PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ex-activista italiano passa por Cabo Verde em fuga para Brasil
Praia- Cabo Verde (PANA) -- O ex-activista italiano Cesare Battisti, acusado de ter cometido quatro homicídios no seu país, revelou que passou por Cabo Verde antes de fugir para o Brasil, onde acaba de obter asilo político, soube-se sábado de fonte segura.
Cesare Battisti, 54 anos, está no centro de um diferendo diplomático entre Roma e Brasília, depois de o Governo brasileiro lhe ter concedido o estatuto de refugiado político, dificultando a sua extradição para Itália.
Em entrevista à revista brasileira "IstoÉ", ele revelou que os serviços secretos franceses o aconselharam a fugir de França para o Brasil, numa viagem que incluiu passagens por Portugal e Cabo Verde.
"Eu fui de carro de França para a Espanha e Portugal.
De Lisboa, fui para a ilha da Madeira.
De lá, fui de barco até as ilhas Canárias.
Nas Canárias, peguei um avião para Cabo Verde e, em seguida, para Fortaleza", contou.
"A ideia da minha fuga para o Brasil foi de um integrante do serviço secreto de França", disse Battisti na entrevista concedida na prisão de Brasília onde se encontra detido desde 2007.
Battisti, condenado na Itália por quatro homicídios, viveu 11 anos em França desfrutando de um asilo informal dado pelo Presidente François Mitterrand (1981-1995), mas suspenso pelo seu sucessor, Jacques Chirac (1995-2007).
De acordo com o ex-líder do grupo de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), os agentes franceses disseram-lhe que a Itália estava a exercer pressões sobre França, onde se tinha refugiado na década de 1980 devido a denúncias que fazia nos seus livros e aconselharam-no a ir para o Brasil.
Os agentes ter-lhe-iam dado também um passaporte.
Battisti referiu, no entanto, que a sua fuga de França para o Brasil não foi organizada pelos serviços secretos franceses.
Segundo a agência Ansa, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, disse que a Itália fará o possível para conseguir a extradição de Cesare Battisti, mas destacou que o caso "não deve prejudicar as excelentes relações bilaterais entre a Itália e Brasil".
"A Itália tentará tudo, no âmbito jurídico, para obter a extradição de Battisti", afirmou o primeiro-ministro numa nota à imprensa, na qual manifesta confiança no resultado de um recurso do Governo italiano apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, que julgará o caso.
O STF já autorizou que o Governo italiano seja ouvido no processo num prazo de cinco dias.
O caso será julgado tendo em conta que a concessão de refúgio político a Battisti foi um acto isolado do ministro da Justiça brasileiro, Tarso Genro, que contrariou uma avaliação do Comité Nacional para os Refugiados (CONARE), favorável à sua extradição.
Cesare Battisti, 54 anos, está no centro de um diferendo diplomático entre Roma e Brasília, depois de o Governo brasileiro lhe ter concedido o estatuto de refugiado político, dificultando a sua extradição para Itália.
Em entrevista à revista brasileira "IstoÉ", ele revelou que os serviços secretos franceses o aconselharam a fugir de França para o Brasil, numa viagem que incluiu passagens por Portugal e Cabo Verde.
"Eu fui de carro de França para a Espanha e Portugal.
De Lisboa, fui para a ilha da Madeira.
De lá, fui de barco até as ilhas Canárias.
Nas Canárias, peguei um avião para Cabo Verde e, em seguida, para Fortaleza", contou.
"A ideia da minha fuga para o Brasil foi de um integrante do serviço secreto de França", disse Battisti na entrevista concedida na prisão de Brasília onde se encontra detido desde 2007.
Battisti, condenado na Itália por quatro homicídios, viveu 11 anos em França desfrutando de um asilo informal dado pelo Presidente François Mitterrand (1981-1995), mas suspenso pelo seu sucessor, Jacques Chirac (1995-2007).
De acordo com o ex-líder do grupo de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), os agentes franceses disseram-lhe que a Itália estava a exercer pressões sobre França, onde se tinha refugiado na década de 1980 devido a denúncias que fazia nos seus livros e aconselharam-no a ir para o Brasil.
Os agentes ter-lhe-iam dado também um passaporte.
Battisti referiu, no entanto, que a sua fuga de França para o Brasil não foi organizada pelos serviços secretos franceses.
Segundo a agência Ansa, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, disse que a Itália fará o possível para conseguir a extradição de Cesare Battisti, mas destacou que o caso "não deve prejudicar as excelentes relações bilaterais entre a Itália e Brasil".
"A Itália tentará tudo, no âmbito jurídico, para obter a extradição de Battisti", afirmou o primeiro-ministro numa nota à imprensa, na qual manifesta confiança no resultado de um recurso do Governo italiano apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, que julgará o caso.
O STF já autorizou que o Governo italiano seja ouvido no processo num prazo de cinco dias.
O caso será julgado tendo em conta que a concessão de refúgio político a Battisti foi um acto isolado do ministro da Justiça brasileiro, Tarso Genro, que contrariou uma avaliação do Comité Nacional para os Refugiados (CONARE), favorável à sua extradição.