Etiópia tranquiliza Egito sobre Barragem da Renascença
Cairo, Egito (PANA) - O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, tranquilizou quinta-feira o Egito de que o uso das águas do Nilo para alimentar a polémica Barragem da Renascença em nada prejudicará a parte egípcia.
Abiy Ahmed falava no termo de um encontro com o Presidente egípcio, Abdelfattah al-Sisi, à margem da primeira cimeira Rússia-África, realizada na cidade de russa de Sochi.
O estadista etíope explicou que o encontro permitiu discussões sobre as relações bilaterais entre o Egito e a Etiópia, tendo os dois líderes reafirmado o desejo comum de trabalhar pelos seus interesses e para que ambas as partes se beneficiem da Barragem da Renascença
"Sabemos que os Egípcios estão preocupados com a questão do enchimento da represa da Barragem da Renascença, mas estamos convencidos de que podemos beneficiar-nos das águas do Nilo sem prejudicar os Egípcios", declarou chefe do Governo etíope citado pela televisão egípcia.
Segundo ele, especialistas de ambos os países continuarão a trabalhar juntos para determinar a data de enchimento da barragem e, com base nas suas recomendações, "decidiremos algo que não prejudique os Egípcios e o diálogo continuará".
Acusando a imprensa em geral de "provocar problemas" sobre a questão, ele acrescentou que um comité tripartido entre o Egito, a Etiópia e o Sudão prosseguirá as consultas para chegar a uma solução.
Revelou a existência de outro projeto de plantação de árvores que apresentou ao Presidente Al-Sisi para a participação do seu país, afirmando ter encontrado uma resposta positiva do seu homólogo.
A reunião de Sochi entre os dois líderes seguiu-se a uma nova crise nas relações entre os respetivos países devido a declarações atribuídas ao primeiro-ministro etíope sobre a questão da Barragem da Renascença.
O Presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu-se para mediar entre os dois países para encontrar uma solução.
-0- PANA YY/IN/JSG/SOC/CJB/IZ 25out2019