Ex-Presidente sul-africano Jacob Zuma mantém resistência
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - O ex-Presidente sul-africano, Jacob Zuma, dirigiu-se domingo a várias centenas de seus apoiantes que a Polícia não conseguiu dispersar diante da sua residência de KwaZulu-Natal.
No início desta semana, o Tribunal Constitucional condenou-o a 15 meses de prisão por ultraje, dando-lhe até domingo para se entregar.
No entanto, a mesma jurisdição aceitou, sábado, esperar pelo recurso de último minuto de Zuma que visa anular esta decisão. Essa audiência está prevista para 12 de julho corrente, e parece pouco provável que Zuma se deva apresentar em prisão antes desta data.
Zuma, de 79 anos de idade, desencadeou protestos, em novembro último, quando abandonou o processo sem a permissão do juiz da causa, Raymond Zondo, que está a investigar sobre as alegações de captura do Estado durante os nove anos de Presidência de Zuma.
Zondo pediu ao Tribunal para condenar Zuma a uma pena de dois anos de cadeia. No entanto, Zuma criticou o Tribunal Constitucional bem como todo o sistema judicial, alertando que uma “ditadura judicial” ameaça a estabilidade do país.
Zuma declarou sábado aos seus apoiantes fortemente armados que não sabe que crime ele cometeu para receber a decisão de ser encarcerado.
« Para mim, isso mostra que os administradores da lei, talvez mesmo os líderes do país, não sabem o que é dirigir um país e a lei. Não é preciso abusar destes poderes quando vos são dados, porque isso pode causar enormes danos que poderiam ser evitados no país”, declarou.
Entretanto, Mangosuthu Buthelezi, o primeiro-ministro da nação zulu, demarcou-se do comandante do regimento zulu, Zihogo Nhleko, que dirigiu no fim de semana passado os apoiantes de Zuma.
-0- PANA CU/VAO/BAI/JSG/FK/IZ 05julho2021
