Ex-Presidente sudanês e colaboradores na cadeia central da capital
Cartum, Sudão (PANA) – O deposto Presidente sudanês, Omar al-Bashir, e o antigo primeiro Vice-Presidente, Ali Osman Taha, estão detidos na célebre cadeia central de Kober, em Cartum, anunciou oficialmente o general Abdul Fath Al Burhan, presidente do Conselho Militar de Transição do Sudão.
O Governo de Omar al-Bashir foi destituído, há duas semanas.
O general Al Burhan declarou que vários altos responsáveis do antigo regime estão na mesma cadeia, incluindo Ahmed Haroun, deputado recentemente eleito pelo partido do Congresso Islamita, do Presidente al-Bashir.
Até à semana passada, manifestantes sudaneses concentraram-se perto do quartel-general das Forças Armadas, em Cartum, para perguntar em que local estão exatamente o ex-líder e os seus colaboradores.
"Eles foram detidos e conduzidos à Cadeia Central de Alto Controlo de Kober", situada perto da casa familiar de al-Bashir, declarou o chefe do Conselho Militar de Transição.
No início da semana, o general Al Burhan anunciou a aposentação de sete altos responsáveis da Segurança do Sudão que tinham o grau de general.
Contrariamente às reivindicações dos manifestantes, o Serviço Nacional de Inteligência e Segurança (NISS) deve ser reorganizado, os seus poderes ajustados e a sua jurisdição especificada, sem poder deter e maltratar reclusos.
O Conselho declarou que o NISS não será completamente desmantelado.
O general Al Burhan também declarou que listas de pessoas procuradas e os mais altos responsáveis do partido do Congresso Islamita foram afixadas nos aeroportos, entre outros pontos de saída do país.
Os nomes foram igualmente distribuídos a vários países e Estados do mundo inteiro para garantir que eles não possam escapar.
O general Al-Burhan declarou, numa entrevista difundida pela televisão nacional sudanesa e publicada pelos órgãos mediáticos oficiais, que uma enorme soma de dinheiro líquido em notas de euros e de dólares americanos foi confiscada na casa de al-Bashir.
Ele precisou que o dinheiro em euros chegava a mais de sete milhões, e que foram dadas ordens de congelamento das contas bancárias dos antigos responsáveis do Governo e do partido, em vários países do Mundo.
-0- PANA MO/AR/ASA/JSG/FK/IZ 22abril 2019