Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) – O Exército burkinabe rejeitou segunda-feira um comunicado da Human Rights Watch (HRW) que o acusa de ter matado sumariamente 31 civis no Sahel, no início de abril corrente.
O exército burkinabe reagiu assim a um comunicado publicado a 20 de abril de 2020 pela Human Right Watch (HRW), que acusa as forças de defesa e segurança de terem, a 9 de abril corrente, em Djibo, visado exclusivamente homens da comunidade Fula (criadores de gado) e executado sumariamente 31 deles.
"Este tipo de alegações foi relatado ao ministro de Estado da Defesa Nacional e Antigos Combatentes, que, desde 10 de abril de 2020, enviou uma carta ao diretor da Justiça Militar para o instar a mandar abrir, pelos seus serviços, um inquérito judicial a fim de estabelecer a verdade dos factos”, indica um comunicado do Exército burkinabe.
"Nós devemos lembrar à comunidade nacional e internacional que as nossas forças armadas são formadas para agir com o respeito pelo Direito Internacional e conforme as suas próprias regras de compromisso”, sublinha o texto.
Além disso, as Forças Armadas, que têm no seu seio filhos de todas as comunidades do povo burkinabe, não podem estigmatizar uma delas, na medida em que o êxito das suas missões depende da confiança e da colaboração das populações locais”, reafirma a nota.
"Estamos a garantir a comunidade nacional e internacional que, se estas alegações forem confirmadas, sanções serão tomadas contra os seus autores", advertiu o comunicado.
-0- PANA TNDD/TBM/FK/DD 21abril2020