Ex-Presidente sul-africano julgado por corrupção
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – O ex-Presidente sul-africano, Jacob Zuma, será julgado, próxima semana, por 18 crimes diversos, incluindo fraude, corrupção, branqueamento de dinheiro e extorsão.
O julgamento foi tornado possível depois de o Alto Tribunal do KwaZulu-Natal rejeitar, esta sexta-feira, o pedido de Zuma para o arquivamento do processo.
O mesmo pedido foi também feito pelo seu coacusado, o grupo francês Thalès, também rejeitado pelo Tribunal.
Esta decisão representa uma vitória importante para o Ministério Público, que afirma que Zuma tentou atrasar o seu julgamento em que ele deve esclarecer os vários milhões de dólares americanos ligados ao escândalo de aquisição de armas pela África do Sul, nos anos 90.
Este caso envolve 783 pagamentos duvidosos que Zuma teria recebido do grupo francês, no quadro de um contrato de aquisição de helicópteros, submarinos e de navios de guerra pelo Exército sul-africano.
Um colégio de juízes, integrado pelos juízes Thoba Poyo-Dlwati, Bhekisisa Mnguni e Esther Steyn, ouviu em maio último as testemunhas das duas partes.
Para o procurador da República, Wim Trengrove, Zuma utilizou diferentes estratagemas para atrasar o seu julgamento, o que provocou despesas públicas e custou diariamente ao contribuinte sul-africano entre um milhão e dois milhões de dólares americanos
Em 2005, o ex-conselheiro financeiro de Zuma, Schabir Shaik, foi condenado a uma pena de prisão por fraude e corrupção.
O julgamento deve iniciar-se a 15 de outubro corrente.
-0- PANA CU/MA/NFB/TBM/FK/IZ 11out2019