PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ex-presidente malawí em campanha apesar de candidatura rejeitada
Mangochi- Malawi (PANA) -- O ex-Presidente do Malawi, Bakili Muluzi, insistiu, sábado, na sua candidatura às eleições presidenciais de 19 de Maio próximo sob a bandeira do ex-partido no poder, a Frente Democrática Unida (UDF), e lançou o seu programa eleitoral na província de Mangochi, apesar da sua rejeição pela Comissão Eleitoral.
Durante uma manifestação pública transmitida em directo nas antenas da sua rádio privada, a Joy Radio, Muluzi qualificou a decisão da Comissão de "puramente política", acrescentando que os altos responsáveis do partido no poder, o Partido do Progresso Democrático, (DPP) influenciaram esta decisão.
"Sabemos como partido que é a política politiqueira e pedimos aos nossos advogados para contactar a Justiça segunda-feira com vista a contestar esta decisão", declarou antes de convidar os seus militantes à calma.
Segundo ainda Muluzi, trata-se duma "astúcia" do Presidente Bingu wa Mutharika, para vencer as eleições por ter medo dele.
"Ele está em conivência com a Comissão Eleitoral.
Mas caros senhores e senhoras, Bingu deve saber que, querendo ou não, sou um candidato e vou batê- lo".
"A Polícia está em alerta máximo para fustrar qualquer tentativa de actos de violência na sequência da rejeição da candidatura de Muluzi durante estas consultas eleitorais.
Desde o anúncio desta rejeição pela Comissão sexta-feira à tarde, a Joy Radio, propriedade de Muluzi, continua a difundir, em sinal de desafio, a música que elogia o ex-Presidente como o único salvador face às "desgraças" pretensamente causadas pelo Presidente Mutharika.
Enquanto isso, várias discotecas e bares explodiram de alegria logo após o anúncio da rejeição da candidatura do velho político de 66 anos.
No entanto, os advogados de Muluzi ameaçaram perturbar o sistema eleitoral devido à rejeição da candidatura de Muluzi.
Um diário importante citou Fahad Assani, um dos advogados de Muluzi, como tendo declarado que Muluzi reuniu o seu grupo de advogados e deu instruções para se opor a esta decisão, logo após a difusão da rejeição da candidatura.
"Iremos ao Tribunal segunda-feira para buscar uma injunção para travar o processo eleitoral", declarou o responsável malawí ao "Week- end Nation", sustentando, em tom desafiador, que nenhuma lei pode impedi-lo de se candidatar às eleições.
A lei estipula que uma pessoa pode, no máximo, assumir os cargos de Presidente durante dois mandatos consecutivos de cinco anos.
Os militantes de Muluzi acham que o termo "consecutivo" sinifica que ele pode voltar após uma retirada do poder, ao passo que outros pensam que o espírito da Constituição é proibir a Presidência vitalícia.
Com a exclusão de Muluzi das eleições, restam sete candidatos dos quais uma mulher, e um candidato independente.
Mas o verdadeiro pleito vai disputar-se entre o actual Presidente Bingu wa Mutharika e o veterano político John Tembo, presidente do Partido do Congreso do Malawi que dirigiu o país durante 30 anos sob a ditadura do falecido Hastings Kamuzu Banda.
Banda, morto em 1997 aos 101 anos de idade, foi expulso do poder pela UDF após a introdução do sistema de multipartidarismo em 1994, abrindo a via a Muluzi, ex-protegido do ditador para se tornar no primeiro Presidente da era multipardária.
Muluzi fracassou, por duas vezes, nas suas tentativas de prolongar a sua Presidência no fim dos seus dois mandatos de cinco anos ao tentar mudar a Constituição para lhe permitir um terceiro mandato, mas o Parlamento opôs-se a este projecto, e ajudou Mutharika a suceder-lhe.
Logo depois de ter ganho as eleições de 2004, como candidato da UDF, Mutharika, de 75 anos de idade, afastou-se de Muluzi, acusando o seu ex-mentor de desaprovar o seu programa de luta contra a corrupção.
Ele abandonou o partido para criar a sua própria formação, o DPP.
Muluzi explica a sua intenção de voltar ao poder pela vontade de arrancar o poder das mãos do "ingrato" Mutharika, e devolvê-lo à UDF "ao qual ele pertence".
