Ex-Presidente são-tomense Miguel Trovoada diz-se alvo de perseguição
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O antigo Presidente são-tomense, Miguel Trovoada, denunciou estar a ser alvo de perseguição e espionagem e pediu a intervenção do Presidente da República, Evaristo Carvalho, por temer pela sua segurança.
Segundo Miguel Trovoada, os seus seguranças reportaram-lhe, “movimentações de espionagem”.
Tais factos teriam ocorrido, quando recebeu uma delegação parlamentar na sua residência encabeçada por Delfim Neves, presidente da Assembleia Nacional, que terá formulado o convite para falar do acordo de Argel, disse.
Miguel Trovoada indicou que a sua residência tem sido alvo de patrulhamento de cidadãos identificados, pertencentes à Segurança do Estado que "reportam aos serviços competentes" a movimentação à volta da sua casa.
O antigo Presidente afirmou que a bastonária da Ordem dos Advogados foi vista a fotografar matrículas de carros de visitantes seus à porta da sua residência.
“Sou cidadão idóneo, aliás, não devo explicações a ninguém sobre quem devo receber ou não receber na minha residência”, afirmou.
Miguel Trovoada considerou esta situação de “inquietante e triste” e associou o comportamento da bastonária e filha do antigo primeiro-ministro são-tomense, Guilherme Pósser da Costa, a sintomas de “esquizofrenia”.
Recordou que, no fim da sua missão à Guiné Bissau, na qualidade representante do Secretário-Geral das Nações Unidas, anunciou o fim das suas atividades políticas.
Para o antigo chefe de Estado são-tomense, “há sinais evidentes de violações dos direitos e das liberdades dos cidadãos”.
“Fico apreensivo, não sei o que estão a tramar, devem estar a imaginar que tenho armamento rwandês e chinês, na minha residência, o país tem tantos problemas sérios para resolverem”, indignou-se
Revelou que o assunto já é do conhecimento das autoridades competentes e que aguarda uma solução, depois de pedir uma intervenção de Evaristo Carvalho, "que se mostrou preocupado".
-0- PANA RMG/IZ 31out2019