante dirigindo-se a dois gendarmes vindos para acalmar os ânimos.
Solange Komouni, irmã duma das vítimas, disse, por seu turno, não poder conter-se perante tal situação. "Porquê que não deixam a imprensa entrar? Eles vão apresentar o quê à população? Nada prova que trabalharam dentro. Se o que disse não agrada que venham matar-me como o fizeram ao meu irmão", contou.
Transbordados pela multidão que tentava ganhar espaço a cada momento, as forças da ordem pediram reforços para enfrentar a pressão.
Desde março passado que o Governo interino que dirige o país desde a destituição de Blaise Compaoré, em outubro passado, autorizou a exumação do corpo de Thomas Sankara com o objetivo de o identificar formalmente.
-0- PANA NDT/TBM/MAR/IZ 25maio2015
As várias centenas de jovens que acorreram ao local para assistir ao ato de exumação bem como jornalistas foram mantidos longe do portão principal do cemitério cercado pelas forças da ordem.
Só os parentes diretos das vítimas foram autorizados a entrar no interior do cemitério onde foram colocados diante dos 12 supostos túmulos.
Esta exumação liderada por três médicos, um Francês e dois Burkinabes, tem por objetivo verificar se se trata realmente dos corpos do capitão Thomas Sankara e dos seus companheiros.
Thomas Sankara foi enterrado discretamente, a 15 de outubro de 1987, depois do seu assassinato no golpe de Estado que conduziu ao poder Blaise Compaoré, que governou o país durante 27 anos.
Descartados do local, os centenas de Burkinabes que desejavam testemunhar os factos envolveram-se, desde as primeiras, num braço de ferro com as forças da ordem que tentavam fazê-los voltar à procedência.
"Vim acompanhar esta operação porque lutamos há anos para que se clarifique a morte de Sankara e dos seus irmãos. Mesmo se for preciso passar o dia aqui estou pronto", confiou Aly Compaoré, estudante em Medicina. Segundo ele, "nada demonstra que se trata dos corpos das vítimas que repousam neste cemitério, nomeadamente o de Thomas Sankara.
"Eles impedem-nos de nos aproximarmos. Não é normal. Não temos confiança neles que estão a fazer o trabalho", disse um outro manifestante dirigindo-se a dois gendarmes vindos para acalmar os ânimos.
Solange Komouni, irmã duma das vítimas, disse, por seu turno, não poder conter-se perante tal situação. "Porquê que não deixam a imprensa entrar? Eles vão apresentar o quê à população? Nada prova que trabalharam dentro. Se o que disse não agrada que venham matar-me como o fizeram ao meu irmão", contou.
Transbordados pela multidão que tentava ganhar espaço a cada momento, as forças da ordem pediram reforços para enfrentar a pressão.
Desde março passado que o Governo interino que dirige o país desde a destituição de Blaise Compaoré, em outubro passado, autorizou a exumação do corpo de Thomas Sankara com o objetivo de o identificar formalmente.
-0- PANA NDT/TBM/MAR/IZ 25maio2015