Agência Panafricana de Notícias

Exército egípcio acusa manifestantes coptos de atacar seus soldados

O Cairo, Egito (PANA) –O potente Exército egípcio declarou que os seus soldados foram atacados por manifestantes munidos de armas brancas, de bombas incendiárias e de pedras durante um encontro de cristãos coptos no começo desta semana, fazendo dezenas de mortos e centenas de feridos.

Durante uma conferência de imprensa no Cairo terça-feira, o porta-voz do Exércitio, o general Adel Emarah, desmentiu que a Polícia militar tivesse disparado com balas reais contra os manifestantes ou atropelado os mesmos voluntariamente com veículos blindados.

Ao mostrar vídeos dos eventos de domingo à tarde, incidentes mais violentos desde o derrube, em fevereiro último, do Presidente Hosni Moubarak, o general Emrah declarou que certos chefes religiosos e personalidades públicas tinham incitado os manifestantes a atacarem violentamente as instalações da Televisão Nacional em Maspero.

O general Emarah mostrou vídeos onde manifestantes se apoderaravam de veículos blindados antes de esmagar certos do seus conmpanheiros e alegar que estes distúrbios tinham sido cometidos por militares.

Ele frisou que "esmagar pessoas não figura no dicionário » das Forças Armadas Egípcias.

Por sua vez, um membro do Conselho de Poder, o general Mahmoud Hegazy, confirmou que «os soldados egípcios nunca tinham disparado contra nenhum cidadão», acrescentando que se eles tivessem mesmo utilizado as suas armas, a situação teria degenerado num desastro nacional.

O general Hegazy não descartou a possiblidade de que a manifestação de domingo último tivesse sido infiltrada e advertiu «as mãos estrangeiras» de qualquer tentativa de fazer obstáculo à transição para um regime democrático no Egito.

Ele aumentou que o Exército abriu uma investigação sobre esses confrontos trágicos.

-0- PANA MI/SEG/FJG/JSG/DIM/DD 13outubro2011