Túnis, Tunísia (PANA) - Um tribunal tunisino condenou quarta-feira o ex-Presidente Moncef Marzouki, por contumácia, a quatro anos de prisão efetiva por "prejuízo à segurança externa do Estado", relatou a agência noticiosa TAP.
Durante uma reunião, em Paris, onde reside desde que deixou o poder, Marzouki tinha apelado à França para que deixasse de apoiar as autoridades tunisinas, tratando o atual Presidente, Kaïs Saied, de"ditador".
Invocando um "perigo iminente" no meio de uma crise económica e sanitária, Kaïs Saied congelou o Parlamento e demitiu o primeiro-ministro, atribuindo a si próprio amplos poderes.
Desde este golpe, Marzouki não deixou cessou de exigir a destituição daquele que ele chama "golpista".
Falamdo no canal televisivo France 24, disse também que estava "orgulhoso" de ter contribuído para o adiamento da Cimeira da Francofonia, inicialmente prevista para novembro passado, em Jerba, na Tunísia.
As declarações do ex-Presidente (2011-2014) irritaram Saied, que atacou aqueles que, segundo ele, pediram a intervenção estrangeira, na Tunísia, considerando-os como "traidores da nação".
No início de novembro, um juiz tunisino emitiu um mandado internacional contra Moncef Marzouki, duas semanas após um pedido do Présidente Kaïs Saïed à justiça tunisina que abrisse um inquérito sobre as declarações do antigo Presidente e que se retirasse o passaporte diplomático ao homem que considera "estar entre os inimigos da Tunísia".
-0- PANA BB/JSG/DIM/IZ 23dez 2021