Agência Panafricana de Notícias

Exército sudanês reivindica "pesadas perdas" contra rebeldes do Nilo Azul

Cartum, Sudão (PANA) – Mais de 400 rebeldes foram mortos ou feridos durante recentes confrontos entre o Exército sudanês e os rebeldes da província do Nilo Azul, perto da fronteira com a Etiópia, anunciou o ministro sudanês da Defesa, general Abdul Rahim Mohamed Hussein.

O general Abdul Hussein apresentou um relatório ao Parlamento, indicando que as tropas fiéis ao Exército de Libertação do Povo Sudanês-Norte (SPLA-N, sigla em inglês) perderam « mais de uma centena de soldados » durante um ataque que eles perpetravam contra o Exército em Damazin, principal cidade do Estado do Nilo Azul, a cerca de cinco horas de estrada a sudestea capital sudanesa, Cartum.

O relatório, transmitido esta terça-feira à imprensa local, demonstra que os rebeldes registaram outras perdas com a detenção de 44 dos seus oficiais.

O governante sudanês acrescentou que oficiais do SPLA-N, descontentes com a conduta dos seus líderes, integraram voluntariamente o Exército sudanês.

Segundo ele, os rebeldes que desertaram são 15 oficiais que se renderam com as suas armas ao Exército no Nilo Azul.

O Exército anunciou igualmente ter confiscado importantes quantidades de armas, equipamentos e máquinas.

Os confrontos, que prosseguem nas províncias afastadas perto da fronteira com a Etiópia, provocaram a deslocação de milhares de famílias, principalmente de Damazin. A maioria destes deslocados começaram a regressar às suas casas.

Segunda-feira última, o Parlamento aprovou um estado de emergência decretado pelo Presidente sudanês Omar El Béshir, dando ao Exército poderes alargados para restabelecer a ordem e pôr termo à revolta.

A revolta, liderada pelo líder do SPLA-N, Aggar, foi lançada, há 15 dias, devido, segundo os rebeldes, à reticência das autoridades governamentais de aplicar as cláusulas restantes do Acordo de Paz Global de 2005 que pôs termo a 21 anos de guerra civil no Sudão.

-0- PANA MO/SEG/FJG/JSG/FK/IZ 13set2011