Agência Panafricana de Notícias

Ex-ministro denuncia ausência do Senegal da cimeira sobre Sahel

Dakar, Senegal (PANA) – O ex-ministro senegalês dos Negócios Estrangeiros, Cheikh Tidiane Gadio, interpelou o Governo senegalês sobre as razões da sua ausência da cimeira extraordinária sobre paz e segurança no Sahel, que se realizou em Nouakchott, na Mauritânia.

Durante um comício no subúrbio de Dakar, em previsão às próximas eleições autárquicas previstas para 29 de junho de 2014, Gadio, igualmente presidente do Movimento Pan-africano Citadino (MPC), disse estar espantado pela ausência das autoridades senegalesas desta cimeira extraordinária do Sahel na qual participaram o Burkina Faso, o Mali, a Mauritânia, o Níger e o Tchad.

"Desde sempre, o Senegal fez parte do Sahel. Desde que a faixa saheliana existe o Senegal faz parte dele”, lembrou o ex-chefe da diplomacia senegalesa (abril de 2000-outubro de 2009) sob o regime do Presidente Abdoulaye Wade.

Ele interpelou o Presidente Macky Sall sobre as razões da ausência do seu país desta reunião, onde, indicou , «em princípio a comunidade internacional devia mobilizar nove biliões de dólares americanos para os países do Sahel », exprimindo assim a sua preocupação de ver o Senegal isolar-se cada vez mais na busca de soluções globais para a paz e a segurança na região.

« Seria uma catástrofe que uma decisão seja tomada não sei onde para que o Senegal já não seja considerado membro de Sahel porque este dinheiro mobilizado pela comunidade internacional deve servir para garantir a segurança de todos os países do Sahel », afirmou Cheikh Tidiane Gadio.

Neste sentido, ele lembrou às autoridades interessadas a necessidade de voltar à
« ortodoxia (pois) o Sahel é primeiro o Senegal, a Mauritânia, o Mali, o Níger, o Tchad e o Burkina Faso e mesmo talvez o Sudão ».

-0- PANA AB/JSG/IBA/FK/TON 17fev2014