Exportações em Cabo Verde caem 36,8 por cento no primeiro trimestre de 2021, diz INE
Praia, Cabo Verde - No primeiro trimestre do ano em curso, as exportações de Cabo Verde registaram um decréscimo na ordem de 36,8 por cento, relativamente ao mesmo período de 2020, apurou a PANA de fonte segura.
No mesmo período as importações diminuíram 11,6% e nota-se ainda uma diminuição das reexportações em 40,4%, comparativamente a igual período do ano passado, segundo dados constantes das Estatísticas do Comércio Externo do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados sexta-feira.
O INE apurou que, no período em referencia, o deficit da balança comercial do país diminuiu 9,8 por cento, enquanto a taxa de cobertura diminuiu em 1,9 pontos percentuais.
Em termos monetários, a nível da exportação, traduz-se numa redução de 1,2 mil milhões de escudos cabo-verdianos referentes ao período homólogo de 2020, para 791 milhões de escudos, ou seja, um decréscimo de 461 milhões de escudos (-36,8 por cento).
A Europa continua a ser o principal cliente de Cabo Verde, absorvendo cerca de 94,1 por cento do total das exportações nacionais.
A nível de países, a Espanha lidera o ranking dos principais clientes na zona económica europeia, representando 34,6 por cento no primeiro trimestre de 2021, mas diminuindo 26,1 pontos percentuais face ao trimestre homólogo, aponta o INE.
Entre os produtos exportados por Cabo Verde, os preparados e conservas lideram o ranking com um peso de 49,4 por cento, enquanto peixes crustáceos e moluscos ocupam o segundo lugar (17,7 por cento) e vestuários, a terceira posição (11,9 por cento).
Na reexportação, foram envolvidos 3,8 mil milhões de escudos, contra 6,4 no mesmo período do ano passado, naquela que é a maior queda destas estatísticas.
Na importação baixou-se dos 18.3 mil milhões de ecudos para 12.2 mil milhões de escudos, comparando os dois períodos.
O continente europeu continua a ser o principal fornecedor de Cabo Verde, com 75,3 por cento do montante total (contra 77,9 por cento do mesmo período do ano transato), seguido da Ásia/Oceânia (11,7 por cento), da América (7,9 por cento), do “Resto do Mundo” (3,1 por cento) e da África (2,0 por cento).
Por países, Portugal lidera entre os fornecedores de Cabo Verde, com 49,5 por cento, e França ocupa o segundo lugar com 5,9 por cento.
Ambos registam percentagens das importações superiores às do período homólogo.
Seguem China, Países Baixos e Espanha com 5,9 por cento, 4,4 por çento e 3,9 por cento respetivamente, apresentando diminuições nas importações.
Quanto aos produtos importados, sublinha o INE, 10 principais importados atingiram 55,7 por cento do montante total das importações de Cabo Verde, nomeadamente combustíveis com 10,5 por cento, máquinas e motores com um peso de 9,7 por cento, reatores e caldeiras com 7,0 por cento, veículos automóveis com 6,9 por cento, e ferro e suas obras com 5,3 por çento.
Ainda sobre as importações, analisando as grandes categorias de bens, mostra-se que, no primeiro trimestre de 2021, todas as categorias de grupo evoluíram negativamente em relação ao mesmo período de 2020.
Bens de consumo continuam a ser a principal categoria económica de produtos importados (44,7 por cento), seguido dos bens Intermédios com (33,2 por cento), bens de capital com (11,5 por cento) e combustíveis com um peso de 10,5 por cento, do total das importações face ao mesmo período de 2020, conforme se lê também na nota de imprensa do INE.
-0– PANA CS/DD 30abril2021