PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Euro substitui dólar nas operações bancárias em Angola
Paris, França (PANA) - Angola deixou de realizar operações em dólares americanos para adotar o euro, em consequência da retirada dos bancos correspondentes internacionais que forneciam a moeda americana aos bancos parceiros no país, confirmou o governador do banco central.
Em declarações na capital francesa, Paris, onde cumpria uma visita de trabalho, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA, central), Valter Filipe, sublinhou que as únicas entidades que ainda realizam operações cambiais com Angola são as europeias, por via do euro.
Valter Filipe indicou, por isso, ser necessário informar as autoridades europeias sobre o trabalho que está a ser feito no sistema financeiro angolano, para o adequar às normas e às boas práticas internacionais.
Segundo ele, o objetivo é evitar que elas (autoridades europeias) tomem decisões sobre a manutenção ou não da disponibilização do euro a Angola "sem terem uma perceção real do que está a ser feito".
"A convicção com que saímos dos contactos mantidos em França é que há uma grande vontade de ajudar o país, daí a importância de o trabalho em curso ser concluído", afirmou.
Para o governador do banco central angolano, apesar de retirado da lista cinzenta do GAFI (Grupo de Ação Financeira), o país deve prosseguir o seu trabalho, para fortalecer a relação com os parceiros internacionais uma vez que a economia precisa de crédito para as pessoas.
"A economia angolana precisa de crédito para as pessoas, habitação, automóvel, consumo, bem como para as pequenas e médias empresas", precisou, ressalvando que só existe crédito se existir no sistema financeiro angolano bancos comerciais que tenham liquidez, robustez, credibilidade e confiança dos parceiros internacionais.
Por isso, considerou fundamental o trabalho realizado pela sua delegação, em Paris, pois, disse, "precisamos de criar condições para que o combate à pobreza e à exclusão social e financeira seja feito com o aumento do financiamento e do crédito à economia".
Valter Filipe chegou a Paris, a 15 de fevereiro corrente, à frente de uma missão destinada a prosseguir negociações para assistência têcnica, visando restabelecer a confiança dos parceiros internacionais no sistema bancário nacional.
Com esta iniciativa, pretende-se que Angola passe a integrar a lista da equivalência da supervisão bancária com o Banco Central Europeu (BCE) e facilitar o acesso à moeda externa, para que a banca angolana deixe de depender exclusivamente do BNA neste domínio.
Iniciativas similares tiveram lugar em 2016, quando o governador do BNA e sua equipa estiveram na África do Sul, no Brasil, na Itália, na Grã-Bretanha e em Portugal, prevendo-se agora uma outra deslocação à Alemanha com o mesmo objetivo.
O país pretende fundamentalmente evitar a sua exclusão do sistema financeiro internacional e normalizar a venda de divisas interrompida, em 2015, pelos bancos correspondentes dos Estados Unidos e da Europa, o que agravou seriamente a escassez de moeda externa provocada pela queda do preço do petróleo no mercado mundial.
Os bancos correspondentes que cessaram relações com o sistema bancário angolano incluem o CitiBank, o HBSC, o Bank of America/FirstRand, o Standard Chartered e o Deutsche Bank.
O fim dos acordos com estes bancos estrangeiros e outros foi imputado por estes à violação de normais internacionais nas áreas de regulação e supervisão bancária bem como das diretrizes do GAFI sobre o combate ao branqueamento de capitais e financimanento do terrorismo.
-0- PANA IZ 20fev2017
Em declarações na capital francesa, Paris, onde cumpria uma visita de trabalho, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA, central), Valter Filipe, sublinhou que as únicas entidades que ainda realizam operações cambiais com Angola são as europeias, por via do euro.
Valter Filipe indicou, por isso, ser necessário informar as autoridades europeias sobre o trabalho que está a ser feito no sistema financeiro angolano, para o adequar às normas e às boas práticas internacionais.
Segundo ele, o objetivo é evitar que elas (autoridades europeias) tomem decisões sobre a manutenção ou não da disponibilização do euro a Angola "sem terem uma perceção real do que está a ser feito".
"A convicção com que saímos dos contactos mantidos em França é que há uma grande vontade de ajudar o país, daí a importância de o trabalho em curso ser concluído", afirmou.
Para o governador do banco central angolano, apesar de retirado da lista cinzenta do GAFI (Grupo de Ação Financeira), o país deve prosseguir o seu trabalho, para fortalecer a relação com os parceiros internacionais uma vez que a economia precisa de crédito para as pessoas.
"A economia angolana precisa de crédito para as pessoas, habitação, automóvel, consumo, bem como para as pequenas e médias empresas", precisou, ressalvando que só existe crédito se existir no sistema financeiro angolano bancos comerciais que tenham liquidez, robustez, credibilidade e confiança dos parceiros internacionais.
Por isso, considerou fundamental o trabalho realizado pela sua delegação, em Paris, pois, disse, "precisamos de criar condições para que o combate à pobreza e à exclusão social e financeira seja feito com o aumento do financiamento e do crédito à economia".
Valter Filipe chegou a Paris, a 15 de fevereiro corrente, à frente de uma missão destinada a prosseguir negociações para assistência têcnica, visando restabelecer a confiança dos parceiros internacionais no sistema bancário nacional.
Com esta iniciativa, pretende-se que Angola passe a integrar a lista da equivalência da supervisão bancária com o Banco Central Europeu (BCE) e facilitar o acesso à moeda externa, para que a banca angolana deixe de depender exclusivamente do BNA neste domínio.
Iniciativas similares tiveram lugar em 2016, quando o governador do BNA e sua equipa estiveram na África do Sul, no Brasil, na Itália, na Grã-Bretanha e em Portugal, prevendo-se agora uma outra deslocação à Alemanha com o mesmo objetivo.
O país pretende fundamentalmente evitar a sua exclusão do sistema financeiro internacional e normalizar a venda de divisas interrompida, em 2015, pelos bancos correspondentes dos Estados Unidos e da Europa, o que agravou seriamente a escassez de moeda externa provocada pela queda do preço do petróleo no mercado mundial.
Os bancos correspondentes que cessaram relações com o sistema bancário angolano incluem o CitiBank, o HBSC, o Bank of America/FirstRand, o Standard Chartered e o Deutsche Bank.
O fim dos acordos com estes bancos estrangeiros e outros foi imputado por estes à violação de normais internacionais nas áreas de regulação e supervisão bancária bem como das diretrizes do GAFI sobre o combate ao branqueamento de capitais e financimanento do terrorismo.
-0- PANA IZ 20fev2017