Ex-pastor são-tomense preso na Côte d'ivoire regressa à casa
São Tomé, São Tomé e Príncipe- (PANA) - Um ex-pastor são-tomense, Iudmilo Veloso, da Igreja Universal de Reino de Deus, preso na Côte d'Ivoire desde setembro último, regressou ao país no último fim de semana, soube a PANA de fonte oficial em São Tomé.
Com um semblante estável, Iudmilo acompanhado pela embaixadora de São Tomé e Príncipe nom Gabão, Elisa Barros, e por um responsável pela comunidade são-tomense do ministério dos Negócios Estrangeiros, desembarcou em São Tomé domingo último num voo da Afri-Jet, proveniente do Gabão.
“Regressamos ao país com sentimento de dever cumprido. Iudmilo estava encarcerado em Abidjan, na sequência de uma queixa-crime apresentada pela Igreja Universal Reino de Deus”, declarou a embaixadora.
"Iudmilo Veloso da Costa, havia sido condenado a um ano de prisão efetiva. Foi um processo muito delicado. Ao nível diplomático, tivemos que ultrapassar muitas barreiras", recordou a diplomata.
Elisa Barros explicou ainda que, na Côte d'Ivoire, vigora o princípio de separação de poderes.
Na altura, a embaixadora de São Tomé e Príncipe respondeu a vozes críticas segundo as quais o Estado não terá sido célere na resolução do problema.
“Não fazemos diplomacia na rua. Mantivemos todo segredo possível, apesar de todas as especulações em torno do caso. Temos que agradecer muito à ministra dos Negócios Estrangeiros por ter concedido esta missão e às autoridades da Côte d'Ivoire o apoio que nos foi concedido”, retorquiu.
Por seu turno, Iudmilo Veloso, declarou, no aeroporto internacional de São Tomé e Príncipe, as condições difíceis em que havia sido aprisionamento.
"Na cadeia onde me encontrava, posso dizer-vos que era impossível. Eu digo que objetivo era exterminar-me”, considerou.
O ex-pastor da Igreja Universal do reino de Deus, que se encontrava em missão na Côte d'Ivoire, há já onze anos, é autor de várias publicações caluniosas contra a igreja, onde era pastor naquele pais.
Foi acusado de ter utilizado um perfil falso no Facebook mas o seu aprisionamento degenerou em tumultos em São Tomé, depois da auto-proclamada sociedade civil ter exigido a sua libertação, com o protagonismo de dois humoristas no Facebook, que se encontram atualmente a contas com a justiça.
Templos satélites e central da congregação do Reino de Deus foram pilhados, destruídos e queimados, o que culminou na morte de uma jovem de 13 anos de idade por uma bala perdida, quando polícias tentavam dispersar manifestantes.
-0- PANA RMG/DD 3dez2019