PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Eurodeputado apoia imigração de Africanos para Europa
Praia, Cabo Verde (PANA) – O eurodeputado português Francisco Assis disse, na cidade da Praia (Cabo Verde), que a Europa tem a obrigação de acolher os imigrantes oriundos de África e precisa deles para enfrentar a recessão demográfica.
“A Europa tem a obrigação de acolher e receber mais imigrantes oriundos de África até porque a Europa precisa de juventude e de enfrentar o problema da sua recessão democrática e a emigração é a via mais viável para resolver este problema” defendeu.
Francisco Assis, que falava segunda-feira à Imprensa à saída de um encontro com o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, justificou esta posição com o facto de a Europa, que se procura afirmar como um projeto político assente no respeito pelos direitos humanos, também já ter sido um continente de emigrações.
“Nós Europeus também somos um povo migratório e sabemos que resolvemos muitos dos nossos problemas, nomeadamente no século XX, nas emigrações para os Estados Unidos e para a América do Sul e se não tivessem sido acolhidos nestes países isto criaria graves crises na Europa”, acrescentou.
O eurodeputado, que está em Cabo Verde para participar numa conferência sobre imigrações nesta terça-feira na cidade da Praia e quarta-feira no Mindelo enquadradas nas comemorações do Dia de África (25 de maio), recordou que a Comissão Europeia aprovou, há cerca de duas semanas, uma série de medidas no sentido de melhorar as condições de abordagem da questão das migrações.
“Por um lado, aumentando o número e os critérios de refugiados a acolher por parte de cada país europeu e, por outro, melhorando os meios de combate ao tráfico ilegal que se tem verificado no Mar Mediterrâneo”, precisou.
Francisco Assis, que foi eleito para o Parlamento Europeu nas listas do Partido Socialista (PS) de Portugal, disse que se torna também necessário contribuir para a estabilidade dos países de onde estas imigrações são oriundas, principalmente dos que estão neste momento praticamente sem estado democrático, sobretudo no norte de África e no Médio Oriente, e dos países onde há distribuição muito desigual dos rendimentos e das riquezas.
“A Europa, que procura afirmar-se como um projeto político assente no respeito pelos direitos humanos, tem a responsabilidade de acolher dentro do possível aqueles que em circunstâncias quase trágicas abandonam as suas terras em busca de dignificação e dos próprios direitos humanos”, defendeu.
Ele defende que o drama da imigração não é possível ser estancado “em absoluto”, uma vez que se trata de um fenómeno resultante de uma explosão demográfica difícil de controlar.
“A Problemática da Migração Ilegal e as suas Implicações no Contexto das Relações entre África e a União Europeia” é lema de duas conferências que o eurodeputado vai proferir e que visam debater soluções políticas e institucionais possíveis para fazer face à emergência humanitária vivida no Mar Mediterrâneo e as implicações que o fenómeno terá nas relações entre a UE e África.
As conferências vai igualmente analisar o papel que Cabo Verde poderá desempenhar na promoção de mecanismos conducentes à migração legal, dado o facto de ser o único país africano que firmou, em 2007, um Acordo de Parceria Especial com a UE.
-0- PANA CS/TON 26maio2015
“A Europa tem a obrigação de acolher e receber mais imigrantes oriundos de África até porque a Europa precisa de juventude e de enfrentar o problema da sua recessão democrática e a emigração é a via mais viável para resolver este problema” defendeu.
Francisco Assis, que falava segunda-feira à Imprensa à saída de um encontro com o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, justificou esta posição com o facto de a Europa, que se procura afirmar como um projeto político assente no respeito pelos direitos humanos, também já ter sido um continente de emigrações.
“Nós Europeus também somos um povo migratório e sabemos que resolvemos muitos dos nossos problemas, nomeadamente no século XX, nas emigrações para os Estados Unidos e para a América do Sul e se não tivessem sido acolhidos nestes países isto criaria graves crises na Europa”, acrescentou.
O eurodeputado, que está em Cabo Verde para participar numa conferência sobre imigrações nesta terça-feira na cidade da Praia e quarta-feira no Mindelo enquadradas nas comemorações do Dia de África (25 de maio), recordou que a Comissão Europeia aprovou, há cerca de duas semanas, uma série de medidas no sentido de melhorar as condições de abordagem da questão das migrações.
“Por um lado, aumentando o número e os critérios de refugiados a acolher por parte de cada país europeu e, por outro, melhorando os meios de combate ao tráfico ilegal que se tem verificado no Mar Mediterrâneo”, precisou.
Francisco Assis, que foi eleito para o Parlamento Europeu nas listas do Partido Socialista (PS) de Portugal, disse que se torna também necessário contribuir para a estabilidade dos países de onde estas imigrações são oriundas, principalmente dos que estão neste momento praticamente sem estado democrático, sobretudo no norte de África e no Médio Oriente, e dos países onde há distribuição muito desigual dos rendimentos e das riquezas.
“A Europa, que procura afirmar-se como um projeto político assente no respeito pelos direitos humanos, tem a responsabilidade de acolher dentro do possível aqueles que em circunstâncias quase trágicas abandonam as suas terras em busca de dignificação e dos próprios direitos humanos”, defendeu.
Ele defende que o drama da imigração não é possível ser estancado “em absoluto”, uma vez que se trata de um fenómeno resultante de uma explosão demográfica difícil de controlar.
“A Problemática da Migração Ilegal e as suas Implicações no Contexto das Relações entre África e a União Europeia” é lema de duas conferências que o eurodeputado vai proferir e que visam debater soluções políticas e institucionais possíveis para fazer face à emergência humanitária vivida no Mar Mediterrâneo e as implicações que o fenómeno terá nas relações entre a UE e África.
As conferências vai igualmente analisar o papel que Cabo Verde poderá desempenhar na promoção de mecanismos conducentes à migração legal, dado o facto de ser o único país africano que firmou, em 2007, um Acordo de Parceria Especial com a UE.
-0- PANA CS/TON 26maio2015