PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ex-chefe dos Serviços Secretos líbios sob ameaça de extradição
Nouakchott, Mauritânia (PANA) - A detenção do coronel Abdallah Senoussi, ex-chefe dos Serviços Secretos líbios e próximo do defunto guia Muamar Kadafi, recoloca as sequências da crise líbia no centro de numerosas interrogações ligadas ao rumo reservado a um dos pilares do regime deposto.
Abdallah Senoussi, detido em Nouakchott sexta-feira à noite onde é interrogado pela Polícia mauritana, interessa ao mais alto nível as autoridades de Tripoli que pediram a sua extradição.
Para Brahim Ould Ebetty, célebre advogado do Tribunal de Nouakchott, citado pela imprensa local este domingo, "o Governo líbio pode pedir a extradição no quadro dos acordos bilaterais relativos às trocas de detidos ou supostos criminosos".
O advogado encara o mesmo cenário relativamente a um eventual requerimento do Tribunal Penal Internacional (TPI), que tem a faculdade "de endereçar diretamente um pedido à Mauritânia, com vista à extradição de Senoussi por crimes cometidos contra populações civis".
Contudo, a Mauritânia pode alegar, para rejeitar o pedido do TPI, o argumento de que o país não é signatário do Estatuto e Roma na origem da criação do TPI, obrigando este "a recorrer à alternativa de fazer passar o seu pedido pela Interpol", precisa o advogado mauritano.
Além disso, o antigo chefe dos Serviços Secretos líbios, à descida dum voo regular proveninente de Casablanca (Marrocos), é alvo duma pena de prisão perpétua pronunciada pela justiça francesa, no quadro do atentado contra o DC-10 da companhia UTA em 1989.
Abdallah Senoussi estava na posse dum passaporte maliano falso, segundo a Polícia mauritana, que indica que ele apenas estava em trânsito em Casablanca, visto que o seu verdadeiro aeroporto de embarque não foi revelado.
-0- PANA SAS/SSB/MAR/TON 18março2012
Abdallah Senoussi, detido em Nouakchott sexta-feira à noite onde é interrogado pela Polícia mauritana, interessa ao mais alto nível as autoridades de Tripoli que pediram a sua extradição.
Para Brahim Ould Ebetty, célebre advogado do Tribunal de Nouakchott, citado pela imprensa local este domingo, "o Governo líbio pode pedir a extradição no quadro dos acordos bilaterais relativos às trocas de detidos ou supostos criminosos".
O advogado encara o mesmo cenário relativamente a um eventual requerimento do Tribunal Penal Internacional (TPI), que tem a faculdade "de endereçar diretamente um pedido à Mauritânia, com vista à extradição de Senoussi por crimes cometidos contra populações civis".
Contudo, a Mauritânia pode alegar, para rejeitar o pedido do TPI, o argumento de que o país não é signatário do Estatuto e Roma na origem da criação do TPI, obrigando este "a recorrer à alternativa de fazer passar o seu pedido pela Interpol", precisa o advogado mauritano.
Além disso, o antigo chefe dos Serviços Secretos líbios, à descida dum voo regular proveninente de Casablanca (Marrocos), é alvo duma pena de prisão perpétua pronunciada pela justiça francesa, no quadro do atentado contra o DC-10 da companhia UTA em 1989.
Abdallah Senoussi estava na posse dum passaporte maliano falso, segundo a Polícia mauritana, que indica que ele apenas estava em trânsito em Casablanca, visto que o seu verdadeiro aeroporto de embarque não foi revelado.
-0- PANA SAS/SSB/MAR/TON 18março2012