PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ex-Presidente angolano nega ter deixado "cofres vazios"
Luanda, Angola (PANA) - O antigo chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, negou
ter deixado "os cofres do Estado vazios", quando saiu do poder, em setembro de 2017.
Numa declaração à imprensa, quarta-feira, em Luanda, Eduardo dos Santos, que dirigiu o país durante 38 anos (1979-2017), esclareceu que deixou 15 biliões de dólares americanos nas contas do Banco Nacional de Angola (BNA, central), "como reservas internacionais líquidas".
Segundo José Eduardo dos Santos, o gestor dessas contas era o antigo governador do BNA, Valter Filipe Duarte da Silva, "sob orientação do Governo angolano".
"Não deixei os cofres do Estado vazios. Em setembro de 2017, na passagem de testemunho, deixei 15 mil milhões de dólares no BNA como reservas internacionais líquidas a cargo de um gestor que era o governador do BNA sob orientação do Governo", disse.
Eduardo dos Santos reagia a uma entrevista do seu sucessor, João Lourenço, ao jornal português Expresso, em que o atual chefe de Estado angolano afirma que encontrou "os cofres do Estado já vazios, com a tentativa de os esvaziarem ainda mais".
João Lourenço disse que, contrariamente às suas expetativas, não houve "uma verdadeira passagem de pastas", em que lhe fossem dados a conhecer os grandes dossiês do país e que, para ter domínio dos mesmos, teve de "vasculhar".
Sublinhou que o momento era de anormalidade, com despachos (presidenciais) feitos em véspera da sua investidura, nomeadamente, sobre o Porto da Barra do Dande, entre outros.
Na sua declaração sem direito a perguntas e destinada a "prestar alguns esclarecimentos" sobre a forma como conduziu a coisa pública durante a sua governação, Dos Santos acrescentou que, no seu mandato, todas as receitas e despesas do Estado eram inscritas no Orçamento Geral do Estado (OGE), obrigatoriamente.
A cobertura do défice era feita com a venda de títulos do tesouro aos bancos comerciais, disse, reforçando que deixou pronta uma proposta de OGE para 2018 ao novo Governo, mas que a nova equipa não cedeu à proposta e "atrasou a aprovação do diploma, até março".
-0- PANA IZ 22nov2018
ter deixado "os cofres do Estado vazios", quando saiu do poder, em setembro de 2017.
Numa declaração à imprensa, quarta-feira, em Luanda, Eduardo dos Santos, que dirigiu o país durante 38 anos (1979-2017), esclareceu que deixou 15 biliões de dólares americanos nas contas do Banco Nacional de Angola (BNA, central), "como reservas internacionais líquidas".
Segundo José Eduardo dos Santos, o gestor dessas contas era o antigo governador do BNA, Valter Filipe Duarte da Silva, "sob orientação do Governo angolano".
"Não deixei os cofres do Estado vazios. Em setembro de 2017, na passagem de testemunho, deixei 15 mil milhões de dólares no BNA como reservas internacionais líquidas a cargo de um gestor que era o governador do BNA sob orientação do Governo", disse.
Eduardo dos Santos reagia a uma entrevista do seu sucessor, João Lourenço, ao jornal português Expresso, em que o atual chefe de Estado angolano afirma que encontrou "os cofres do Estado já vazios, com a tentativa de os esvaziarem ainda mais".
João Lourenço disse que, contrariamente às suas expetativas, não houve "uma verdadeira passagem de pastas", em que lhe fossem dados a conhecer os grandes dossiês do país e que, para ter domínio dos mesmos, teve de "vasculhar".
Sublinhou que o momento era de anormalidade, com despachos (presidenciais) feitos em véspera da sua investidura, nomeadamente, sobre o Porto da Barra do Dande, entre outros.
Na sua declaração sem direito a perguntas e destinada a "prestar alguns esclarecimentos" sobre a forma como conduziu a coisa pública durante a sua governação, Dos Santos acrescentou que, no seu mandato, todas as receitas e despesas do Estado eram inscritas no Orçamento Geral do Estado (OGE), obrigatoriamente.
A cobertura do défice era feita com a venda de títulos do tesouro aos bancos comerciais, disse, reforçando que deixou pronta uma proposta de OGE para 2018 ao novo Governo, mas que a nova equipa não cedeu à proposta e "atrasou a aprovação do diploma, até março".
-0- PANA IZ 22nov2018