PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Explosão social no Magrebe e queda do poder na Tunísia ainda em destaque na Mauritânia
Nouakchott, Mauritânia (PANA) – A explosão social na África do norte, nomeadamente os eventos que causaram a queda, a 12 de janeiro corrente, do Presidente tunisino, Zine Abidine Ben Ali, após 23 anos de reinado, foi largamente comentado pelos jornais publicados esta semana finda na Mauritânia .
Para o Le Calame (semanário), "O Presidente tunisino, Zine Abidine Ben Ali, fugiu para
se abrigar, como seus outros predecessores ditadores, num exílio dourado num país do Golfo (Arábia Saudita), deixando o seu país no fogo".
"Sob a pressão da rua e, apesar de ter proferido três discursos numa só semana, em que teria prometido tudo, o homem deixou o barco quando afundava, uma autêntica cobardia para um capitão", escreve o Le Calame.
O mesmo jornal faz uma projeção sobre uma eventual propagação desta revolta pelo Magrebe, relevando que "os ingredientes duma nova revolta popular não faltam infelizmente noutros países árabes", ironisando com o caso da Mauritânia, "país perfeito a todos os níveis".
"Ben Ali tirado do poder pelo Tunisinos: será que isto fará escola ?", pergunta-se por sua vez um diário local, L'Authentique.
Este jornal explica as razões da queda do antigo ditador (tunisino), nomeadamente "a alta dos preços, o desemprego e a exasperação dos Tunisinos face ao poder pessoal e liberticida dum homem e do seu círculo imediato, que roubaram a Tunísia".
O mesmo jornal ressalta que "o exemplo tunisino parece ter inspirado bem as autoridades mauritanas que anteciparam medidas visando resolver o problema da subida dos preços".
Pelo contrário, o Quotidien de Nouakchott frisa que a "tentativa de suicídio diante do Senado" segunda-feira última não teve como origem a pobreza.
Prosseguindo, o jornal descreve "uma cena horrível, um fenómeno raro na Mauritânia, mas que está a tornar-se numa moda no Magrebe".
Quanto ao Le Rénovateur (diário), ele analisa o ponto de vista do Islão em relação ao princípio do suicídio, referindo-se ao ponto de vista dum eminente especialista da Universidade Al-Azhar, Mohamed Rivaa Al Tantawi, segundo o qual a "imolação pelo fogo ou qualquer forma do suicídio é proibido no Islão, seja qual for o seu motivo".
Este comentário segue-se a "vários casos de imolação pelo fogo na Tunísia, no Egipto, na Argélia e na Mauritânia".
-0- PANA SAS/JSG/CJB/DD 22jan2011
Para o Le Calame (semanário), "O Presidente tunisino, Zine Abidine Ben Ali, fugiu para
se abrigar, como seus outros predecessores ditadores, num exílio dourado num país do Golfo (Arábia Saudita), deixando o seu país no fogo".
"Sob a pressão da rua e, apesar de ter proferido três discursos numa só semana, em que teria prometido tudo, o homem deixou o barco quando afundava, uma autêntica cobardia para um capitão", escreve o Le Calame.
O mesmo jornal faz uma projeção sobre uma eventual propagação desta revolta pelo Magrebe, relevando que "os ingredientes duma nova revolta popular não faltam infelizmente noutros países árabes", ironisando com o caso da Mauritânia, "país perfeito a todos os níveis".
"Ben Ali tirado do poder pelo Tunisinos: será que isto fará escola ?", pergunta-se por sua vez um diário local, L'Authentique.
Este jornal explica as razões da queda do antigo ditador (tunisino), nomeadamente "a alta dos preços, o desemprego e a exasperação dos Tunisinos face ao poder pessoal e liberticida dum homem e do seu círculo imediato, que roubaram a Tunísia".
O mesmo jornal ressalta que "o exemplo tunisino parece ter inspirado bem as autoridades mauritanas que anteciparam medidas visando resolver o problema da subida dos preços".
Pelo contrário, o Quotidien de Nouakchott frisa que a "tentativa de suicídio diante do Senado" segunda-feira última não teve como origem a pobreza.
Prosseguindo, o jornal descreve "uma cena horrível, um fenómeno raro na Mauritânia, mas que está a tornar-se numa moda no Magrebe".
Quanto ao Le Rénovateur (diário), ele analisa o ponto de vista do Islão em relação ao princípio do suicídio, referindo-se ao ponto de vista dum eminente especialista da Universidade Al-Azhar, Mohamed Rivaa Al Tantawi, segundo o qual a "imolação pelo fogo ou qualquer forma do suicídio é proibido no Islão, seja qual for o seu motivo".
Este comentário segue-se a "vários casos de imolação pelo fogo na Tunísia, no Egipto, na Argélia e na Mauritânia".
-0- PANA SAS/JSG/CJB/DD 22jan2011