Os analistas estimam que se o Tribunal se recusar a confirmar a sua candidatura, Muluzi vai apoiar o velho Tembo, o que tornará as possibilidades da eleição de Mutharika muito fracas.
Durante uma manifestação pública transmitida em directo nas antenas da sua rádio privada, a Joy Radio, Muluzi qualificou a decisão da Comissão de "puramente política", acrescentando que os altos responsáveis do partido no poder, o Partido do Progresso Democrático, (DPP) influenciaram esta decisão.
"Sabemos como partido que é a política politiqueira e pedimos aos nossos advogados para contactar a Justiça segunda-feira com vista a contestar esta decisão", declarou antes de convidar os seus militantes à calma.
Segundo ainda Muluzi, trata-se duma "astúcia" do Presidente Bingu wa Mutharika, para vencer as eleições por ter medo dele.
"Ele está em conivência com a Comissão Eleitoral.
Mas caros senhores e senhoras, Bingu deve saber que, querendo ou não, sou um candidato e vou batê- lo".
"A Polícia está em alerta máximo para fustrar qualquer tentativa de actos de violência na sequência da rejeição da candidatura de Muluzi durante estas consultas eleitorais.
Desde o anúncio desta rejeição pela Comissão sexta-feira à tarde, a Joy Radio, propriedade de Muluzi, continua a difundir, em sinal de desafio, a música que elogia o ex-Presidente como o único salvador face às "desgraças" pretensamente causadas pelo Presidente Mutharika.
Enquanto isso, várias discotecas e bares explodiram de alegria logo após o anúncio da rejeição da candidatura do velho político de 66 anos.
No entanto, os advogados de Muluzi ameaçaram perturbar o sistema eleitoral devido à rejeição da candidatura de Muluzi.
Um diário importante citou Fahad Assani, um dos advogados de Muluzi, como tendo declarado que Muluzi reuniu o seu grupo de advogados e deu instruções para se opor a esta decisão, logo após a difusão da rejeição da candidatura.
"Iremos ao Tribunal segunda-feira para buscar uma injunção para travar o processo eleitoral", declarou o responsável malawí ao "Week- end Nation", sustentando, em tom desafiador, que nenhuma lei pode impedi-lo de se candidatar às eleições.
A lei estipula que uma pessoa pode, no máximo, assumir os cargos de Presidente durante dois mandatos consecutivos de cinco anos.
Os militantes de Muluzi acham que o termo "consecutivo" sinifica que ele pode voltar após uma retirada do poder, ao passo que outros pensam que o espírito da Constituição é proibir a Presidência vitalícia.
Com a exclusão de Muluzi das eleições, restam sete candidatos dos quais uma mulher, e um candidato independente.
Mas o verdadeiro pleito vai disputar-se entre o actual Presidente Bingu wa Mutharika e o veterano político John Tembo, presidente do Partido do Congreso do Malawi que dirigiu o país durante 30 anos sob a ditadura do falecido Hastings Kamuzu Banda.
Banda, morto em 1997 aos 101 anos de idade, foi expulso do poder pela UDF após a introdução do sistema de multipartidarismo em 1994, abrindo a via a Muluzi, ex-protegido do ditador para se tornar no primeiro Presidente da era multipardária.
Muluzi fracassou, por duas vezes, nas suas tentativas de prolongar a sua Presidência no fim dos seus dois mandatos de cinco anos ao tentar mudar a Constituição para lhe permitir um terceiro mandato, mas o Parlamento opôs-se a este projecto, e ajudou Mutharika a suceder-lhe.
Logo depois de ter ganho as eleições de 2004, como candidato da UDF, Mutharika, de 75 anos de idade, afastou-se de Muluzi, acusando o seu ex-mentor de desaprovar o seu programa de luta contra a corrupção.
Ele abandonou o partido para criar a sua própria formação, o DPP.
Muluzi explica a sua intenção de voltar ao poder pela vontade de arrancar o poder das mãos do "ingrato" Mutharika, e devolvê-lo à UDF "ao qual ele pertence".
Os analistas estimam que se o Tribunal se recusar a confirmar a sua candidatura, Muluzi vai apoiar o velho Tembo, o que tornará as possibilidades da eleição de Mutharika muito fracas.