Etiópia trava privatização de companhia aérea
Addis Abeba, Etiópia (PANA) - O ministro etíope das Finanças, Ahmed Shide, revelou que a anunciada privatização da companhia aérea nacional, Ethiopian Airlines, foi cancelada, anunciou quarta-feira a imprensa local.
O primeiro-ministro Abiy Ahmed tinha decidido privatizar parcialmente a companhia aérea Ethiopian Airlines, o monopólio Estatal dos telemóveis (Ethio-Telcoms), a Ethiopian Electric Power e a empresa de serviços de transporte e logística como parte do processo de reforma económica do seu Governo.
Apesar da oposição local ao programa de privatização, o Governo tinha insistido que era uma melhor alternativa à liberalização de setores económicos chaves.
O Governo esperava obter cerca de 7,5 biliões de dólares americanos em receitas provenientes do processo de privatização.
Três empresas internacionais, Orange (França), MTN (África do Sul) e Safaricom, uma empresa queniana detida conjuntamente pela britânica Vodafone, estão a tentar obter uma licença para uma participação de 49 por cento na Ethio-Telecom.
Sem dar pormenores, o ministro etíope das Finanças disse que a privatização da companhia aérea foi interrompida porque a empresa é rentável.
O diretor-geral da Ethiopian Airlines, Tewolde Gebremariam, disse que a companhia aérea realizou um lucro de 44 milhões de dólares americanos para o semestre.
Em 2019, a companhia aérea realizou um lucro de 260 milhões de dólares americanos sobre um volume de negócios de quatro biliões de dólares americanos.
-0- PANA AO/VAO/ASA/TBM/DIM/IZ 14out2020