PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Exército burundês enlutado pela morte de 11 militares na Somália
Bujumbura- Burundi (PANA) -- Um ataque suicida perpetrado contra uma caserna do contingente militar burundês da Missão da União Africana na Somália (AMISON), domingo, em Mogadíscio, fez 11 mortos e 15 feridos graves, anunciou segunda-feira o porta-voz da Força de Defesa Nacional (FDN) do Burundi, tenente-coronel Adolphe Manirakiza.
Os militares feridos foram imediatamente evacuados para hospitais de Nairobi, no Quénia, para cuidados intensivos, de acordo com a mesma fonte.
O ataque teria sido obra de insurrectos islamitas opostos à presença de tropas estrangeiras na Somália.
Ataques anteriores fizeram dois mortos entre os três mil 500 militares burundeses presentes em Mogadíscio, a capital somalí.
O Burundi e o Uganda são, por enquanto, os únicos países solicitados pela União Africana (UA) que aceitaram enviar tropas de manutenção da paz à Somália onde a guerra civil perdura há mais de 17 anos.
A Etiópia acabou por abdicar depois de ter desdobrado, durante muito tempo, tropas na vizinha Somália, oficialmente para a sua própria segurança.
Uma precedente intervenção rigorosa do Exército norte-americano culminou igualmente num fracasso mordaz e várias pessoas, na opinião nacional, interrogavam-se, segunda-feira, se as tropas burundesas e ugandesas conseguiriam trazer a paz neste incurável conflito no Corno de África com meios materiais e humanos ainda reduzidos.
Ao reagir a estas preocupações, o porta-voz da FDN afirmou que o Exército burundês não pretendia todavia retirar-se da Somália e que contava reforçar-se com um batalhão suplementar.
A ideia de reforço foi depois apoiada pelo porta-voz e secretário- geral do Governo burundês, Philippe Nzobonariba.
A classe política nacional, do seu lado, aproveitou esta ocasião para se indignar pelos mortos numa guerra "que não é sua".
Os procedimentos não teriam tão-pouco respeitado a Constituição em matéria de envio de tropas ao estrangeiro, estimou o presidente do principal partido da oposição, a Frente para a Democracia no Burundi (FRODEBU), Léonce Ngendakumana.
"A Lei Fundamental exige com efeito o aval do Parlamento antes de enviar tropas ao estrangeiro e isto não foi feito", insistiu.
O presidente da Unidade para o Progresso Nacional (UPROMA, ex-partido único), Aloys Rubuka, denunciou igualmente a decisão "unitlateral" do Governo burundês de enviar tropas ao estrangeiro "com o risco de prejudicar a coesão nacional da qual depende grandemente o moral das tropas burundesas engajadas na Somália".
Os militares feridos foram imediatamente evacuados para hospitais de Nairobi, no Quénia, para cuidados intensivos, de acordo com a mesma fonte.
O ataque teria sido obra de insurrectos islamitas opostos à presença de tropas estrangeiras na Somália.
Ataques anteriores fizeram dois mortos entre os três mil 500 militares burundeses presentes em Mogadíscio, a capital somalí.
O Burundi e o Uganda são, por enquanto, os únicos países solicitados pela União Africana (UA) que aceitaram enviar tropas de manutenção da paz à Somália onde a guerra civil perdura há mais de 17 anos.
A Etiópia acabou por abdicar depois de ter desdobrado, durante muito tempo, tropas na vizinha Somália, oficialmente para a sua própria segurança.
Uma precedente intervenção rigorosa do Exército norte-americano culminou igualmente num fracasso mordaz e várias pessoas, na opinião nacional, interrogavam-se, segunda-feira, se as tropas burundesas e ugandesas conseguiriam trazer a paz neste incurável conflito no Corno de África com meios materiais e humanos ainda reduzidos.
Ao reagir a estas preocupações, o porta-voz da FDN afirmou que o Exército burundês não pretendia todavia retirar-se da Somália e que contava reforçar-se com um batalhão suplementar.
A ideia de reforço foi depois apoiada pelo porta-voz e secretário- geral do Governo burundês, Philippe Nzobonariba.
A classe política nacional, do seu lado, aproveitou esta ocasião para se indignar pelos mortos numa guerra "que não é sua".
Os procedimentos não teriam tão-pouco respeitado a Constituição em matéria de envio de tropas ao estrangeiro, estimou o presidente do principal partido da oposição, a Frente para a Democracia no Burundi (FRODEBU), Léonce Ngendakumana.
"A Lei Fundamental exige com efeito o aval do Parlamento antes de enviar tropas ao estrangeiro e isto não foi feito", insistiu.
O presidente da Unidade para o Progresso Nacional (UPROMA, ex-partido único), Aloys Rubuka, denunciou igualmente a decisão "unitlateral" do Governo burundês de enviar tropas ao estrangeiro "com o risco de prejudicar a coesão nacional da qual depende grandemente o moral das tropas burundesas engajadas na Somália".