Etiópia garante ao Sudão todo apoio para sua retirada de lista negra
Cartum, Sudão (PANA) - A Etiópia dará o melhor de si para ajudar o Sudão a retirar-se da lista dos Estados acusados de patrocinar o terrorismo internacional, uma acusação que está a causar enormes danos a este país, declarou sexta-feira, em Addis Abeba, o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, citado pela Agência de Notícias Sudanesa (SUNA).
A Etiópia continuará a apoiar os esforços do Sudão em todos os fóruns regionais e internacionais "até que o nome do Sudão seja retirado da lista de Estados patrocinadores do terrorismo", reiterou o novo Prémio Nobel de Paz quando recebia o seu homólogo sudanês, Abdullah Hamdouk, em Addis Abeba, no quadro de uma visita oficial de dois dias à Etiópia.
A nova revolução no Sudão introduziu, de facto, novas realidades suscetíveis de contribuir para os esforços no sentido de retirar o Sudão desta lista, segundo Abiy Ahmed.
As partes sudanesa e etíope realizaram uma reunião ministerial conjunta, co-presidida pelos dois primeiro-ministros.
O chefe do Governo etíope sublinhou nessa ocasião a necessidade de se reforçar a cooperação entre o Sudão e a Etiópia no domínio do fornecimento de eletricidade.
Ele disse que a Etiópia fornecerá eletricidade ao Sudão, enquanto este último lhe poderá fornecer alimentos, como parte de uma cooperação mutuamente proveitosa com a construção da barragem de "La Renaissance" (A Renascença).
Citado pela SUNA, Abiy disse que o objetivo da Barragem da Renascença é produzir eletricidade para a Etiópia e os países da região, rejeitando qualquer intenção de estrangular o Egito ou o Sudão, com a construção desta enorme infraestrutura sobre o rio Nilo Azul, a 20 quilómetros da fronteira com o Sudão.
Abiy saudou a posição de Hamdouk segundo a qual "a paz deve ser uma prioridade para se alcançarem a estabilidade e a transformação".
-0- PANA MO/AR/NFB/BEH/SOC/CJB/DD 11out2019